Em
outubro de 2010, a apresentadora Xuxa Meneghel entrou com processo contra o
Google exigindo que o site de busca não mostrasse nenhum link de sites que a relacionassem com as palavras “pornografia” e
“pedofilia”. Mas o Superior Tribunal de Justiça deu vitória ao Google por
entender que “os sites de busca não podem ser obrigados a limitar resultados,
já que são apenas o meio de acesso ao conteúdo e não os responsáveis pela
publicação”. “Imagens e vídeos em que ela apareça nua ou encenando atos
sexuais não poderão ser retirados dos resultados da pesquisa”, diz a Folha de S. Paulo. Esse acervo
pornográfico de Xuxa, hoje amplamente acessível pela internet, tem sido uma
pedra nas ambições da apresentadora, que quer uma imagem internacional de
ídolo das crianças. Há, obviamente, uma incompatibilidade e incoerência
enorme entre ídolo pornográfico e ídolo infantil. Nem Xuxa consegue conciliar
esses dois papéis. Por isso, hoje, ela luta para esconder seu passado,
especialmente seu filme de pedofilia.
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Quando
se busca no Google, por exemplo, “Xuxa” e “pedofilia”, essas palavras levam ao
filme “Amor Estranho Amor”, filmado em 1979, em que a apresentadora aparece
tendo relações sexuais com um menino de 12 anos. Quanto mais Xuxa luta para
tentar apagar o filme pró-pedofilia, mais versões piratas se espalham pela
internet. No final de sua carreira, Xuxa vê sua fama ganhando força graças a um
passado de erotismo, pornografia e pedofilia. E ela está perdendo a luta contra
seu passado, que está fazendo mais sucesso do que nunca.
Em
contraste, sua campanha “Não Bata, Eduque” não tem enfrentado igual
resistência. Desde o governo Lula, de quem ela recebeu apoio, até a Rede
Globo, que também apoia sua campanha, Xuxa tem sido a principal voz na luta
governamental e midiática para criminalizar o direito dos pais disciplinarem
fisicamente seus filhos.
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A
mulher com passado imoral se julga com moral para impor sobre pais e mães suas
convicções pessoais como se fossem melhores do que os valores que ela, o
governo petista e a Globo têm. Para eles, não é só “Não Bata, Eduque”, mas
também “Não Ame as Crianças, Aborte-as” ou “Não Proteja as Crianças, Eduque-as
no Homossexualismo”. Esse é o amor que eles têm pelas crianças.
Varada,
cintada ou palmada poderia resolver esses excessos imorais na infância dos que
hoje dominam o Brasil através do governo e da mídia. Com esse recurso moral,
eles poderiam ter se tornado muito melhores do que são hoje para o Brasil e
suas crianças.
Uma
infância com disciplina e limites poderia ter dado para Xuxa a integridade
moral de evitar um passado sujo do qual ela não se envergonha, do qual ela
nunca pediu perdão para as crianças do Brasil, mas faz tudo para apagar a fim
de não prejudicar sua carreira.
Eu
gostaria que todos os sites que têm fotos de nudez e pedofilia da Xuxa fossem
fechados. Mas minha motivação é diferente. Não é proteger a carreira dela. É
proteger as crianças, e do monstro que a pornografia alimenta em abusadores de
mulheres, de esposas e de crianças.
Pornografia,
seja da Xuxa ou não, é sujeira. Portanto, o que a Xuxa deveria fazer é
abandonar sua campanha contra palmadas e lançar uma campanha contra a sujeira
da pornografia, mostrando seus malefícios para todos, inclusive para moças
oportunistas que posam nuas em troca de dinheiro e fama suja.
Assim,
o público veria que a luta dela contra a pornografia não é para proteger sua
carreira e fama, mas para proteger crianças e adolescentes do próprio passado
podre que rendeu muito dinheiro a ela.
Nota:
Todo mundo merece uma segunda chance na vida e pode contar com o perdão de
Deus, quando há arrependimento genuíno. Xuxa não é diferente. Sua atitude de ir
à TV e revisitar/revelar um passado de abusos também foi corajosa e pode ter
ajudado a trazer à tona uma realidade delicada que precisa ser combatida
(deixemos de lado as motivações da emissora com a entrevista). Caráter é uma
coisa, reputação é outra. Pensando menos em sua reputação e mais no caráter em
formação das crianças de hoje e mesmo no daquelas que ela, como “Rainha dos
Baixinhos”, ajudou a, de certa maneira, formar, seria bastante nobre da parte
dela vir a público, novamente, com um pedido de perdão pelo sensualismo que
ajudou a fortalecer neste país e pelo filme pedófilo do qual participou. Seria
muito bom se Xuxa levantasse também a bandeira do combate à pedofilia e à
pornografia, coisas que “surram” muito mais as crianças do que umas palmadas de
vez em quando. Isso, sim, seria um bom fim de carreira
para ela.[MB]