terça-feira, fevereiro 26, 2013

A pele através da história: evolução ou diversificação?

[Meus breves comentários seguem entre colchetes. - MB] A pele humana é uma evidência direta da evolução [de qual: a macro ou a micro?]. A pequena quantidade de pelos e os múltiplos tons de pele foram características cuidadosamente selecionadas durante milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] e representam mais do que traços cosméticos – eles são responsáveis pela sobrevivência da espécie. Hoje em dia, no entanto, essas mesmas adaptações podem conflitar com o estilo de vida moderno. “Toda essa variedade de tons de pele dentro de uma mesma espécie é incrível [note que o texto vai tratar apenas de variação dentro de uma espécie, mas tentará “emplacar” isso como “evolução”, não mera adaptação ou diversificação de baixo nível]. Entender como isso se desenvolveu desde nossos antepassados pode ter profundas consequências para a nossa saúde hoje em dia”, diz Nina Jablonski, antropóloga da Universidade Estadual da Pensilvânia e autora do livro Living Color: The Biological and Social Meaning of Skin Color (Cores Vivas: Os Significados Biológicos e Sociais da Cor de Pele, inédito em português). No dia 16, ela participou do Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, EUA, onde conversou com o site de Veja.

Segundo as evidências mais recentes, o corpo dos antepassados humanos era repleto de pelos, como macacos [aqui se trata de extrapolação macroevolutiva baseada em evidências enviesadas]. Eram caçadores-coletores que viviam nas zonas tropicais da África, onde os alimentos e a água eram abundantes, e o clima era ameno. Nessas condições, os pelos ajudavam a reter o calor corporal.

Há cerca de dois milhões de anos [idem], no entanto, a Terra foi atingida por uma série de mudanças climáticas, e as florestas locais não passaram incólumes. Os hominídeos da época começaram, então, a se locomover cada vez mais para conseguir suprimentos. Ao mesmo tempo, eles passaram a desenvolver um cérebro cada vez maior [como se isso fosse algo simples de se resolver, simplesmente dizendo que aconteceu. Como a complexidade surge da simplicidade?], o que seria essencial para o surgimento do Homo sapiens. O órgão, no entanto, era extremamente sensível a grandes temperaturas. A maior mobilidade e a sensibilidade ao calor se tornaram uma combinação perigosa. Assim, hominídeos com menor quantidade de pelos se tornaram mais aptos a sobreviver e a passar seus genes adiante – era a seleção natural em ação. “Começamos a perder nossos pelos para liberar melhor o calor do corpo”, diz Jablonski. Hoje, os humanos são os únicos primatas – e dos raros mamíferos – com poucos pelos no corpo. [Por que apenas nós desenvolvemos essa característica, uma vez que outros seres vivos também precisariam se livrar dos pelos, segundo a “explicação” provida por essa hipótese?]

No entanto, ao perderem os pelos, os hominídeos se tornaram extremamente vulneráveis ao sol da África tropical: sua pele era muito clara – como a dos chimpanzés. Ao absorver as grandes quantidades de raios ultravioleta que incidiam no local, eles podiam sofrer sérias queimaduras, desenvolver diversos tipos de câncer, além de perder vários nutrientes da pele. Um deles – o folato – é essencial para o desenvolvimento correto dos embriões e importante para o sucesso reprodutivo humano [se é essencial, como o ser humano “se virava” antes do surgimento dele?]. Assim, a pele desses ancestrais foi ficando cada vez mais rica em melanina, um pigmento responsável por escurecer a pele e protegê-la dos raios ultravioleta [então, antes mesmo de ser necessária, a melanina já estava “esperando” para desempenhar sua função?]. “Não há nenhuma relação genética entre a perda de pelo e a mudança da cor da pele. Eles apenas aconteceram em um período histórico próximo: um veio mitigar os efeitos do outro”, diz Nina Jablonski. [Impressionante! Um mecanismo precisa do outro, senão a vantagem se demonstraria desvantagem; e ambos estavam ali!]

Esses ancestrais humanos continuaram seu percurso natural de evolução, com cérebros cada vez maiores [!] e postura cada vez mais ereta. Há 200 mil anos [idem], sua anatomia tornou-se semelhante à do homem moderno, dando origem ao Homo sapiens. Mesmo após surgir como espécie, os seres humanos continuaram na África por mais de metade de sua história na Terra, carregando a pigmentação de pele perfeita para a incidência solar na região [e até que isso acontecesse, os africanos branquinhos deram um jeito de sobreviver sem quantidades altas de melanina]. No entanto, há 80 mil anos, os primeiros humanos começaram a deixar o continente rumo à Europa e à Ásia. Em sucessivas ondas de migração, passaram a encontrar novos ambientes, com latitudes e altitudes maiores – e menor incidência de raios ultravioleta.

O problema é que essa mesma radiação, que pode ser perigosa quando absorvida em excesso, também é essencial para a síntese de vitamina D no sangue humano. A falta dessa vitamina diminui a absorção de cálcio e deprime o sistema imunológico. Sua ausência crônica pode levar a problemas no parto, deformidades e até morte. Mais uma vez, a seleção natural começava a favorecer uma mudança na cor da pele: pessoas com menos pigmentação conseguiam produzir mais vitamina a partir do parco sol local, tornando-se mais aptas a sobreviver.

Segundo Nina Jablonski, a pele mais clara se desenvolveu três vezes de maneira isolada entre os ancestrais humanos. “Uma dessas vezes foi entre os Neandertais europeus, que, segundo estudos genéticos, tinham peles claras e cabelos ruivos. As outras duas foram entre os Homo sapiens europeus e os asiáticos”, diz. Há mais de uma década, a antropóloga publicou o primeiro estudo que mostrava as relações entre a incidência de raios ultravioleta no mundo e a distribuição das populações com diferentes tons de pele.

(Veja)

Nota: Se quiserem chamar essa diversificação de tons de pele de “evolução”, tudo bem. O criacionismo comporta e aceita esse fato. Mas extrapolar isso para milhões de anos no passado e relacionar com hominídeos é pura ficção darwinista.[MB]