sexta-feira, maio 10, 2013

Pesquisa pode mostrar cor real da pele de dinossauro

Uma rara amostra de pele de dinossauro deve ser analisada por pesquisadores do Canadian Light Source (CLS) para determinar sua exata cor de pele, dieta e explicar por que esse fóssil continuou tão bem preservado mesmo após 70 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Para isso, eles devem usar um acelerador de partículas conhecido como síncrotron, capaz de analisar a composição química de diversos tipos de materiais. A amostra de pele pertence a um hadrossauro, um dinossauro com um bico de pato que viveu no final do Período Cretáceo, entre 100 e 65 milhões de anos atrás [idem]. O fóssil foi encontrado em um rio na província de Alberta, no Canadá. Apesar de a área possuir uma grande coleção de fósseis, os pesquisadores não sabem dizer por que esse ficou especialmente bem preservado. “Enquanto escavávamos o fóssil, eu pensei que se tratava apenas de uma impressão da pele. Quando tiramos a primeira peça, no entanto, me dei conta de que não era algo comum – era pele de verdade. Todos os envolvidos na escavação ficaram empolgados e, logo em seguida, começamos a discutir novos projetos de pesquisa”, diz Mauricio Barbi, físico da Universidade de Regina, no Canadá.

Segundo o pesquisador, o fóssil é apenas a terceira amostra tridimensional de pele de dinossauro já encontrada em todo o mundo. “Esse fóssil é fascinante porque pode nos contar muito sobre a vida e a aparência dos dinossauros que viviam nessa área”, diz.

Uma das perguntas que deve ser respondida pelos pesquisadores é se a pele era verde ou cinza – as cores em que a maioria dos dinossauros são desenhados – ou de alguma coloração completamente diferente. Mauricio Barbi disse que ele deve usar o síncrotron para analisar estruturas conhecidas como melanossomos, organelas celulares que contêm os pigmentos que controlam a cor da pele dos animais. “Se formos capazes de observar os melanossomos, será a primeira vez que o pigmento será identificado na pele de um dinossauro. Nós não temos nenhuma ideia real sobre como essa pele se parecia – se ela seria verde, azul, laranja...”, diz.

O síncrotron funciona ao acelerar elétrons dentro de um tubo a velocidades próximas à da luz. Ao manipular essas partículas, os pesquisadores podem gerar diferentes formas de luz muito brilhante, que são usados para estudar a estrutura da matéria. No caso do fóssil, os pesquisadores do CLS pretendem usar os raios de luz no infravermelho médio para procurar por traços de elementos orgânicos e inorgânicos que ajudem a determinar a dieta do hadrossauro e o porquê de sua pele ter sido preservada por tanto tempo.

Para isso, a amostra deve ser colocada no caminho do raio infravermelho e a luz refletir em sua superfície. As ligações químicas dos diferentes compostos presentes na amostra devem criar tipos diferentes de vibrações nesses raios refletidos. Por exemplo, se a pele ainda preservar proteínas, açúcares e gordura, eles deverão criar frequências vibratórias únicas, que podem ser medidas pelos cientistas. “É incrível que possamos conseguir informações desse tipo a partir de um fóssil tão antigo”, diz Tim May, cientista do CLS.

Para os cientistas, a questão mais importante a ser respondida pela pesquisa é o motivo de o fóssil ter se mantido intacto após 70 milhões de anos. “O que não está claro é o que aconteceu com esse dinossauro e como ele morreu. Há alguma coisa especial sobre esse fóssil e a área onde ele foi encontrado, e eu vou descobrir o que é”, diz Barbi.

(Veja)

Note: Note como o paradigma é tão forte que as descobertas têm que ser ajustadas a ele e não o contrário. O fóssil contém proteína e outros elementos “perecíveis” em muito menos tempo do que o suposto para a extinção dos dinossauros. Mesmo assim, os pesquisadores preferem manter o modelo de datação evolucionista. O mesmo ocorreu com a descoberta de tecidos moles de T-rex e de ovos de dinossauros com proteína identificada. Sem dúvida, o processo de preservação dessas amostras é impressionante (só pode ter sido um tipo de soterramento instantâneo por água e lama), e, sem dúvida (pelo menos para os criacionistas), isso não aconteceu há tanto tempo assim.[MB]

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