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Cena do filme "Pecados Inocentes" |
Em
2010, a lei de incesto causou a maior polêmica na Alemanha quando Patrick Phil,
um morador de Karlsruhe, no Sul do país, foi preso por manter relações e ter
quatro filhos (dois deficientes) com sua irmã, Susan. De acordo com a
Constituição alemã, condenação por incesto entre irmãos é crime e resulta em
pena de prisão de até três anos. Mesmo assim, na época o advogado do réu
afirmava que a prisão do seu cliente era “uma violação dos direitos
fundamentais e uma relíquia histórica”. Patrick, além de ter cumprido quase
três anos de prisão, foi obrigado a se separar de Susan e perdeu a guarda de
três dos quatros filhos. Agora,
esse quadro parece mudar: no que depender do Conselho de Ética do governo
alemão, a lei de incesto vai deixar de existir. A gente explica: em assembleia
feita recentemente, o Conselho afirmou que “o direito de irmãos adultos à
autodeterminação sexual é mais importante do que a ideia abstrata de proteção à
família”, antes de acrescentar que “o direito penal não é o meio adequado para
preservar um tabu social, já que as chances de as crianças nascerem deficientes
são uma grande punição”. Mesmo assim, o partido CDU, da chanceler Angela
Merkel, já deixou claro que não tem intenção de permitir que o incesto
seja legalizado, alegando que tal atitude “iria completamente contra a
obrigação de fazer de tudo pra que as crianças nasçam saudáveis”. O assunto,
como era de se esperar, é o novo tabu na Alemanha. E você, o que pensa a
respeito?
Nota do Pr. Gilberto
Theiss: A liberdade sexual plena era a marca de Sodoma
que a levou a ser sentenciada por Deus. Jesus foi contundente ao afirmar que os
dias finais da história humana seriam semelhantes aos dias de Ló (Lc 17:18-30).
Portanto, acredito que coisas piores ainda virão, especialmente com tanta
apologia ao sexo livre como obtenção de prazer ilimitado e sem regras, e,
claro, além dos fatores financeiros que potencializam o sistema egoísta
humano. Acredito, com base na narrativa histórica de Sodoma, que o caos se
instalará na vida dos que ainda pretenderem se manter puros. Em breve será
perdido o controle sobre a moralidade, e é nesse sentido que o caos se
instalará sem que ninguém possa fazer absolutamente nada contra.
Nota do leitor Marco
Dourado: Balizas civilizacionais que (ainda) pautam as
relações erótico-afetivas:
1)
Primeira barreira derrubada: sexo (http://goo.gl/RplESp)
2)
Segunda barreira derrubada: cardinalidade (http://goo.gl/yLJSSv)
3)
Terceira barreira começando a ser derrubada: parentesco (conforme a
matéria acima)
4)
Quarta barreira, também em processo de desmonte: idade (http://goo.gl/LbZHqk)
5)
Quinta barreira, ainda a ser derrubada: consensualidade (http://goo.gl/AQwEMG)
Como
disse um conhecido “astrólogo”: “Todos nós temos fantasias sexuais cujo apelo
não é forte o suficiente para nos induzir a realizá-las na prática. A força
dessas tentações é multiplicada pelo temor do castigo social, mediante o
mecanismo que Victor Frankl chamava de ‘hiper-reflexão’, o que sugere uma
ligação de cumplicidade secreta entre moralismo e sacanagem. Só em certos
casos extremos o desejo imaginário vai além da sua efetivação em atos e se
converte num impulso de mudar a ordem do mundo para tornar socialmente
aceitável, ou até meritório, aquilo que antes só podia existir como segredo
inconfessável. Aí o mero desejo sexual se transmuta em fantasia de onipotência,
que, pela própria natureza do seu mecanismo intrínseco, não conhece limites e
não se contenta senão com a total destruição revolucionária da ordem social. O
sujeito começa querendo pisar na jaca e termina [ferrando] com o mundo” (Olavo
de Carvalho).