terça-feira, junho 07, 2016

Cientistas vão criar do zero um genoma humano?

Cópia exige inteligência. E o original?
Um grupo internacional de cientistas anunciou um plano para criar um genoma humano sintético dentro de dez anos. Mas o que significa isso? Que eles vão tentar escrever um novo código de DNA para a vida humana supostamente a partir do zero. Segundo os pesquisadores, o empreendimento, denominado Human Genome Project-write (Projeto Genoma Humano-escrito), poderia ajudar a compreender melhor certas doenças humanas e também reduziria bastante o custo do sequenciamento genético. Os rumores sobre o HGP-write começaram no mês passado, quando 150 cientistas se reuniram em um encontro a portas fechadas na Harvard Medical School para falar sobre a construção de um genoma humano inteiramente sintético. O fato de que os jornalistas não foram autorizados a estar na reunião foi recebido com críticas, e agora 25 pesquisadores divulgaram a proposta na revista Science. Mesmo assim, isso não aliviou as preocupações.

Segundo os cientistas, o objetivo do HGP-write é levar as coisas um passo adiante do Projeto Genoma Humano, ou seja, não apenas ler nosso genoma, mas criá-lo. Se vão conseguir, só o tempo dirá. Mas que se trata de um projeto ambicioso, isso é.

Embora os cientistas já tenham conseguido criar genomas sintéticos para bactérias no passado, escrever um código de DNA humano completo vai ser muito mais difícil. Segundo o site Science Alert, criar um genoma humano sintético significa descobrir quais combinações químicas são necessárias para criar também as três bilhões de bases de DNA que ficam dentro dos 23 pares de cromossomos encontrados dentro de cada núcleo de célula do corpo humano. Em seguida, os pesquisadores terão que descobrir onde todas essas combinações químicas devem ficar, colocá-las juntas no laboratório na ordem certa, e depois organizá-las para que elas possam fazer com que uma célula se mantenha viva.

É bom lembrar que, por estudar a complexidade do genoma humano, o diretor do projeto, Dr. Francis Collins, abandonou o ateísmo. É bom lembrar, também, que por pura arrogância e desinformação dos cientistas evolucionistas, muitos genes essenciais à vida, mas cuja função era desconhecida, foram considerados “DNA lixo”, um suposto resquício da evolução, uma ideia que, felizmente, já foi parar na lixeira da história da ciência (confira).

Quanto a essa nova pesquisa (o Projeto Genoma Humano-escrito), será que se trata mesmo de criar um genoma a partir “zero”? Criar do zero significaria ter que criar também as letras químicas que compõem o alfabeto da vida. Pegar letras e organizar palavras e frases significa criar do “zero”? Viva a mídia sensacionalista!

Note também a linguagem de design nesta frase, que afirma que é preciso colocar as combinações químicas “juntas no laboratório na ordem certa, e depois organizá-las para que elas possam fazer com que uma célula se mantenha viva”. Se, para copiar um genoma, os cientistas inteligentes, dotados de muita tecnologia e muito dinheiro, precisarão organizar as combinações químicas na ordem certa para manter uma célula viva, como esse processo pode ter ocorrido aleatoriamente na suposta primeira célula, sem que houvesse a interferência de um ser inteligente? Quem organizou tudo para que pudesse ter “surgido” uma primeira célula ultracomplexa, cheia de informação e autorreplicante? A cópia precisa de criadores, o original não?

Essa pesquisa é realmente empolgante, mas só prova, uma vez mais, que até para copiar o ser humano precisa se valer do design inteligente.

Michelson Borges