segunda-feira, setembro 23, 2013

Estudo calcula data para fim da vida na Terra

Com os anos contados
O planeta Terra oferecerá condições favoráveis à vida humana por pelo menos mais 1,75 bilhão de anos, estima um estudo da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, veiculado pelo periódico científico Astrobiology nesta quinta-feira (19). Para estimar por quanto tempo a Terra oferecerá condições favoráveis à vida humana, os pesquisadores usaram o conceito de “zona habitável”, relacionando a distância do planeta em relação ao Sol com as temperaturas que permitem a presença de água em seu ambiente. “Nós estimamos que o fim da ‘zona habitável’ da Terra ocorra daqui a 1,75 bilhão de anos ou 3,25 bilhões de anos. Após isso, estaremos próximos demais do Sol, com temperaturas tão altas que os mares irão evaporar. Será um fim catastrófico e definitivo”, diz, na divulgação do estudo, o cientista Andrew Rushby.

Além de calcular o tempo em que humanos ainda poderão existir sobre a Terra, os autores do estudo também avaliaram que outros planetas poderiam abrigar vida num futuro distante. Assim, a Terra foi comparada a outros oito planetas (sete deles localizados fora de nosso Sistema Solar), com dois despontando como possíveis candidatos a abrigar vida humana: Kepler 22b, que permitiria vida em sua superfície por pelo menos mais 4,3 bilhões de anos, e Gliese 581d, que permitiria vida por até 54,7 bilhões de anos).

Porém, o estudo alerta que chegar a um desses planetas com a tecnologia espacial existente poderia levar milhares de anos, e que, portanto, o vizinho Marte seria a melhor opção. “Se em algum momento tivéssemos de mudar de planeta, Marte seria a escolha ideal, por ser próxima da Terra e ainda permitir a luz do Sol, que deve brilhar por mais 6 bilhões de anos”, afirma Rushby, para quem um planeta de condições idênticas às da Terra deve existir no Universo a uma distância de dez anos-luz, o que é perto em termos astronômicos.


Nota: Chega a ser quase divertido ler sobre os prognósticos dos cientistas e suas “soluções” para o fim que, segundo eles, é inevitável. [MB]