terça-feira, fevereiro 25, 2014

Papa afirma que Deus vai unir as igrejas cristãs

"Desunião é pecado"
Em uma mensagem gravada para uma comunidade pentecostal norte-americana, o papa Francisco falou sobre a unidade dos cristãos, e afirmou sua vontade de que os cristãos ultrapassem as suas diferenças de modo a se tornar uma única comunidade religiosa. O vídeo foi gravado de forma amadora, e foi dirigido a um encontro pentecostal nos Estados Unidos, realizado pela igreja liderada pelo pastor Kenneth Copeland. Durante os cerca de cinco minutos da mensagem, o líder católico falou sobre sua fé de que Deus concluirá bem o “processo de unificação das igrejas cristãs”. De acordo com o papa Francisco, as divisões entre os cristãos são fruto de um legado de pecado que é comum a todos e recorreu à história de José, filho de Jacó, que foi vendido pelos seus irmãos como escravo, e acabou trabalhando para o Faraó, no Egito. "Eles tinham dinheiro, mas não podiam comer o dinheiro. Foram ao Egito comprar comida, mas encontraram mais que comida, encontraram o irmão. Nós também temos dinheiro, o dinheiro da cultura, o dinheiro da nossa história, tantas riquezas culturais, riquezas religiosas, e temos diversas tradições. Mas temos de nos encontrar como irmãos. Temos de chorar juntos, como fez José. Essas lágrimas unir-nos-ão, as lágrimas do amor", afirmou o papa. Citando o famoso autor italiano Manzoni, o papa afirmou que a obra de unidade das igrejas cristãs está nas mãos do Senhor e que aos cristãos resta colaborar e confiar. "Nunca vi Deus iniciar um milagre que não concluísse bem", afirmou.


Nota: “A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico. [...] Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 444, 445).