sábado, agosto 17, 2013

A natureza autocontraditória do naturalismo

Quando o erro é examinado de forma exaustiva, invariavelmente as contradições internas tornam-se evidentes. Só a Verdade é que sobrevive ao exame minucioso. Uma das instâncias em que isso é notório é na posição mantida pelos naturalistas ateus. O ateu afirma: “Recuso-me a acreditar em qualquer coisa que não seja natural – cuja explicação não possa ser encontrada na natureza. Tudo tem que – e pode – ser explicado por meio de processos naturais.” 

Portanto, segundo o naturalismo ateu, a existência de tudo o que se encontra no Universo – bem como o Universo em si – têm que ser explicada por meios naturais; nada não natural (ex.: um Ser sobrenatural) pode ser levado em consideração. 

O geólogo evolucionista Robert Hazen, que obteve um PhD em Earth Science (Harvard), é um cientista de pesquisas no Geophysical Laboratory, da Carnegie Institution of Washington, e professor de Earth Science na George Mason University. Em sua série de palestras com o nome de “Origins of Life”, Hazen disse: “Nesta série de palestras eu faço a pressuposição básica de que a vida emergiu segundo um tipo de processo natural. Proponho que a vida surgiu como efeito de uma sequência de eventos que são completamente consistentes com as leis naturais da Física e da Química. Com essa pressuposição, alinho-me com a forma de pensar da maioria dos cientistas. Acredito num universo que está ordenado segundo essas leis naturais. Tal como outros cientistas, dependo do poder de observação, dos testes e do raciocínio teorético para entender a forma como o Universo chegou até nós da forma que está” (2005).

O problema é que, ao manter essa forma de pensar, o naturalista rapidamente esbarra numa parede de fatos científicos que contradizem sua posição.

As leis da ciência são declarações formais (repetidamente provadas pela ciência) em torno do que acontece na natureza, sem exceção. O naturalista não pode manter uma visão que contradiga as leis da natureza, sem ao mesmo tempo entrar em contradição. Mas é nessa posição em que ele se encontra ao postular uma explicação que contradiz as leis da natureza ou mais pontos. Por exemplo, a explicação do adepto do naturalismo em torno da origem da matéria e da energia (isto é, geração espontânea ou existência eterna) não é natural, visto que contradiz a Primeira e a Segunda Leis da Termodinâmica (Miller, 2007).

O naturalista tem que continuar a se contradizer ao alegar um processo não natural para a origem da vida (isto é, abiogênese, que contradiz a Lei da Biogênese; Miller, 2012). Para piorar as coisas, o naturalista tem que se contradizer ao alegar que os vários tipos de formas de vida podem gerar tipos de vida totalmente distintos através da “macroevolução” – um processo que, ao contrário da “microevolução” [que não é evolução nenhuma], nunca foi observado na natureza.

A abiogênese, a geração espontânea e a “macroevolução” são sugestões não naturais, uma vez que nunca foram observadas na natureza, embora sejam fundamentais para a visão não natural do naturalista. Isso demonstra que a visão naturalista é autocontraditória. Se é autocontraditória, então é falsa.

A cosmovisão que está de acordo com as evidências – e que não se contradiz – é a visão cristã descrita nas páginas da Bíblia Sagrada. O naturalista não consegue explicar o Universo sem recorrer a métodos não naturais. O cristão não tem problemas com as explicações sobrenaturais, uma vez que a Bíblia declara que Deus – um Ser sobrenatural – criou o Universo e a vida contida nele [...].

A Verdade não se contradiz. Quando ela é examinada, mantém-se firme. Quando uma pessoa decide combater a Verdade, invariavelmente prejudica a si mesma.

“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido e têm cometido abominável iniquidade: não há ninguém que faça o bem” (Salmo 53:1).


Referências:
Hazen, Robert (2005), “Origins of Life”, audio-taped lecture (Chantilly, VA: The Teaching Company).
Miller, Jeff (2007), “God and the Laws of Thermodynamics: A Mechanical Engineer’s Perspective”, Reason & Revelation, 27[4]:25-31, April, http://www.apologeticspress.org/articles/3293
Miller, Jeff (2012), “The Law of Biogenesis [Parts I & II]”, Reason & Revelation, 32[1/2]:1-11,13-22, January-February, http://www.apologeticspress.org/APContent.aspx?category=9&article=4165&topic=93
Thompson, Bert (2002), The Scientific Case for Creation (Montgomery, AL: Apologetics Press).