Tracy Joseph sempre foi apaixonada por corrida desde
muito pequena e participava de todos os esportes que podia. Aos 13 anos de
idade, quando matriculada na Escola Adventista em Limón, Costa Rica, ela ouviu
falar de uma corrida de 200 metros e foi com amigos ver se poderia participar.
Sem nenhum treino formal, ela participou da prova e venceu a atleta favorita da
categoria. Dalí, ela foi em frente e representou a Província de Limón em uma
competição nacional. Hoje, Tracy, 24 anos, coleciona muitas medalhas de eventos
atléticos nacionais e internacionais, desde a Costa Rica, América Central e
América do Sul, até de países distantes como a Finlândia. Recentemente, com o
pensamento fixo nos Jogos Olímpicos, em Londres, Inglaterra, ela viajou para a
Colômbia, no mês de junho, para competir nos dois últimos eventos
internacionais. Ela completou sua primeira corrida em Cali, mas horas antes de
viajar para Bogotá, para a segunda corrida, recebeu uma notícia inesperada.
Tracy vinha treinando para melhorar seu tempo de
23,78 segundos nos 200 metros, para 23,30 segundos, o que a qualificaria para
competir nos Jogos Olímpicos. Com esse alvo em mente, ela se preparava para
competir em Bogotá quando foi informada de que a corrida final havia sido
trocada do domingo para o sábado. Após ouvir isso, Tracy arrumou suas malas e
voltou para casa.
Como ela é extremamente convicta a respeito da
guarda do sábado, essa não foi uma decisão assombrosa. Mas admite que o fato de
estar tão próximo de competir numa Olimpíada a fez lutar com seus pensamentos.
“Aquela noite no hotel foi de luta, mas compreendi que minha vitória seria de
mãos dadas com Jesus. Se eu seguisse em frente e participasse da corrida, teria
agido contra a vontade dEle”, disse Tracy, que explicou que era muito tarde
para apelar ou participar de outra prova classificatória.
Semanas mais tarde ela não estava arrependida de sua
decisão e assistiu aos Jogos Olímpicos pela TV em sua casa. “Aquela decisão me
ensinou a mudar outras coisas para melhor em minha vida e também tem sido uma
bênção para outros”, explica Tracy, que cresceu em um lar adventista e foi
batizada aos nove anos de idade.
Ela teve que colocar suas corridas em compasso de
espera, enquanto completa a faculdade de administração na universidade em São
José, Costa Rica. Disse que se adaptar a fazer entre o que ama e o que deve é
sempre uma decisão difícil.
“Eu amo, amo correr; não consigo explicar o ímpeto
que sinto”, diz ela. “Além de competir, posso conhecer melhor meu corpo e isso
me motiva a fazer melhor as coisas, todos os dias, aprendendo a não desistir facilmente
e sempre dar meu melhor em tudo o que faço, sempre colocando a Deus em primeiro
lugar.”
(Libna Stevens,
Divisão Interamericana; revista Adventist World, outubro de 2012)
Saiba mais sobre o sábado aqui.