sexta-feira, maio 20, 2016

Evolucionismo, lesbianismo e poligamia

A conveniência de uma ficção
A teoria da evolução volta e meia é tirada da manga dos prestidigitadores darwinistas para explicar até mesmo comportamentos antagônicos como a monogamia e o adultério: se o homem costuma pular a cerca é porque ele foi “projetado” pela evolução para espalhar seus genes por aí (confira); se tem comportamento monogâmico, é porque esse tipo de comportamento foi selecionado por trazer vantagens evolutivas (confira). Se o cérebro estivesse aumentando de tamanho, isso seria evolução; mas, como está diminuindo, isso é – adivinhe! – evolução (confira). Se entendem que um novo órgão funcional surgiu em alguma espécie (isso com base apenas na análise de fósseis), isso é evolução. Se a espécie perdeu alguma função biológica, isso também é evolução (confira). Como se pode ver, a teoria da evolução é tremendamente “elástica”, versátil, camaleônica. É uma verdadeira teoria-explica-tudo. Mas ocorre que uma teoria que explica tudo, na verdade, não explica nada.

A “explicação” evolucionista da vez tem que ver com os comportamentos sexuais das mulheres, o que alguns chamam de “fluidez sexual feminina”. Quem está propondo a nova teoria é o Dr. Satoshi Kanazawa, da London School of Economics, que apresentou suas ideias em um artigo na revista científica Biological Reviews e que já está causando sensação entre os pesquisadores da área. Segundo Kanazawa, as mulheres podem ter evoluído para serem “sexualmente fluidas”, o que significa que elas seriam capazes de mudar seus desejos sexuais e suas identidades, de heterossexuais para bissexuais, lésbicas e novamente heterossexuais. Mas para quê, se todo mundo sabe que a evolução depende da reprodução, e que, portanto, comportamentos homossexuais seriam um tiro evolutivo no pé?

A resposta proposta pelo cientista é a seguinte: o objetivo dessa fluidez sexual seria permitir que as mulheres tivessem relações sexuais com suas companheiras em “casamentos” polígamos, o que reduziria o conflito e a tensão inerentes a esse tipo de relacionamento, ao mesmo tempo em que não impediria que essas mulheres continuassem se reproduzindo com o marido. Pronto. Resolvido o mistério.

Kanazawa diz que “as mulheres podem não ter orientações sexuais no mesmo sentido que os homens. Em vez de serem hetero ou gay, o alvo da atração sexual das mulheres pode depender em grande parte do parceiro em particular, do seu estado reprodutivo e de outras circunstâncias”. E com essa explicação, que é pura ficção, ele conquistou seus 15 minutos de fama científica.

Não sei se Julian Huxley disse mesmo isto, mas a frase é mais do que certa: “A razão de nos lançarmos sobre A Origem das Espécies é que a ideia de Deus interfere com nossos hábitos sexuais.” Sim, a Bíblia defende a monogamia, a fidelidade, a heterossexualidade e o casamento, e condena tudo o que se opõe a essas coisas. Mas por que condena? Por que quer nos privar de prazer? Muito pelo contrário. Como nosso Criador, Deus sabe o que é melhor para nós e nos orientou quanto aos prazeres lícitos e que não deixam sequelas físicas, emocionais e espirituais. Prazeres que nos fazem realmente bem e promovem nosso crescimento como seres humanos.

O evolucionismo serve como uma luva na mão dos que defendem valores opostos aos defendidos pelos criacionistas que se pautam pela cosmovisão bíblica. E no afã de justificar seus comportamentos, os evolucionistas e os naturalistas apelam para histórias e hipóteses sem muito fundamento, como essa proposta por Kanazawa.

Vai um criacionista propor qualquer história para tentar explicar comportamentos, eventos e fatos! Vai um criacionista apresentar um artigo científico que cheire a evidência de algum relato ou princípio bíblico! Será rechaçado na hora! O direito de contar histórias no meio científico, por mais estapafúrdias que sejam, pertence aos evolucionistas, e só a eles.

Michelson Borges