quinta-feira, março 24, 2016

Existe mesmo loira burra?

Burros são os estereótipos
O estereótipo da “loira burra” está simplesmente errado, garantem cientistas. Uma pesquisa entre 10.878 norte-americanos revelou que as mulheres brancas que disseram que a cor natural do seu cabelo era loira apresentaram um QI médio que varia apenas três pontos do QI médio das morenas e das mulheres de pele clara com cabelo vermelho ou preto. Embora as piadas sobre loiras possam parecer inofensivas para alguns, na verdade elas podem ter implicações no mundo real. “Pesquisas mostram que os estereótipos frequentemente têm um impacto sobre a contratação para um emprego, promoções e outras experiências sociais”, afirma Jay Zagorsky, autor do estudo e pesquisador da Universidade do Estado de Ohio (EUA). “Este estudo fornece evidências convincentes de que não deve haver qualquer discriminação contra as loiras com base em sua inteligência”, adicionou.

O estudo mostrou que o QI médio das loiras foi na verdade ligeiramente maior do que o QI das mulheres com outras cores de cabelo, mas o dado não é estatisticamente significativo, disse Zagorsky. “Eu não acho que você possa dizer com certeza que loiras são mais inteligentes do que as outras, mas você definitivamente não pode dizer que elas sejam mais burras”, comparou.

Os resultados para os homens brancos loiros foram semelhantes - eles também têm QIs mais ou menos iguais aos homens com outras cores de cabelo.

O estudo foi publicado na revista Bulletin Economics.


Nota: A verdade é que burro é todo tipo de estereótipo. Certa vez, tomei um táxi em Santiago, capital do Chile. Assim que soube que sou brasileiro, o taxista perguntou: “Cómo van las chicas.” Ingenuamente, me perguntei: “Como ele sabe que sou casado e tenho filhas?” Vendo minha expressão de dúvida, ele prosseguiu: “As mulheres, aquelas que sambam.” Aí fiquei indignado! Expliquei para ele que nem todos gostam de samba no Brasil. Disse-lhe que nosso país é muito grande e que aqui há culturas e preferências variadas. Mesmo assim ele insistiu e disse que queria conhecer o carnaval do Rio de Janeiro e, claro, as “chicas”. E eu o convidei a conhecer, além do Rio, outras partes do Brasil, e disse que, na verdade, a grande maioria dos brasileiros nem gosta de carnaval.

Existem, sim, aquelas que gostam de expor o corpo para as câmeras dos ávidos fotógrafos em busca do melhor ângulo, da melhor foto, contribuindo assim para a manutenção do triste estereótipo da “mulher brasileira”; mas também existem aquelas que preferem o recado e a discrição.

Há também os estereótipos de natureza religiosa, do tipo “todo crente é burro”. Embora haja mesmo religiosos que façam por merecer, é preciso reconhecer que muitos crentes amam o conhecimento e têm dado grande contribuição em suas áreas de atuação.

Portanto, esqueça coisas do tipo “sulistas são muito fechados” e “nordestinos são preguiçosos”, além, é claro, do mito da “loira burra”. Afinal, pior que o estereótipo é o preconceito.

O apóstolo Pedro disse certa vez: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). E se Deus não faz, quem somos nós para fazer? Não somos todos filhos de um mesmo Pai, iguais por natureza?

E pra concluir, quero dizer que sou casado com uma loira e tenho uma filha também loira. E elas são muito inteligentes! [MB]