quarta-feira, maio 01, 2013

O cientista da comunicação


Neste feriado do Dia do Trabalho, aproveitei para arrumar algumas gavetas e encontrei fotos "antigas" e outras recordações que me fizeram pensar em minha carreira profissional. Comecei a trabalhar com carteira assinada quando tinha 15 anos. Fui contratado por um supermercado em Criciúma, SC, como ilustrador e cartazista. Depois, fui trabalhar como desenhista numa agência de propaganda (antes disso, aos 13 anos, ajudei meu pai numa metalúrgica e meu tio numa serigrafia de camisetas). Terminado meu curso de química, trabalhei algum tempo como estagiário num laboratório de análise de águas de caldeiras, e depois mudei-me para Florianópolis, a fim de cursar jornalismo na UFSC. Formado, trabalhei dois anos e meio como professor no Colégio Adventista de Florianópolis e pouco mais de seis meses como editor de notícias na Rádio Novo Tempo daquela cidade. Em 1998, fui chamado para trabalhar na Casa Publicadora Brasileira (onde estou já faz 15 anos). Na despedida da Rádio Novo Tempo, meu amigo, o jornalista Felipe Lemos (primeiro à esquerda na foto jurássica acima), me deu um grande presente, o poema abaixo:

O cientista da comunicação

Comunicar também é uma ciência, uma ciência de grande responsabilidade.
E hoje os microfones desta emissora “perdem” um exemplo dessa habilidade.
Um cientista, não por profissão, mas por opção,
Que sempre ergueu e erguerá a bandeira da legítima e divina criação.

Pouco tempo esteve as notícias do Jornal da Novo Tempo a comunicar,
Mas tua marca, é claro, não irá se apagar.
A marca não só de um competente profissional,
Mas de um amigo sincero, engajado na causa mais leal.

A causa do nosso Deus, que te concedeu o dom de escrever,
O dom das palavras certas que sempre ensinaram e orientaram,
Palavras que fizeram assuntos complicados e importantes o povo entender,
E mesmo em face das ideias opostas a existir continuaram.

Não mais ouviremos: “Mais detalhes com o jornalista Michelson Borges”,
Mas leremos, com certeza, muito mais sobre esse guerreiro da informação,
Não da simples informação, que depois de transmitida logo é esquecida,
Porém, da informação que eleva o pensamento e deixa a alma nutrida.

Os Céus observam o abnegado trabalho e a segunda, terceira e quarta milhas que está a andar,
Com certeza, alguma recompensa você irá ganhar.
Neste mundo, talvez pouco, pois o reconhecimento dos homens é interesseiro,
Mas num futuro bem próximo, o prêmio será perene e verdadeiro.

Criciumense orgulhoso do teu chão,
Segue agora teu rumo a Tatuí, capital do sonho que não foi em vão.
Que nada impeça, amigo Michelson, de teu belo trabalho continuar,
E que prossiga, com empenho, a Sua santa verdade a divulgar.

Felipe Lemos
Florianópolis, 21/4/1998