Complexidade desde sempre |
Durante
milhões de anos, os seres vivos que habitaram a Terra não possuíam ânus – o
buraco de entrada de alimentos e da saída dos dejetos era o mesmo. Há 540
milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], o “forévis” apareceu e
fez com que inúmeros seres pudessem se desenvolver a partir disso: de minhocas
a cachorros, de galinhas a nós, seres humanos. Mas por que é tão importante
estudar a origem do orifício anal? Alguns animais, hoje em dia, permanecem
tendo apenas um buraquinho para fazer tudo. É o caso das anêmonas ou das
esponjas-do-mar, por exemplo. Elas precisam primeiro digerir o que comeram,
depois defecar e só então podem se alimentar de novo – algo que mudou com o
surgimento do ânus. Ao menos era nessa a teoria em que os evolucionistas sempre
acreditaram. Acontece que uma espécie de ctenóforo está derrubando essa visão.
A geleia-do-mar é um bichinho pra lá de fofinho que, por sinal, também não
possui um orifício anal para chamar de seu... Ou melhor, talvez possua, mas a
gente não sabia até agora.
Para
começo de conversa, é importante saber que as geleias-do-mar são animais
bastante translúcidos. Uma nova técnica de filmagem conseguiu tirar proveito
dessa característica, transformando o alimento desses animais em partículas
iridescentes, ou seja, capazes de emitir uma luminosidade que permite
acompanhar a comida dentro do corpo das geleias-do-mar.
Qual
não foi a surpresa dos cientistas quando vídeos mais recentes mostraram algumas
partículas desses alimentos saindo do corpo das geleias-do-mar através de poros
que parecem funcionar como um esfíncter! Ou seja: por mais que elas expilam os
dejetos pela boca, elas também possuem uma espécie de ânus. Agora os cientistas
querem entender como isso se encaixa na evolução das espécies, visto que esses
animais podem ser o ancestral mais antigo de todos os outros animais do
planeta.
Nota: A
descoberta de complexidades não esperadas em seres tão “primitivos”, que
estariam na base da suposta árvore evolutiva, tem dado muita dor de cabeça nos
evolucionistas, afinal, bem lá no comecinho da suposta história evolutiva não
deveria haver seres tão complexos. Mas ocorre que a complexidade está presente
do topo à base da coluna geológica (os trilobitas e as águas-vivas que o digam),
e isso conta outra história. [MB]