segunda-feira, julho 02, 2012

Músculos: evolução ou design inteligente?

[Meus comentários seguem entre colchetes. – MB] Uma das características mais marcantes da maioria dos animais é a habilidade de se mover rapidamente com a ajuda da musculatura. Essa qualidade permite caçar presas, fugir do perigo, viajar grandes distâncias e até conquistar novos ambientes. É por isso que a evolução dos músculos foi um passo fundamental na evolução dos animais [típico argumento evolucionista non sequitur: alguma coisa é espantosamente funcional e dependemos dela para sobreviver, logo, evoluiu]. Se por um lado a estrutura e função dos músculos – especialmente dos vertebrados – já foram amplamente estudadas por inúmeros anatomistas ao longo da história [isso, sim, é ciência], por outro, a origem evolucionária dos músculos [aqui entra a imaginação darwinista] permanece um enigma para a ciência, em parte porque é extremamente difícil encontrar músculos fossilizados [Mas o que é a ausência de evidência para quem tem tanta fé em seus pressupostos?].

A revista britânica Nature desta semana apresenta um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas da Alemanha, França e Austrália que investiga a origem dos músculos [Esses pesquisadores fazem pesquisa de mente aberta, ou somente levam em conta a filosofia naturalista darwinista ao considerar a origem dos músculos?]. Os pesquisadores compararam o genoma e a expressão de genes em diferentes animais e descobriram que a origem dos componentes musculares se deu em animais ancestrais, tais como anêmonas, águas-vivas e esponjas [Ou seja: analisam os genes que têm relação com músculos e concluem que, já que todos os seres dotados de músculos têm os mesmos genes, eles devem ter se originado de um mesmo ancestral. Não passa pela cabeça deles que seres dotados de mesmas funções e órgãos devam, necessariamente, ter semelhanças genéticas. Para quem não pensa de acordo com a cosmovisão naturalista, a conclusão é a de que o mesmo projeto foi aplicado a diversas formas de vida, exatamente como faz o ser humano em seus inventos: usa a roda em carros, trens, motos, aviões e bicicletas, por exemplo. Essas semelhanças em seres tão “evolutivamente distantes” seria não marca da evolução, mas, sim, a assinatura do Desiger].

Os cientistas rastrearam o surgimento de uma proteína motora chamada miosina, uma das estruturas vitais dos músculos estriados dos vertebrados. Até hoje, a miosina havia sido encontrada apenas em células musculares. Contudo, os pesquisadores encontraram a miosina muscular em esponjas, organismos que não possuem qualquer tipo de músculo. “Aparentemente, a miosina desses seres parece controlar o fluxo de água que as atravessa”, comenta Gert Wörheide, um dos autores do estudo.

As águas-vivas fazem parte de um grupo chamado cnidários. São animais que se originaram há [supostos] 600 milhões de anos. Os cnidários também possuem músculos estriados, assim como os seres humanos. Por causa das semelhanças entre as estruturas presentes em vertebrados e nas águas-vivas, os cientistas supunham que os dois tipos de músculos estriados tinham uma origem comum.

Porém, os músculos estriados das águas-vivas são fundamentalmente diferentes dos que existem nos animais vertebrados. Eles apresentam a forma anciã da miosina muscular, mas não possuem uma série de componentes essenciais que são característicos da estrutura e funcionamento dos músculos estriados dos vertebrados. Isso quer dizer que apesar das similaridades, os músculos nos dois grupos – vertebrados e cnidários – evoluíram de forma independente. [Ou seja: se são semelhantes, isso é evidência de evolução, mas, se são diferentes, isso é evidência de... evolução. Olha aí a teoria-lisa-que-é-um-sabão!]

Tudo indica que a miosina se originou pela duplicação de genes. Esse processo ocorre nos mais simples dos organismos, mesmo os unicelulares, que existiram muito antes dos primeiros animais. [Difícil mesmo é explicar tamanha complexidade em organismos que viveram tantos supostos milhões de anos atrás. A verdade inconveniente e convenientemente deixada de lado é que, quanto mais as pesquisas avançam, mais se percebe que complexidade irredutível está presente em todos os seres vivos presentes na coluna geológica, e que a tal “vida simples” não existe.]

“Como essa proteína só é encontrada em células musculares, esperávamos que sua origem coincidisse com a evolução dessas células”, explicou Ulrich Technau, chefe da pesquisa. “Ficamos muito surpresos ao descobrir que a ‘miosina muscular’ provavelmente evoluiu muito antes dos primeiros músculos surgirem na Terra”, disse. [A crença continua, a despeito das evidências que volta e meia contradizem teorias vigentes. A complexa miosina muscular existia em seres tidos como pouco complexos simplesmente porque tinha uma função complexa e útil neles.]

(Veja)