“Recentemente,
adquiri um livro extraordinário intitulado 1001 Ideias que Mudaram Nossa Forma de Pensar. Ele faz parte de uma
série bastante popular que inclui livros como 1001 Músicas Para Ouvir Antes de Morrer, 1001 Livros Para Ler Antes de Morrer e 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer. 1001 Ideias apresenta inúmeros temas bíblicos e religiosos, mas dois
são particularmente interessantes para este blog: ‘O grande conflito’ (Ellen G.
White) e ‘Leis alimentares’ (Moisés). Outro texto muito interessante trata da ‘Apologética
cristã moderna’ e menciona Alvin Plantinga como ‘o
maior filósofo vivo’” (Matheus Cardoso).
Extraído
do livro 1001 Ideias que Mudaram Nossa Forma
de Pensar:
“c.
1250 a.C. [uma datação mais apropriada seria c. 1450 a.C.], Leis alimentares
(Moisés):
orientações religiosas para o preparo e consumo de alimentos
“Leis
alimentares restringindo o preparo e o consumo de determinados alimentos
marcaram várias tradições religiosas. Na tradição judaica, mandamentos transmitidos
por Deus pelos profetas referentes a uma dieta adequada (especialmente os
mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai durante o século XIII a.C.) consistem
num elemento central dos ensinamentos da Torá. Partindo da tradição judaica de
textos religiosos, as tradições cristã e muçulmana também incluem regras
alimentares que regulam o que os crentes podem consumir, assim como o preparo
adequado.
“Na
tradição judaica, as leis alimentares são chamadas de kashrut, e a comida preparada seguindo essas orientações é chamada
de kosher. Regras alimentares nos
ensinamentos judaicos, cristãos e muçulmanos incluem tanto questões que dizem
respeito à higiene no preparo da comida quanto a proibições completas de alguns
alimentos. Comidas proibidas costumam incluir ‘animais impuros’, normalmente
porcos, alguns frutos do mar e animais mortos (que não foram mortos
especificamente para consumo). Nas tradições judaica e muçulmana existem orientações
adicionais às leis definidas nos textos religiosos.
“Leis
alimentares também aparecem em tradições religiosas orientais. O hinduísmo defende
uma dieta vegetariana, visto que vacas são consideradas sagradas. O vegetarianismo
também consta no jainismo, devido ao princípio central de não violência. [Em
textos como Gênesis 1:29, 30, a Bíblia também apresenta a alimentação
vegetariana como o propósito original e ideal de Deus para o ser humano.]
“A
justificação de leis alimentares liga práticas religiosas de fé a descobertas
modernas sobre saúde alimentar. Analistas modernos descrevem várias relações
entre a salubridade do consumo alimentar e os alimentos específicos
restringidos por tais leis.”
Robert Arp (ed.), 1001 Ideias que Mudaram Nossa Forma
de Pensar (Rio de Janeiro: Sextante,
2014), p. 122. O artigo foi escrito por Timothy Dale, professor auxiliar de
ciência política na Universidade de Wisconsin-La Crosse. Leciona na área de
filosofia política, e seus interesses de pesquisa incluem teoria democrática,
mensagens políticas na cultura popular e ensino e aprendizado. Foi
co-organizador de Homer Simpson Marches on Washington: Dissent in American
Popular Culture (2010) e coautor de Political
Thinking, Political Theory, and Civil Society (2009) e da coletânea Homer Simpson Ponder Politics: Popular
Culture as Political Theory (2013).