sábado, setembro 05, 2015

Escrivã se recusa a casar gays e é presa nos EUA

Leis humanas x lei de Deus
Uma escrivã do estado americano do Kentucky foi presa nesta quinta-feira (3) por descumprir uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que regulamenta o casamento [sic] entre pessoas do mesmo sexo. Na hora do “sim”, ela disse “não”. Kim Davis foi detida por se recusar a emitir certidões de casamento para casais [sic] do mesmo sexo. O juiz disse que as convicções pessoais não podem estar acima da lei. A escrivã alega que o casamento gay não é reconhecido por Deus. O caso ganhou destaque depois que ela bateu boca com dois homens que tentavam se casar. “Não estou fazendo certidões de casamento hoje”, disse ela. O noivo, David, perguntou: “Sob que autoridade?” E ela respondeu: “Sob autoridade de Deus.”

Nos Estados Unidos, a certidão de casamento é feita por funcionários públicos ligados ao sistema judiciário. Na cidade onde Kim Davis trabalha, o escrivão é eleito pelo povo. E só pode ser retirado do cargo por um impeachment. Mas tem gente que acha que a convicção religiosa de Kim não combina com a vida que ela leva – a escrivã está no quarto casamento. “Ela já se divorciou três vezes. Nós estamos juntos há vinte anos!”, disse mais um noivo que saiu da prefeitura sem aliança.

Há dois meses, a Suprema Corte legalizou o casamento [sic] gay nos 50 estados americanos. Mas Kim nunca assinou uma única certidão de dois noivos ou duas noivas. Ela entrou na Justiça - e perdeu. Recorreu - e agora foi parar na prisão.

Kim não está sozinha. Escrivães do Alabama e do Texas também têm usado a religião pra descumprir a lei. Protestos e manifestações de apoio chegam de vários estados. “Ela é uma heroína que desafia a Justiça pra cumprir a palavra de Deus”, diz uma manifestante de Ohio. “Você não escolhe quem ama. Casar é um direito do ser humano”, argumenta a ativista, do Kentucky.

Cinco escrivães que trabalham com Kim vão emitir as certidões de casamento pra todos os casais enquanto ela estiver presa. E o juiz avisou que ela vai ficar na cadeia até decidir cumprir a lei.


Nota: Esta frase do juiz é significativa no contexto profético das restrições das liberdades individuais: “...as convicções pessoais não podem estar acima da lei.” E quando outras leis humanas desafiarem as convicções religiosas de certas minorias? E quando essas minorias, para serem fieis aos mandamentos de Deus, tiverem que desafiar as leis humanas? O mesmo argumento será usado contra elas. E a cadeia será seu destino. Mas “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29). Sempre. [MB]