Mentiras que convergem |
Neste exato momento, várias entidades e inúmeras
pessoas estão estudando uma encíclica papal intitulada Laudato Si, que traz sugestões de como evitar a destruição da Terra
pelo aquecimento global. Um dos capítulos do documento apresenta o descanso dominical como proposta para combater o aquecimento e, mais, para unir as
famílias. Evidentemente que a ideia é simpática e agrada a todos, crentes e
descrentes. Só que o domingo é apresentado ali como o dia do Senhor, o dia da
nova criação, em oposição à Bíblia, que apresenta de capa a capa o sábado como dia sagrado. Faz diferença um dia ou outro? Sim, faz, se
você levar a sério a vontade de Deus, que estabeleceu o sábado como memorial da
criação, tendo Ele mesmo “descansado” no sétimo dia, não no primeiro (Gn
2:1-3). Sim, faz, se você levar em conta que o Criador escreveu com o próprio
dedo em tábuas de pedra o mandamento que ordena repousarmos no sétimo dia, não
no primeiro (Êx 20:8-11). Sim, faz, se você levar em conta que Jesus, quando
esteve na Terra, também guardou o sábado (Lc 4:16) e que Sua mãe e Seus
discípulos igualmente fizeram isso (Lc 23:55, 56), mesmo depois de Sua morte,
ressurreição e ascensão. Sim, faz, se você levar em conta que, mesmo na
eternidade, o sábado continuará sendo o dia de repouso aqui na Terra (Is 66:22,
23).
Quanto ao segundo grande erro, a crença na
imortalidade da alma humana, esse está disseminado em praticamente todas as
religiões e até mesmo entre aqueles que não professam necessariamente o
cristianismo. A Bíblia é clara em ensinar que o ser humano não tem uma alma imortal, ele é uma alma mortal (Gn 2:7). Alma, na
Bíblia, é a união do pó da terra com o fôlego da vida que Deus dá. Morto, o ser
humano permanece em estado de inconsciência – na verdade, ele nem existe mais
– até a ressurreição por ocasião da volta de Jesus, caso tenha aceitado a
salvação oferecida por Cristo ou vivido de acordo com a luz que possuía. Simples
assim. Morte é igual a sono (Jo 11:11) e mortos não participam do mundo dos
vivos (Ec 9:5, 6).
Ocorre que filosofias pagãs espiritualistas gestadas
há muito tempo foram incorporadas ao cristianismo, numa jogada de mestre
diabólica. Assim, a igreja que já ensinava que o dia do Sol (sunday) pagão era o novo dia do Senhor,
passou a ensinar que os mortos continuam vivendo como almas no Céu ou no
inferno, e que poderiam, dependendo do caso, até interceder pelos vivos.
Católicos, protestantes, evangélicos e espíritas,
com uma ou outra diferença, advogam essas ideias. Mas o que dizer dos ateus,
agnósticos e céticos? Esses, em sua grande maioria, já aceitam a proposta do
descanso dominical, porque ela, aparentemente, é boa para todos. E a crença na
alma imortal? Conheço muitos ateus que, embora obviamente não creiam na
existência de Deus, acreditam que existam raças extraterrestres inteligentes por
aí, Universo afora. Entre os famosos que creram e creem nisso estão o astrônomo
Carl Sagan e o físico Stephen Hawking, entre outros. Imagine se um dia “extraterrestres”
aparecerem por aqui dizendo ter revelações “teológicas” a fazer... Imagine que
eles apontem para um líder mundial e para uma forma de salvar a Terra que esse
líder propõe... Como ficaria a cabeça desses ateus? Aliás, você sabia que já
faz algum tempo que astrônomos do Vaticano andam procurando o “irmão extraterrestre”?
O padre jesuíta e astrônomo argentino José Gabriel Funes é o diretor
do Observatório do Vaticano. Ele diz que não há conflito entre acreditar em
Deus e na possibilidade de haver civilizações extraterrestres, talvez mais
evoluídas do que os humanos. “Em minha opinião, essa possibilidade existe”,
disse o padre, que também foi conselheiro científico do papa Bento 16.
Funes admitiu que gostaria de batizar um alienígena na fé
católica. Mas o que poderia acontecer é o contrário, já que alguns teólogos têm dito o seguinte: “Talvez tudo o
que pensamos que sabemos sobre o Evangelho tenha que ser jogado fora.” Outro
destacado astrônomo do Vaticano, Guy Consolmagno, sugeriu publicamente que os
alienígenas poderiam realmente ser os “salvadores
da humanidade”.
Note como se fundem aí ideias evolucionistas – já que os
extraterrestres poderiam ser seres mais
evoluídos do que nós – e um tanto perigosas, como a de que essas criaturas
poderiam chegar aqui e nos ensinar um novo evangelho (no livro O Grande Conflito, Ellen White diz que o último engano de Satanás
será personificar Jesus e afirmar, entre outras coisas, que mudou o dia de
guarda do sábado para o domingo). Seria realmente uma união de esforços bem
conveniente entre a besta e os “extraterrestres” que nada mais são do que anjos
caídos.
Recentemente, a revista UFO
trouxe a seguinte chamada de capa: “Abdução da alma” (capa acima). E afirma que
há extraterrestres mais interessados na tal alma humana do que em seu corpo ou
em seu DNA. E aí você vê os dois grandes erros convergindo por todos os lados!
O falecido pastor George Vandeman, fundador do programa de TV Está
Escrito, já dizia que os OVNIs são os “brinquedos de um anjo caído”, e o ex-satanista convertido ao adventismo Roger Morneau também revelou as artimanhas por trás da ufologia (confira neste vídeo). Seriam
essas constantes “aparições” uma preparação para a aceitação do engano final?
Um evento dessa natureza (a chegada dos “extraterrestres”) seria tão
espetacular que inebriaria todas as pessoas do mundo – crentes e ateus, judeus
e muçulmanos, secularistas e espiritualistas - ainda mais se todos forem motivados a crer em outro engano sobre um falso anticristo... Quem estará solidamente firmado nas Escrituras para suportar a prova? Ou alguém
pensou que os últimos dias seriam fáceis?
Michelson
Borges