quarta-feira, junho 22, 2016

O desprezo à vida animal e a indiferença humana

Vaidade e estupidez humanas
Em fevereiro deste ano, aficionados por selfies levaram estupidamente à morte um golfinho na praia de Santa Teresita, na Argentina. Os banhistas retiraram dois golfinhos do mar para posar com eles para fotos. Passado de mão em mão, um dos animais acabou morrendo por desidratação. No dia 18 deste mês, um vídeo gravado na República Dominicana e postado na internet mostrou um pouco mais do barbarismo humano, mas, desta vez, com um toque de ironia: os assassinos são salva-vidas! Nas imagens, turistas e um salva-vidas retiram um tubarão azul do mar, amarram-no com cordas e chegam a colocar um pedaço de pau na boca dele, tudo para tirar fotos com o animal, que também acabou morrendo. [Veja o vídeo lá embaixo.]

Juma foi morta por se comportar como onça
E a atrocidade mais recente tem que ver com a exposição e a morte de uma onça chamada Juma. No dia 20, alguns homens tiveram a “brilhante” ideia de acorrentar a onça e levá-la para ser exibida durante o revezamento da Tocha Olímpica no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus. Juma foi abatida por soldados após fugir e avançar contra um militar, informou o Comando Militar da Amazônia. Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado. “Animais selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles nesse tipo de situação”, disse o analista ambiental ao portal G1.

Resumindo: a onça Juma foi morta por se comportar como uma... onça.

Esses são apenas três entre muitos exemplos de maldades cometidas contra animais. Chamaram a atenção pelo contraste entre a vida dos bichos e a vaidade humana. Mas há também as torturas e a mortandade em massa praticadas todos os dias em granjas, criadouros e matadouros. Nesses casos, não é a vaidade, mas o apetite humano que se satisfaz. Mas poucos pensam nisso quando veem um pedaço de bife ou uma coxa de frango no prato. E alguns até ignoram os caminhões apinhados de porcos, às vezes debaixo de chuva e frio intenso, no corredor da morte para satisfazer o paladar dos que não dispensam um bom pedaço de bacon ou uma feijoada. No máximo, reclamam do mau cheiro quando esses carros macabros passam pelas rodovias.

No plano original de Deus, o ser humano deveria usar plantas como alimento e cuidar dos demais seres vivos com os quais compartilha o planeta. Deveria amar essas criaturas e se relacionar bem com elas, não as perseguir, torturar e comer. Há aqueles que comem e caçam/pescam por necessidade, e essa situação, neste mundo não ideal, é compreensível. Mas há multidões que comem carne de animais mortos por puro prazer.

Ainda bem que um dia essa insensibilidade toda terá fim. Apocalipse 11:18 diz que Deus virá para destruir os que destroem a Terra. E esse dia está chegando...

 (Michelson Borges; colaborou Nelson Wasiuk)


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