![]() |
Brincando ou não, acertou |
Na
cerimônia de entrega do “Prêmio Jovem Cientista”, na terça, em Brasília, na
presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, e dos agraciados, a
presidente Dilma Rousseff soltou mais uma pérola midiática que foi aclamada
como outra anedota dos discursos dílmicos: “Considerando a capacidade de
distribuir o seu desenvolvimento com a sua população, transformar o mundo
significa, necessariamente, levar a cada uma das pessoas as melhores condições
de vida, né, Aldo?, desde a Arca de Noé.” Embora tenha sido considerada uma
piada, em minha opinião, desta vez, a presidente acertou em cheio. Explico.
De
fato, para quem estuda o assunto, a engenharia utilizada na construção da arca
de Noé é surpreendente. As proporções da embarcação ainda hoje são utilizadas
em navios cargueiros, com ótima flutuabilidade. Só que Noé nunca tinha navegado
em oceanos bravios... Conforme você pode conferir neste e neste post, a arca de Noé realmente revela uma
ciência e uma tecnologia tremendas! Ponto pra Dilma. Ainda mais por ela ter
dito que a tecnologia deve dar às pessoas melhores condições de vida. No caso
da arca, essa tecnologia salvou
vidas.
Reinaldo Azevedo, em sua coluna no site da Veja, destacou outro lado da questão: “É... Quando Noé, um
conservador, escolheu um macho e uma fêmea de cada espécie para enfrentar
aquele chuvisqueiro, não deixava de haver ciência ali, né? Sabe como é... Um
macho, uma fêmea, o balanço da arca, aquele tédio, Kiko Zambianchi na vitrola: ‘Mas
só chove, chove, chove...’ Hoje em dia, Noé teria trabalho, coitadinho! As
transgêneras logo se levantariam: ‘A gente vai morrer afogada, seu Noé?’”