terça-feira, abril 05, 2016

A Bíblia fala em unicórnios, e eles existiram

Unicórnio de quatro toneladas
Pelo fato de algumas versões bíblicas trazerem a palavra “unicórnio”, muitos céticos a acusavam de se referir a um ser mitológico, o tal cavalo que teria um chifre na testa e supostos poderes mágicos. De fato, a Bíblia menciona nove vezes um animal conhecido pelo termo hebraico re’ém (רֶאֵם) (veja Is 34:7; Jó 39:9, 10; Nm 23:22; 24:8; Dt 33:17; Sl 22:21; 29:6; 92:10). A Septuaginta trocou o termo re’ém pelo grego monokeros (mono = um; keros = corno ou chifre), dando, assim, o sentido de “unicórnio”, ou seja, “com um chifre”. A Vulgata latina frequentemente traduz o termo re’ém para “rinoceronte”. E a Bíblia traduzida de Lutero (Luther Bibel, 1545) traduz re’ém para einhörner (ein = um; horner = chifre), que também significa único chifre ou unicórnio.

Embora algumas versões bíblicas brasileiras como a João Ferreira de Almeida troquem o termo “unicórnio” por “boi selvagem” ou “búfalo”, uma descoberta recente pode ajudar a resgatar o termo “unicórnio” – e não se trata do cavalo mágico. Pesquisadores acreditavam que a espécie Elasmotherium sibiricum se limitava à região da Sibéria e, portanto, não poderia ser conhecida nas terras bíblicas. Ocorre que um crânio fossilizado desse animal foi encontrado no Cazaquistão. A descoberta foi relatada em estudo publicado no periódico American Journal of Applied Science. “O unicórnio em questão parece mais um rinoceronte com um chifre na testa do que o cavalo místico que carregamos na imaginação. De acordo com os pesquisadores, o animal tinha cerca de dois metros de altura, quatro de comprimento e chegava a pesar até quatro toneladas. E, apesar de seu tamanho e peso, é bem provável que só se alimentasse de grama”, informa o site da revista Galileu

Nada impede que esse animal (ou os ancestrais dele) tenha vivido em outras regiões. A Bíblia também descreve uma criatura interessante chamada de beemote, cuja descrição parece a de um dinossauro (Jó 40:15-19). Os autores bíblicos podem ter tido contato com esses animais ou, então, ter tomado conhecimento da existência deles. A Bíblia não é um compêndio de zoologia, mas deve ser respeitada como um documento sério e histórico.

(Michelson Borges, com informações de Raciocínio Cristão e revista Galileu)