terça-feira, maio 24, 2016

Minha abordagem com as testemunhas de Jeová

Eles vêm até nós; aproveitemos!
Tem gente que se impacienta quando testemunhas de Jeová batem à sua porta. Eu faço diferente: aproveito quando vão à minha casa e procuro conversar com eles, perguntar e dizer algumas coisas. Há muitas testemunhas de Jeová sinceras, assim como há pessoas sinceras em todas as denominações religiosas, e precisamos respeitar essas pessoas, assim como desejamos ser respeitados. Recentemente, conversei com dois senhores testemunhas de Jeová. Inicialmente, falamos sobre a condição do mundo e o fim dos tempos, e então perguntei: “Jesus voltará ou já está presente desde 1914?” Eles me disseram o que eu já esperava: que Jesus está presente, mas não visivelmente, e que Sua vinda será entre as nuvens do céu, portanto, segundo eles, invisível. E então passamos a conversar sobre o significado da palavra grega parousia, assunto que merece outro vídeo. Em seguida, voltei a perguntar: “Se Jesus já ‘veio’ ou ‘está presente’, para que realizar o Culto Memorial, ou Santa Ceia, em memória dEle até que Ele venha?” “Se Ele já veio, por que ainda temos que nos preocupar com os sinais de Sua vinda?” “Se Ele já está presente, onde estão os mortos que deveriam ter ressuscitado na vinda visível dEle, ao soar a última trombeta?” “Se Jesus já voltou, por que os salvos ainda estão aqui, uma vez que Ele prometeu levá-los para o Céu, depois de Se encontrar com eles nas nuvens?” (Leia mais aqui sobre a segunda vinda visível e literal de Jesus.)

Depois de eu falar um pouco mais do que significa parousia e da impropriedade do suposto ano profético de 1914 (você pode ler sobre isso aqui), mudamos de assunto e enveredamos para a pessoa de Jesus. Com respeito a esse assunto, fico até triste, pois sei que as testemunhas entendem Jesus como um semideus criado por Jeová. E isso é inadmissível! Na verdade, atende aos interesses de Lúcifer, que invejou a posição de Jesus no Céu e vive querendo rebaixá-Lo. Fiz outra série de perguntas: “Se Jesus era um deus criado, por que aceitou adoração e Se identificou como o Eu Sou?” “Se Jesus era apenas um ser criado, por que João O identifica como o Verbo de Deus, o próprio Deus?” E expliquei por que a tradução Novo Mundo das testemunhas de Jeová traduz de forma equivocada João 1:1. Perguntei também: “Se Jesus é um ser criado, por que Ele Se identifica como o alfa e o ômega, no Apocalipse? Deveria, então, ser o beta e o ômega, ou algo assim.” “Por que Isaías O chama de ‘Deus forte’, ‘Pai da eternidade’, e Miqueias apresenta Sua eternidade (5:2)?” Disse-lhes que, quando Jesus Se identificou como o Eu Sou, os judeus monoteístas e conhecedores das Escrituras pegaram pedras para apedrejá-Lo, pois entenderam muito bem o que o Messias havia dito: que Jesus é Deus, tão divino quanto o Pai e o Espírito Santo (confira aquiaqui e aqui).
  
Eles usaram algumas passagens dos Evangelhos que se referem à auto-subordinação de Jesus ao Pai, enquanto esteve na Terra. Expliquei-lhes esse ponto, falei sobre a missão e a encarnação de Jesus e mencionei Paulo, segundo o qual Jesus Se esvaziou de Sua divindade a fim de morrer pelos pecadores (Filipenses 2:6-8). Em seguida, perguntei-lhes: “Somente quem pode se esvaziar?” Não esperei a resposta, que é óbvia, e completei: “Somente quem está cheio. Se Jesus Se esvaziou de Sua divindade, é porque Ele estava pleno dela e a ‘retomou’ depois. Ele sempre foi eterno e todo-poderoso, e sempre será eterno e todo-poderoso. Ele é o Senhor dos Exércitos, o grande Eu Sou, o Anjo do Senhor apresentado no Antigo Testamento. E é Emanuel (Deus conosco) e Miguel (aquele que é como Deus), no Novo Testamento. O Deus-homem que aceita adoração e perdoa pecados, e que seria um blasfemador, caso não fosse plenamente Deus.”

A conversa já se estendia por quase uma hora e eu sabia que ali o impasse não seria resolvido, e que eu teria que depois orar por aqueles dois homens aparentemente sinceros no que creem, pedindo ao Espírito Santo que lhes fizesse lembrar de tudo o que havíamos conversado, e então eu disse com a máxima solenidade que pude dar às minhas palavras: “Quero lhes dizer uma última coisa. Por favor, prestem atenção. Daqui a algum tempo, haverá uma polarização neste planeta entre os que adoram a besta e recebem sua marca, o domingo, e os que adoram a Deus e recebem a marca dEle, o santo sábado, memorial da criação (confira aqui). Será decretada uma lei nos Estados Unidos obrigando as pessoas a guardar o domingo, o que chamamos de ‘decreto dominical’ (confira aqui). Isso vai acontecer, e vou orar para que, quando acontecer, vocês se lembrem do que estou lhes dizendo neste momento e aproveitem a oportunidade para fazer a escolha ao lado do Senhor Jesus e de Sua verdade.”

Não gosto de criticar outras denominações religiosas, e posto este relato aqui apenas para lhe lançar um desafio: as testemunhas de Jeová são um “campo missionário” que geralmente vem até nós, em nossa casa. Sejamos educados e receptivos com eles e aproveitemos para lhes dizer algumas coisas importantes. Depois o trabalho é com o Espírito Santo. Estude a Bíblia, conheça as crenças jeovistas e aproveite essa oportunidade. Afinal, a ordem de Jesus é para que preguemos a todas as pessoas, o que inclui as testemunhas de Jeová.

Michelson Borges