segunda-feira, abril 04, 2016

Máquinas “naturais” deixam tecnologias humanas na poeira

A bactéria geobacter
Segundo matéria publicada no site Inovação Tecnológica, os nanofios estão na crista da onda porque permitem miniaturizar as coisas a um patamar inalcançável pelas técnicas atuais, como as usadas na indústria eletrônica para fabricar transistores. Ocorre que, nessas dimensões, há muitas soluções já presentes na natureza. “E são soluções tão eficientes que deixam todas as nanotecnologias feitas pelo ser humano comendo poeira, conforme descobriu uma equipe com a participação do professor Gustavo Feliciano, da Unesp de Araraquara (SP). O nanofio biológico é produzido pela bactéria geobacter, que já se sabia possuir nanofios quase metálicos, responsáveis por uma transmissão bacteriana de eletricidade. O que não se sabia é que esses nanofios de proteínas transportam as cargas elétricas a uma velocidade de até um bilhão de elétrons por segundo. Esse nanofio microbiano é formado por uma única subunidade de peptídeo, medindo cerca de dois nanômetros de diâmetro”, explica a matéria.

Gemma Reguera, da Universidade do Estado de Michigan e principal autora da descoberta, detalha: “Sendo feitos de proteínas, os nanofios orgânicos são biodegradáveis e biocompatíveis. Essa descoberta abre, assim, muitas aplicações em nanoeletrônica, como o desenvolvimento de sensores médicos e dispositivos eletrônicos que podem ser interligados com os tecidos humanos.”

Como sempre tenho dito, se Deus cobrasse direitos autorais de Suas criações, o ser humano estaria falido. Nanotecnologia criada pelo homem é coisa nova, tecnologia de ponta. A nanotecnologia superior das bactérias já existe há milênios, e ainda não foi superada. Aliás, isso ocorre com outros mecanismos também. Exemplo: o Sonar só foi colocado em operação depois de 1912, mas golfinhos e morcegos já usam esse recurso há milhares de anos, com muita eficiência. E tem mais: em ambas as espécies, é o mesmo tipo de gene que codifica a função. Como são espécies sem parentesco evolutivo próximo, isso significa que a complexa função da ecolocalização teria surgido igualmente nos dois tipos de seres vivos? Milagre evolutivo duplo ou digital do mesmo Criador?

Outro exemplo: o Sistema de Posicionamento Global (GPS) só foi posto em operação em 1995, ao custo de 10 bilhões de dólares. E ninguém nega que foi uma ótima invenção, que requereu muita inteligência e dinheiro para ser criada. Ocorre que as formigas já usam GPS há milhares de anos, sem poluir o meio ambiente e com gasto de energia mínimo. Por meio de estruturas nas antenas, elas se conectam ao campo magnético da Terra. Quem criou esse sistema?

Aliás, a revista Scientific American do mês passado publicou uma reportagem de capa sobre o GPS do cérebro. O texto diz que “os mamíferos dependem da capacidade de formar mapas neurais do ambiente, que são padrões de atividade elétrica no cérebro em que grupos de células nervosas disparam de um jeito que reflete o layout, a disposição do ambiente circundante e a posição de um animal nele”. E a matéria prossegue falando da tremenda complexidade do GPS humano que realiza quase que instantaneamente cálculos matemáticos supercomplexos.

Nanotecnologia, Sonar, GPS e muitas outras invenções nos levam a aplaudir seus inventores. Mas por que certas pessoas se recusam a aplaudir Aquele que fez o ser humano capaz de fazer coisas tão maravilhosas? Para copiar os recursos da natureza temos que investir muito dinheiro, tempo e inteligência. E os mecanismos originais, surgiram do nada? Seriam meramente fruto de mutações casuais filtradas pela seleção natural? Máquinas precisas das quais dependemos para sobreviver seriam resultado do acaso?

Não tenho tanta fé para acreditar nisso.

Michelson Borges