Como
era esperado, a religiosidade influencia diretamente na resposta do
entrevistado. Quase 70% daqueles que afirmaram frequentar a igreja toda semana
são criacionistas, contra 25% dos que vão pouco ou nunca. A filiação partidária
também faz diferença na hora da resposta. Entre os republicanos, 60% acreditam
no criacionismo, enquanto 41% dos democratas compartilham a mesma visão.
“Seria
difícil discordar que a maioria dos cientistas acredita que a espécie evoluiu
ao longo de milhões de anos, e que relativamente poucos cientistas acreditam
que os humanos surgiram em sua forma atual há apenas 10.000 anos, sem a ajuda
da evolução”, ponderou Frank Newport, responsável pelo levantamento. “No
entanto, quase metade dos americanos hoje têm uma crença contrária à maior
parte da literatura científica”, concluiu o pesquisador.
(Exame)
Nota:
Como os EUA se tratam de um país desenvolvido, com boa educação e acesso à
informação, os números favoráveis à visão criacionista acabam sendo “justificados”
pela religião, e descaradamente a matéria procura acentuar a conveniente e
artificial polarização entre ciência e religião. Newport comete um erro ao
dizer que “quase metade dos americanos hoje têm uma crença contrária à maior
parte da literatura científica”. Ocorre que, segundo pesquisa realizada por
Michael Behe e outros, não existe sequer um artigo científico que trate de
aspectos macroevolutivos do darwinismo, isso porque a macroevolução
simplesmente não pode ser empiricamente provada. Todos os artigos e argumentos
usados para defender o darwinismo têm que ver unicamente com a microevolução ou
diversificação de baixo nível (como ocorre com as drosophilas,
por exemplo). Infelizmente, poucos entendem e/ou admitem isso. Detalhe: embora quase 50% dos americanos creia que Deus criou o ser humano em sua forma atual, os criacionistas, na verdade, sustentam que houve uma "involução e que nossa espécie era superior no passado.[MB]