domingo, julho 20, 2014

Exposição em São Paulo promove catequese evolucionista

Feita para "encantar"
[Meus comentários seguem entre colchetes. – MB.] Uma exposição em São Paulo convida o visitante a entrar em um túnel do tempo para conhecer as origens do ser humano [como se fosse fácil assim... Pelo visto, é uma exposição de ficção científica]. É a história da nossa evolução contada com muito realismo [mas será que é realista?]. É pôr o pé para viajar no tempo. Está tudo lá: quando dividimos, pela última vez, um ancestral comum com os chimpanzés [Que ancestral foi esse? Fácil afirmar, difícil provar], há mais ou menos 7 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], até chegarmos àquele que é considerado o nosso parente mais distante, o Homo sapiens, surgido há 200 mil anos [idem]. “Eu achei que não ia ser uma coisa legal. Mas, chegando aqui, estou encantada”, diz uma visitante [é isto que os evolucionistas querem: “encantar”, em lugar de convencer com fatos reais]. Foram quase nove anos para montar a maior exposição sobre a evolução humana na América Latina. O acervo original é da Universidade de São Paulo (USP). Todas as peças foram copiadas para mostrar a evolução do cérebro, da aparência do homem [“Mostrar a evolução do cérebro”? Como assim? Quer dizer que escolher aleatoriamente fósseis de macacos e de seres humanos, organizá-los numa sequência fictícia e expô-los significa mostrar a evolução do cérebro? E as discussões a respeito da necessidade de acréscimo de informação genética para que tivesse havido a tal evolução? E as discussões a respeito da tremenda diferença entre o cérebro humano e dos macacos? Isso não é assunto para essa exposição. O que se pretende é encantar...]. “A parte que eu mais gostei foi a da dentição, porque mudou muito”, comenta Nayara Rogeri, de 9 anos. “As fêmeas gostavam mais de homens com dente grande. Eu nunca ia imaginar que era isso”, diz a estudante Natalie Ferreira. [Claro que ela não ia imaginar, até que os artistas e os evolucionistas imaginassem por ela.]

Até chegar às réplicas foram muitas outras e por um bom tempo. É que os artistas plásticos que assinam os trabalhos precisaram ser encontrados, treinados, capacitados mesmo [pelo jeito, quem mais trabalhou mesmo nessa exposição foram os artistas plásticos. Deveria ser uma exposição de arte, não uma exposição pretensamente científica]. Um trabalhão que levou quase três anos. “Demorou tanto tempo porque é muito detalhada [obra de arte mesmo]. Foram muitas réplicas até chegar à réplica perfeita”, explica o curador da exposição, Walter Neves.

Réplica perfeita, por exemplo, de uma cova que teria sido preparada na Rússia, há 28 mil anos [idem], com todos os pertences do morto. [E aí misturam fato com ficção. Fato: descoberta de uma cova antiga na Rússia; ficção: evolução do cérebro humano. Na cabeça dos visitantes da exposição – principalmente das crianças – fica a impressão de que tudo ali é factual, quando não é.]

A exposição é um convite para pensar na grandiosidade da nossa história. [Grandiosidade? O que querem, mais uma vez, é afirmar que somos descendentes de animais e que viemos da caverna, não de um jardim.]


Nota: Curiosamente, a exposição parece evitar recentes descobertas que colocam em dúvida a suposta história evolutiva humana (confira aqui, aqui, aqui e aqui). Trata-se, portanto, de catequese evolucionista e não de exposição de fatos. [MB]

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