quinta-feira, junho 26, 2014

Sábado e o jogo das decisões

Que camisa você veste?
Acordei de madrugada, estou preocupada com uma amiguinha muito doente, aproveitei para orar por ela e por outros amigos doentes, e pelos meus filhos. E no meio das divagações noturnas, pensei no jogo do Brasil que se aproxima, marcado para o dia 28, às 13h. Seria um jogo comum e não causaria tanta polêmica, não fosse o fato de ser realizado no dia do sábado. Aqui em casa já tomamos a nossa decisão. Vamos nos abster de assistir e comemorar. Também creio que não será muito difícil, porque meu marido, apesar de gostar um pouco de futebol, é um persistente observador do sábado, como a mãe dele sempre foi e eu admirava isso. Não preciso aqui dizer que ele é um seguidor de Jesus Cristo, e ser guardador do sábado é uma consequência da obediência a Deus, porque isso é evidente.

Não se trata de se sentir melhor do que esse ou aquele. Trata-se apenas de definir nossa posição. Há os que definiram que vão prestigiar o Brasil nas horas sagradas do sábado, e eu respeito e tento não julgar a decisão, mas aqui nem houve reunião a respeito. A isso não caberia negociação. Em tempos de Copa do Mundo, eu quero seguir a escalação do meu Técnico. “Lembra-te do dia do sábado para o santificar...” (Êx 20:8-11). É sabido que há inúmeras bênçãos reservadas para os cumpridores da vontade do Senhor. E eu entendo que essa é a vontade dEle nesse dia.

Também não vou cair naquela acusação de que os que decidiram não assistir são os fariseus, os sepulcros caiados, e blá, blá, blá... Não, isso não me atinge. A questão da obediência tem o objetivo de posicionar você na luta. Não fará ninguém maior ou menor, mas definirá o que realmente é importante para nós.

E aquela velha história muito usada: “Ah, não vai assistir, mas vai morrer de vontade, então é melhor assistir.” Ainda assim eu prefiro obedecer.

E para reafirmar a posição que escolhi, transcrevo aqui o “velho”, mas sempre atual conselho de um grande líder religioso, Josué: “Então, Josué disse a todo o povo [no caso, o povo de Israel, mas pode ser dirigido a nós hoje]: Escolhei hoje a quem sirvais [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).

É tempo de preparação para nós e nossos filhos; em tempo integral, sem adaptações da verdade a esse ou aquele gosto pessoal. Tomemos nossas decisões, conscientes de que o Senhor nos ama, mas nos observa. Sempre!

(Tânia Prioli Cardozo)

Nota: Em Isaías 58:13 e 14 está escrito: “Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em Meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá no Senhor a sua alegria, e Eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai” (NVI).

Jesus disse que quem é fiel no pouco, também é fiel no muito. As “pequenas” decisões de hoje estão nos preparando para as grandes decisões de amanhã – quando teremos que proclamar nossa fé ao custo da própria vida. O exercício de fazer a vontade de Deus, ainda que a nossa seja outra, vai nos acostumando a fazer o que é certo, não com base em nossos sentimentos e desejos, mas com base em nossa decisão de agradar a Deus e na confiança de que Ele sabe o que é melhor para nós. Prefiro fazer a vontade de Deus contra a minha do que a minha contra a dEle.

Porém, não nos esqueçamos de que “cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. [...] Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova” (Rm 14:12, 13, 22). [MB]