Você
já ouviu falar em sexting? Caso não
conheça, você não está sozinho, pois mais de 76% dos brasileiros também nunca
ouviram essa palavra. A maioria das pessoas que estão diretamente envolvidas
com sexting não o conhecem direito. O termo é fruto da contração entre as
palavras em inglês sex (sexo) e texting (enviar mensagens de texto). O
fenômeno consiste em enviar mensagens com conteúdo sexual (principalmente
fotografias ou vídeos com nudez) produzidos, geralmente, pela própria pessoa
remetente ou com seu consentimento e enviado para outras pessoas através do
celular.
Em
Sexting: uma ameaça desconhecida, a
eCGlobal Solutions e a eCMetrics apresentam dados atualizados sobre a prática
de sexting, os principais
comportamentos envolvidos e as opiniões dos latinos sobre causas, riscos e
prevenção do fenômeno. A pesquisa foi realizada em parceria com o
PantallasAmigas/TelasAmigas, iniciativa pela promoção do uso seguro das novas
tecnologias, e o CLIPS – Instituto do Pensamento, responsável por projetos
educativos para garantir os direitos das crianças e adolescentes. Os resultados
foram divididos em dois relatórios: um abordando apenas o sexting no Brasil e o outro analisando as respostas dos
entrevistados de outros treze países da América Latina.
A
maioria dos latinos considera que o fenômeno é um problema grave e que pode
estar relacionado com crimes na internet – como o ciberbullying, chantagem para evitar que conteúdos íntimos caiam na
rede e pornografia infantil. Para os entrevistados, o exibicionismo e a prática
de sexting como um jogo erótico (que
seria parte dos relacionamentos) são os principais motivos para a sua
realização. No Brasil, aparece nessa lista também o envolvimento com álcool e
outras drogas, enquanto que nos outros países da América Latina a troca de
fotos e vídeos próprios com nudez está intimamente ligada à pressão de grupo de
amigos.
Entre
a maioria dos praticantes de sexting,
o fenômeno não é considerado como um problema relevante ou sequer é visto como
um problema. A pesquisa ainda revela que os homens latinos estão mais
envolvidos com o sexting do que as
mulheres e, consequentemente, também acabam tendo mais complicações devido a esse
comportamento. Considerando apenas o Brasil, a maior parte dos entrevistados
afirmou não ter total confiança ao enviar conteúdos com nudez para outras
pessoas. Já para os outros países da América Latina, esse resultado aparece de
forma inversa e quem pratica sexting
afirma ter total confiança nas pessoas com quem compartilha suas intimidades.
A
pesquisa foi realizada nos meses de junho e julho de 2012 no Brasil e em outros
países da América Latina (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela) com
um total de 5.494 pessoas maiores de 18 anos. Os questionários online foram aplicados através da
eCGlobalNet, plataforma para geração de insights de consumo da eCGlobal
Solutions.
Confira
abaixo os infográficos e relatórios da pesquisa para Brasil e outros países da
América Latina.