terça-feira, outubro 23, 2012

As taxas de infidelidade aumentaram

Pesquisas sobre infidelidade são sempre polêmicas. Até porque seus resultados podem ser duvidosos – como saber quem realmente traiu se o entrevistado simplesmente resolver mentir? Mas a última delas aponta que os números da traição estão aumentando. Em uma pesquisa feita pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA em 2010, foi revelado que 19% dos homens traíam, enquanto, em relação às mulheres, o número era de 14%. Em 2011, um estudo similar feito pela Universidade de Indiana, mostrou que o número aumentou para 23% no caso dos homens e 19% no caso das mulheres. Os motivos para a traição não são apenas os óbvios, mas envolvem uma busca pela melhora da autoestima e a emoção de um novo relacionamento. A mídia também parece ter um papel importante no aumento desses números, mostrando a traição tanto do homem quanto da mulher de forma mais aceitável.

De acordo com os cientistas, uma mudança cultural pode estar a caminho. Mulheres estão menos preocupadas com formas tradicionais de relacionamento e, cada vez mais, existem os relacionamentos abertos. Curiosamente, homens podem estar caminhando na direção oposta. 77% das moças disseram precisar de “espaço pessoal” em seus namoros, contra 58% dos rapazes. Outro fator seriam as redes sociais e a internet, que expandem a rede de possíveis parceiros.

Lembrando, sempre, que esses números devem ser ainda maiores pela quantidade de pessoas que mente em relação à traição. Mesmo assim, os resultados mostram que ainda valorizamos a monogamia. Afinal, mesmo com essa parcela de pessoas que admitem trair o parceiro/a, são 77% de homens e 81% de mulheres que dizem não ter traído.


Nota: Se a traição é necessária para aumentar a autoestima e adicionar emoção ao relacionamento, isso revela apenas uma coisa: as pessoas estão se tornando incompetentes no quesito conquista – a arte de conquistar a mesma pessoa por toda a vida (detalhe: pesquisas mostram que é justamente o sexo casual que piora a autoestima, principalmente nas mulheres). Note que a mídia é apontada como um dos fatores para essa triste situação, afinal, uma mentira vista/ouvida/lida milhares de vezes acaba sendo aceita; as barreiras morais acabam corroídas, o que facilita a concordância com o pecado. Cristãos podem e devem mostrar que o casamento continua sendo uma bênção, mas devem tomar cuidado para não seguir o fluxo do “mundo” no sentido de viver relacionados com suas más influências: devem evitar assistir/ouvir/ler coisas que atentem contra seus princípios ou que acabem enfraquecendo seu relacionamento conjugal. Devem, isso sim, investir em seu casamento, orando juntos, lendo bons livros juntos, cultivando o romance e o diálogo, etc. Cônjuges que se amam de verdade e que têm a Deus como vínculo edificam uma blindagem contra a traição.[MB]