Dentro
de uma cosmovisão evolutiva coerente não existe qualquer base lógica para
moralidade absoluta. Se o ser humano é mesmo um acidente cósmico – e isso é o
que a teoria da evolução ensina –, então o Deus Criador a Quem temos que
prestar contas não existe, e não há qualquer base lógica e objetiva para
declarar que dado comportamento está moralmente errado ou certo. Segundo esta
visão do mundo amoral, é perfeitamente “natural” o mais forte predar o mais
fraco (tal como acontece com frequência no mundo selvagem). E se isso é natural
para os animais, então é perfeitamente “natural” os seres humanos mais fortes se
verem livres dos seres humanos mais fracos. Certa pessoa pode declarar ser
pessoalmente contra o dano físico causado aos seres humanos frágeis e
indefesos, mas é a mera preferência humana uma base lógica sobre a qual se
podem fazer alegações morais que são vinculativas para todo o ser humano?
O
recente julgamento do aborcionista americano Kermit Gosnell ilustra de maneira
dramática este problema ético profundo que existe dentro da visão de mundo
evolutiva (sem Deus). Gosnell é acusado de matar quatro bebés recém-nascidos
que aparentemente sobreviveram à sua tentativa de aborto. Ele também é acusado
de matar uma mulher de 41 anos, mas as matanças macabras podem até ir muito
mais além do que aquelas que já se conhecem.
Muitas
das pessoas conhecedoras dos fatos que cercam o julgamento (mesmo os
evolucionistas) ficaram horrorizadas com o que souberam, mas se a teoria da
evolução é factual, e nós não somos criação de Deus, qual é a base para
qualificar as ações de Gosnell de absolutamente erradas? Alguém pode dizer que
o comportamento dele está errado apenas e só porque ele violou a lei – mas qual
é o mal em violar a lei? Qual é a base evolucionista para se qualificar
qualquer comportamento de “moralmente errado”?
A
pergunta essencial é bem direta: É a vida humana preciosa e sagrada ou não?
Quando
nos deparamos com atrocidades como aquelas levadas a cabo pelo aborcionista
Gosnell, ficamos horrorizados porque a vida humana foi devastada. Nossa
consciência coletiva confirma que estes atos estão errados – e são até
maliciosos. Em momentos como esse, todos nós concordamos que a vida humana é
sagrada – preciosa de maneira única – e que o sagrado é uma base objetiva para
se determinar o certo e o errado.
A
vida humana é sagrada porque foi feita à “imagem de Deus” (Gn 1:27). Só Deus
tem autoridade sobre a vida humana porque só Ele é o Criador; essa é a base
lógica e objetiva para declarar errados os atos de Gosnell. A vida humana é
sagrada em todos os casos apenas e só porque Deus assim o determinou.
“Pois
possuíste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu Te louvarei,
porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as
Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139:13, 14).
A
teoria da evolução, tal como é ensinada em todos os grandes centros universitários
e científicos do mundo ocidental, nega o valor objetivo e intrínseco dos seres
humanos. Gosnell e todos os aborcionistas do mundo estão agindo de acordo com
suas crenças evolucionistas, quando se veem livres dos seres humanos mais
frágeis e indefesos.
O
Senhor Jesus disse em Mateus 7:18 que “não pode a árvore boa dar maus frutos;
nem a árvore má dar frutos bons”. As más ideias têm más consequências e a
teoria da evolução é uma dessas más ideias. A teoria da evolução plantou a
semente da amoralidade há décadas, e a desvalorização da vida humana é um
desses frutos.
(Institute for Creation Research, via Darwinismo)
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