segunda-feira, abril 04, 2016

Religião ou ciência: O que o cérebro prefere?

Duas lentes poderosas
Pesquisadores da Universidade Case Western Reserve e da Faculdade Babson, nos Estados Unidos, por meio de oito estudos independentes, chegaram à conclusão de que o cérebro humano se comporta de forma diferente quando vê o mundo através das “lentes” da ciência e da religião. A pesquisa indicou que aqueles que têm crenças espirituais ou religiosas aparentam suprimir uma rede cerebral usada para o pensamento analítico e se engajam melhor no pensamento empático. Igualmente, os não religiosos suprimem o pensamento empático para usar o analítico. Segundo Tony Jack, o principal pesquisador desse estudo, deixar de lado o pensamento crítico para acreditar no sobrenatural nos ajuda a atingir a compreensão social e emocional; se bem que, pessoalmente, não creio que precisemos abandonar o pensamento crítico quando o assunto é religião. Muito pelo contrário. Muitas vezes, na verdade, é preciso duvidar para crer.

Para os pesquisadores, essas duas redes do cérebro, a religiosa e a científica, se revezam para encarar as diferentes situações do dia a dia. Apesar disso, os pesquisadores afirmam que nem a religião nem a ciência, unicamente, poderiam trazer as grandes respostas da vida. A natureza humana, a forma como fomos projetados permite que exploremos nossas experiências usando os dois padrões de pensamento. Na verdade, possivelmente seja exatamente isto o que nos caracterize como humanos e nos assemelhe a Deus: nossa racionalidade e nossa espiritualidade inerentes.