No
artigo “Freada de arrumação”, de Fraklin Rumjanek, publicado na revista Ciência Hoje nº 299, ele fala sobre a
mudança de interpretação do relógio molecular e traz um dado interessante e
surpreendente: a contagem do tempo com base nesse método agora coloca os
“ancestrais” do ser humano no tempo dos dinossauros. Ele escreveu: “A
frequência de mutações aumentava em proporção direta com a idade do genitor
masculino no momento da concepção e havia uma correlação clara entre essas
mutações e a ocorrência de autismo e de esquizofrenia. [...] é provável que a
produção periódica de milhões de gametas masculinos, ao exigir um número muito
maior de divisões celulares, aumente a chance do surgimento de mutações.”
O
primeiro detalhe que fica evidente nessa constatação é que mutações via de regra ocasionam
problemas (neste caso específico, autismo e esquizofrenia), nunca ganho de
informação genética ou aprimoramento a ponto de dar origem a novos órgãos funcionais
e planos corporais. Isso é o que os dados observacionais dizem. O resto é
especulação. Mas tem mais.
Rumjanek
diz que os pesquisadores “perceberam que a taxa de mutação não pode ser
considerada uma constante e que, se isso for válido também para outras
espécies, a investigação de suas árvores evolutivas deverá levar em conta que a
idade do genoma paterno introduz uma variável que altera a medida do tempo de
evolução. Em consequência, o tempo estimado de divergência evolutiva entre as
espécies terá que ser recalculado. Em outras palavras, será preciso reajustar o
relógio molecular [que mede quanto tempo é necessário para a ocorrência de uma
mutação]”.
Resultado:
“Segundo o novo relógio molecular, os ancestrais comuns [sic] de humanos e
macacos teriam convivido com os últimos dinossauros, ideia até recentemente
execrada. Na nova conjuntura, usando alguma licença poética, a velha cena de
ficção na qual humanos fogem apavorados de dinossauros não seria tão
estapafúrdia.”
Deixando
de lado certos “detalhes”, é interessante lembrar que os criacionistas sempre
disseram que humanos e dinossauros foram contemporâneos. Também é interessante ver como certas “verdades
científicas” acabam sendo lançadas por terra depois que os fatos vêm à tona.
Quem sabe algum pesquisador ainda tenha coragem para demonstrar as
insuficiências epistemológicas da macroevolução darwinista.[MB]