segunda-feira, outubro 29, 2012

Crianças de 11 anos estão viciadas em pornografia na web

Um estudo publicado pela universidade de Plymouth no Reino Unido alertou que crianças estão se viciando em pornografia na internet. A situação se torna preocupante fazendo com que despertem sua sexualidade de forma muito antecipada, o que acarretará problemas na vida adulta. O estudo relatou que o acesso à pornografia na web por crianças com idade a partir de 11 anos de idade se tornou prática comum, dando-lhes expectativas irreais sobre o sexo e tornando-as insensíveis a imagens sexuais. A Associação Nacional dos Diretores solicita a adição de aulas para orientação sexual no ensino fundamental. Para eles, as crianças estão crescendo em um “mundo sexualizado” e necessitam de orientação para lidar com questões como a da pornografia. Ainda segundo a associação, os professores precisam responder ao fato de que as crianças têm recebido informações sobre sexo da internet e a educação sexual contemporânea está irremediavelmente desatualizada para lidar com mundo “sexualmente aberto” ao qual as crianças são expostas hoje.

Entretanto, a União Nacional de Professores do Reino Unido discorda. Os professores acreditam que o nível fundamental não tem maturidade suficiente para temas como pornografia. Abordar tal tema nas aulas seria um passo muito longo, as escolas devem falar sobre o assunto caso haja solicitação dos estudantes. Segundo os professores, os adolescentes são bombardeados com pornografia desde cedo e eles sabem lidar com assunto.

Em entrevista para a Radio 1 da BBC, o conselheiro político Sion Humphreys posicionou-se a favor da inclusão da orientação sexual no ensino fundamental. Para ele, os professores precisam “ter aulas” sobre o impacto da pornografia nas crianças. O acesso fácil a conteúdo pornográfico oferecido pela internet é a base da defesa de que alunos a partir dos 10 anos de idade precisam ser educados a respeito da pornografia. De acordo com Humphreys, a orientação sexual deveria começar a partir dos 10 anos, mas de forma leve, para “estabelecer as bases”.

Já Siobhan Freegard, fundadora do site de orientação a mães Netmums, acredita que a solução ideal seria os pais trabalharem junto com as escolas na questão da pornografia. Ela disse que o assunto é um “campo minado”, muitos não sabem o que fazer ou o que dizer a uma criança; uma mãe solteira saberia como tratar o assunto com a filha, já o pai solteiro não. [...]


Nota: Mais do que nunca, os pais precisam estar cientes dos conteúdos que os filhos acessam na internet. Leia este texto (aqui), assista a este vídeo (aqui) e tome providências a respeito.[MB]

Leia mais: Para ler mais sobre o mal da pornografia, digite no buscador acima à direita a palavra "pornografia" e confira a lista de postagens.