domingo, dezembro 01, 2013

PLC 122: a ameaça do gênero

Mordaça para quem discorda
Hoje, trago um importante alerta sobre o PLC 122 (Projeto de Lei da Câmara), um projeto do PT concebido para criminalizar a chamada “homofobia”, conceito muitas vezes interpretado como qualquer opinião contrária às práticas homossexuais. O senador Paulo Paim (PT-RS) está apresentando seu substitutivo [que pode ser votado nesta quarta-feira, dia 4], que pode ser lido em sua íntegra aqui. Segundo Paim, sua versão do PLC 122 omitiu propositadamente agora o termo “homofobia” (confira). O termo traiçoeiro, mas não seu espírito, foi removido. As ameaças explícitas foram removidas. Mas outras ameaças, não explicitas, estão presentes. Sob a roupagem de uma legislação punitiva, o projeto pretende ser o veículo para introduzir na legislação brasileira os conceitos de “orientação sexual” e “identidade de gênero”, agora mais reforçados do que nas versões anteriores. O projeto cita doze vezes o conceito de gênero e identidade de gênero, e seis vezes o conceito de orientação sexual.

Mais importante: apesar da tentativa do senador petista de tranquilizar o público com relação às pesadas consequências do PLC 122, a Agência Senado, em 28 de novembro, deixou claro que um cidadão brasileiro poderá ser punido com até cinco anos de prisão por preconceito de gênero ou de orientação sexual. Há ainda penas para quem impedir ou restringir a manifestação de “afetividade” de qualquer pessoa em local público ou privado aberto ao público, “resguardado o respeito devido aos espaços religiosos” (confira). 

Qualquer que seja o entendimento que os cristãos tenham sobre o novo PLC 122 “protegendo” os espaços religiosos, é a interpretação do autor que vale. O site homossexual A Capa, com exclusividade, mostrou como o senador petista interpreta essa “proteção”. Segundo o site, Paim disse: “Dentro dos cultos religiosos, temos que respeitar a livre opinião que cada um tem. Por exemplo, você não pode condenar alguém por, num templo religioso, ter dito que o casamento só deve ser entre homem e mulher. É uma opinião que tem que ser respeitada.”

É uma mudança não muito diferente da proposta por Marta Suplicy dois anos atrás, conforme registrado neste vídeo

De acordo com Paim e Suplicy, os cristãos terão liberdade de opinar contra o homossexualismo e até de defender o casamento entre homem e mulher - mas só poderão dizer isso dentro das igrejas. Enquanto os militantes gays terão liberdade de dizer e fazer o que quiserem em todo e qualquer lugar fora das igrejas, os cristãos estarão totalmente impedidos fora das igrejas e, se quiserem se expressar, deverão ir a um templo religioso para desabafar o que pensam. A defesa do casamento entre homem e mulher será varrida dos lugares públicos, sendo confinada aos espaços estritamente religiosos.

Os templos religiosos, de acordo com Paim e Suplicy, funcionarão como guetos da liberdade de expressão dos cristãos. Fora dos guetos, o silêncio será obrigatório para os cristãos que são contra as práticas homossexuais e a favor do casamento conforme Deus criou. Fora dos guetos, só cristãos esquerdistas pró-sodomia é que terão liberdade de falar o que quiserem.

Ao site A Capa, Paim acabou mostrando que o PLC 122 continua um projeto de ditadura gay.

O PLC 122 introduz na legislação brasileira o conceito de “gênero”. A única lei que até hoje contém o termo é a Lei Maria da Penha, porém, com o sentido unicamente de sexo (masculino e feminino). A Lei Maria da Penha se refere à violência doméstica contra a mulher, conforme declarado em seu primeiro artigo (confira). 

O problema no caso do PLC 122 é que o conceito de “gênero” em seu texto não é mais sinônimo de sexo masculino e feminino. “Gênero”, no PLC 122, é uma construção ideológica para sustentar uma variedade flexível de “sexualidades” inventadas.

