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Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, os principais credores da
Grécia, pediram que o governo reduza o
fim de semana como parte do termo de resgate do país. A demanda por
aumentar o número de dias trabalhados foi revelada ontem pelo jornal britânico The Guardian [o mesmo que apoia o domingo como solução para o aquecimento global] na
noite [de] quarta, que teve acesso a um documento no qual os credores insistiam
numa reforma radical do mercado de trabalho. Ela envolve aumento no número de horas trabalhadas, horários flexíveis e
salários menores. Os credores devem entregar no próximo mês um veredito sobre
se a Grécia deverá permanecer ou não na zona do Euro.
Enviado
na semana passada aos ministros gregos das Finanças e do Trabalho, recomenda ao
governo estender a semana de trabalho ao
fim de semana, fazendo com que todos os setores trabalhem seis dias. Também
diz que os trabalhadores devem ter o horário de trabalho flexibilizado e que o
tempo de descanso deve ser reduzido a 11 horas diárias. As instruções
contidas no documento mantêm o foco nas reformas do mercado de trabalho,
exigindo que a inspetoria nacional de trabalho seja radicalmente reformada e
colocada sob supervisão europeia. [...]
Segundo
carta, “o desemprego está alto demais, e são necessárias políticas para impedir
que isso se torne estrutural”. O documento também pede que os custos não
trabalhistas sejam reduzidos, que os benefícios sociais dos empregados sejam
cortados e que uma desregulação do mercado de trabalho. [...]
Nota:
Imagine o que pode acontecer se a crise (não apenas na Grécia) se aprofundar e
a ideia de estender a semana de trabalho pegar (outras ideias também são aplicadas em tempos de crise). Pelo visto, não faltarão
argumentos para a observância unicamente do domingo como dia descanso.[MB]