segunda-feira, junho 20, 2016

Sobrevivente da boate gay decide voltar para a igreja

Ele nasceu de novo
No dia 12 de junho, 49 pessoas foram brutalmente assassinadas dentro de uma boate frequentada por homossexuais, na cidade de Orlando, Flórida, nos Estados Unidos. Foi o maior ataque a tiros na história do país. Omar Mateen, cidadão norte-americano de origem afegã, que a própria ex-esposa admitiu ter tendências homossexuais, foi o autor do massacre e acabou, ele também, morto pela polícia. A nação ficou consternada e houve até igrejas, como a adventista de Orlando, que ofereceram ajuda e serviços fúnebres gratuitos. Muitas vítimas eram latinas e, entre elas, a história de um sobrevivente chamou a atenção: trata-se do jovem Ángel Colón, de 26 anos.

Colón recebeu seis tiros, principalmente na cintura e na perna, e disse ao pai que agradece a chance que teve de continuar vivo. Ele disse também que voltará à igreja na qual costumava cantar. O pai do moço revelou que, no momento em que o tiroteio começou, seu filho pensou que tudo iria acabar lá e voltou-se para Deus em oração: “Senhor, não me deixe ir agora.” Quando o assassino tentou desferir o tiro mortal, na cabeça de Colón, acabou atingindo a mão dele. Pouco tempo depois, a polícia invadiu o local e atirou em Mateen.

Depois do que passou na boate Pulse, Colón disse o seguinte, numa longa conversa que teve com o pai: “Não vou mais fazer isso. Vou mudar de vida e voltar para a igreja.” E o pai concluiu: “Deus lhe deu outra chance.”

Deus não é o autor das tragédias neste mundo. Em primeira instância, o autor de todo mal é Satanás, um anjo que se rebelou contra o governo divino e trouxe a rebelião para este planeta. Alguns alegam que, sendo bom e todo-poderoso, como Deus pode permitir que o mal exista? Bem, Ele só permite isso porque respeita muito nossa liberdade de escolha. O mal, que é o oposto do bem e que nos permite classificar, por exemplo, a atitude do assassino de Orlando como má, é uma prova dessa liberdade de escolha com que o Criador nos dotou. Mas Ele prometeu que vai resolver definitivamente esse assunto que foge ao nosso controle. Ele prometeu que um dia porá fim às injustiças, à dor e à morte. Até lá, o que Deus faz é usar a nosso favor as tragédias que nos cercam. Em alguns casos, elas são o “megafone” de Deus, como dizia C. S. Lewis.

Deus procura “falar” com o ser humano de maneira suave e amorosa. Procura impressionar o coração e a mente de todos, convidando-os a aceitar Seu plano e as leis de Seu reino, as quais nos protegem de muitas das mazelas que assolam este mundo. Só que, quando as pessoas insistentemente rejeitam esses apelos, Ele precisa “gritar”. E faz isso como alguém que vê o amigo dormindo num bote que se encaminha para uma cachoeira fatal: se precisar jogar pedras e paus nesse amigo para acordá-lo e livrá-lo da morte, isso será feito.

Ángel Colón levou uma “pedrada”. Ele sabia que estava no lugar errado, na hora errada, vivendo de forma errada. Sei que os militantes LGBT de plantão vão odiar ler e ouvir isto, mas foi o próprio Colón que se deu conta de estar vivendo longe dos caminhos de Deus. Foi ele que percebeu que longe do Senhor há morte e destruição. Que longe dos caminhos do Pai Eterno não existem felicidade e satisfação verdadeiras. Este planeta é uma grande “boate”, cheia de sons, luzes, cheiros e sabores ilusórios; cheia de prazeres momentâneos e destrutivos; com suas distrações que só servem para fazer pensar que a morte não nos ronda; que quando menos esperamos, uma bala perdida (ou certeira) pode colocar um ponto final na ilusão.

Colón decidiu voltar para o Pai. E você, o que tem feito da sua vida?

(Michelson Borges, com informações de Prensa Cristiana, BBC Brasil e Correio Braziliense)