Durante uma parada gay, santos católicos foram desrespeitados; ninguém foi punido

O PLC 122 introduz também o conceito de “orientação sexual”. Esse conceito é, do ponto de vista lógico, anterior ao conceito de gênero. Para alcançar o conceito de “gênero” como algo totalmente diferente da definição tradicional de sexo biológico masculino e feminino, é necessário passar pelo conceito de “orientação sexual”. Uma vez consolidada a ideia de que existem várias “orientações sexuais”, a Esquerda sexual apresenta sua explicação de que não existem sexos, mas existem gêneros, que são “construções sexuais”, não biológicas. Ora, se o que existe não são mais os “sexos”, mas sim os “gêneros”, e se os “gêneros” não são mais biológicos, mas simples “construções sexuais”, neste caso a família tradicionalmente entendida, como originária da união entre um homem e uma mulher, deixa de fazer qualquer sentido. Desse modo, a ideologia de gênero está sendo introduzida na legislação como uma bomba relógio com o objetivo de destruir o conceito tradicional da família como a união de um homem e uma mulher vivendo com compromisso de criar e educar filhos.

A continuar assim, em breve todos os alunos serão obrigados a aprender nas escolas a ideologia de gênero, que apresenta como sexualidade toda a abundância de opções fora dos padrões relacionados com a construção de uma família tradicional, uma instituição que não têm qualquer sentido dentro da ideologia de gênero. Com a ideologia de gênero imposta pela lei na educação, os kits gays, bissexuais, transexuais, lésbicos, etc., serão obrigatórios para as crianças em idade escolar.

Essa tendência já está sendo imposta a nível internacional. O escritório regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde, em conjunto com o Centro Federal Europeu para a Educação em Saúde, com sede em Colônia, acabam de publicar o documento Padrões Para a Educação Sexual na Europa (o texto pode ser lido aqui). 

Bastará, então, que qualquer projeto de lei venha a tornar a educação sexual obrigatória nas escolas, e a Esquerda sexual acabará transformando o sistema educacional numa máquina armada para a demolição e destruição do conceito da família natural.

A mobilização de 2007 foi o gatilho para a grande resistência católica e evangélica hoje contra o PLC 122. Por isso, não podemos desanimar. Um pequeno esforço hoje pode provocar grandes mudanças no futuro. Esse esforço pode ser um telefonema ou envio de e-mail educado ao senador e outros senadores. A grande resistência que começou em 2007 precisa de seus pequenos esforços para continuar detendo o avanço do PLC 122. Resista ordeira e respeitosamente e ore a respeito disso.

(Com informações de Júlio Severo)

Nota: Você já notou que existe uma verdadeira orquestração para destruir as duas instituições sagradas criadas por Deus no Éden? A primeira “jogada de mestre” do inimigo de Deus consistiu em espalhar a ideia de que o relato da criação como está na Bíblia se trata apenas de mito, alegoria, metáfora. A partir daí, tudo ficou mais fácil. Se o conceito de família é edênico e a história ali registrada é mitológica, por que se prender a esse conceito? Por que limitar a estrutura familiar a um homem, uma mulher e filhos? Por que considerar casamento unicamente a união entre um homem e uma mulher? Leis como a PLC 122, embora pareçam boas na superfície por defender direitos humanos, acabarão por suplantar de vez essa instituição sagrada criada por Deus, o matrimônio. A segunda instituição que sofre ataques desde sempre é o sábado do quarto mandamento. Deus estabeleceu o sábado para ser o memorial de Sua criação realizada em seis dias literais de 24 horas (Gn 2:2, 3; Êx 20:8-11). Mas se o relato bíblico das origens é ficcional, o sábado perde seu significado. Tanto o evolucionismo quanto a teologia liberal contribuem para “detonar” o criacionismo e o conceito do sábado. Nesse ambiente, o ateísmo, o relativismo e outros “ismos” contrários ao cristianismo encontram terreno fértil para se proliferar. O casamento e o sábado foram criados por Deus e apontam para Ele e nos aproximam dEle, por isso o inimigo os odeia tanto. Neste blog, continuarei a defender ambos – só não garanto que continuarei livre para fazer isso, depois de quarta-feira. [MB]