terça-feira, dezembro 08, 2015

Três grandes erros e um acerto do papa

A Igreja Católica não mudou
Deu na BBC Brasil: “A Igreja Católica vai oferecer no próximo domingo em todo o mundo a chance para que mulheres que fizeram aborto sejam ‘perdoadas’ se cumprirem certos procedimentos. A absolvição, que também poderá ser estendida a mulheres mortas, faz parte do Jubileu da Misericórdia, o Ano Santo da igreja que começa na terça-feira e vai até 20 de novembro de 2016. ‘A absolvição do pecado do aborto é uma prerrogativa dos bispos que, em situações particulares, podem delegar esta função aos padres. Todavia, durante o Ano Santo, para facilitar ainda mais o perdão, o papa Francisco concedeu essa faculdade a todos os sacerdotes’, disse à BBC Brasil o padre Geraldo dos Reis Maia, reitor do Colégio Católico Pio Brasileiro, em Roma, administrado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).”

E na sua página no Facebook, o papa postou: “Hoje, dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição, professando que a Mãe de Jesus foi concebida sem o pecado original, herança com que todos nascemos. Não deixe de repassar a imagem, faça do seu Facebook um andor para Nossa Senhora.”

Primeiro erro: seres humanos não podem perdoar nem absolver qualquer outro ser humano. Só Jesus, nosso único intercessor, nosso único mediador (porque é o único que, sendo Deus, Se fez homem), pode perdoar os pecados daqueles que se arrependem e os confessam a Deus. Jesus quase foi apedrejado quando esteve aqui na Terra pelo fato de ter perdoado pecados e, com isso, ter se igualado a Deus o Pai, o que seria uma blasfêmia, caso Ele realmente não fosse Deus. Estes vídeos podem ajudar a entender esse assunto: clique aqui e aqui.

Segundo erro: os mortos não podem ser perdoados pelo simples fato de que não estão vivos, estão inconscientes, “dormindo” no pó da terra. Esse é um claro ensino da Bíblia Sagrada, bem explicado neste vídeo. Ensinar o contrário disso (que os mortos ou a “alma” deles estariam conscientes em algum lugar) é flertar com o espiritismo.

Terceiro erro: Maria não foi concebida sem pecado (o único que nasceu nessa condição foi Jesus), nem foi assunta ao Céu. Esse é um dogma católico definido pelo papa Pio XII em 1950. Não há sequer um versículo na Bíblia que sustente essa ideia. Maria foi uma mulher exemplar e digníssima, justamente por ser mulher, humana e serva de Deus. A grande beleza da história da encarnação de Cristo está no fato de que Deus escolheu uma simples moça para ser a mãe de Jesus na Terra. Mesmo sendo pecadora, Maria foi tida por digna dessa missão. E a aceitou de todo o coração. A humana Maria nos deixou um exemplo de fidelidade e disposição para servir. Divinizá-la foi um erro. Isso a afastou da humanidade praticamente equiparando-a à Divindade. Alguns chegam ao ponto de dizer que devemos pedir à mãe para que o Filho nos atenda, o que é um absurdo. Assista a este vídeo

Um grande acerto: o papa tem Twitter e Facebook, e os usa para divulgar sua crença, suas ideias, seus dogmas. O que você, cristão, tem feito com suas redes sociais? Tem utilizado esse recurso para evangelizar? Tem aproveitado essas mídias para deixar uma marca positiva na vida das pessoas? Ou tem apenas curtido, compartilhado e tuitado piadas, críticas e conteúdos fúteis, sem contar aquelas fotos que não revelam cristianismo? Nesse ponto, o papa Francisco nos deixa uma grande lição de foco na missão e de testemunho consciente. [MB]