quinta-feira, julho 28, 2016

Cinco mentiras em que o cinema tenta nos fazer acreditar

Me engana que eu gosto
Sempre que estamos diante de um filme de ficção, temos que colocar em prática nossa capacidade de dar credibilidade à história sem ficar questionando o universo um tanto irreal do cinema, mas internamente sabemos que muito daquilo é bastante distante da realidade. Um dos maiores exemplos dos saltos que o cinema dá em direção ao universo fantasioso é o caso de Clark Kent, o famoso “Super-Homem”, que não é reconhecido como super-herói no ambiente de trabalho porque está sob o “eficiente” esconderijo de seus óculos de grau. Se a gente se preocupasse com cada escorregada cinematográfica dessas, não conseguiríamos assistir a quase nenhum filme, mas, como pura forma de divertimento, vamos destacar aqui quais são as mentiras mais comuns em que o cinema tenta fazer a gente acreditar. Estas são as cinco mentiras que o cinema tenta incansavelmente nos convencer de que são verdade.

Os óculos mágicos. De forma parecida ao que acontece com o Super-Homem/Clark Kent, em muitos filmes os óculos possuem um mágico poder de transformação, principalmente sobre as meninas. Quantas vezes já não assistimos à história de uma garota que é considerada feia e, obviamente, usa óculos, quando, de repente, ela troca as armações por lentes de contato, solta o cabelo, coloca um pouco de maquiagem e pronto: a garota feia era na verdade uma garota linda! E sua transformação deixa de boca aberta o garoto que antes só a queria como amiga. Um dos maiores exemplos é o filme “Ela é Demais” (1999), com Freddie Prinze Jr. e Rachael Leigh Cook.

A edição que transforma algo chato em épico. Ah, a magia do cinema! Basta uma edição com cortes rápidos e uma trilha sonora adequada para nos fazer acreditar que se acabar de tanto fazer exercício é a coisa mais maravilhosa do mundo. A maravilha consiste em correr muitos quilômetros diariamente, atravessando, entre outros lugares, favelas perigosas; fazes flexões, abdominais, levar golpes em todas as partes do corpo, golpear animais mortos e, por fim, celebrar o término da maratona logo depois de subir um enorme lance de escadas.

A coreografia espontânea. Imagine a seguinte situação: você está andando pela cidade ouvindo música com seus fones de ouvido e a sua música favorita começa a tocar, muito alegre e cativante. Naturalmente, você oprime o desejo de começar a dançar e cantar loucamente no meio da rua, para evitar que você não seja enviado para um manicômio, ou seja alvo de piadas. Já no cinema, basta a personagem principal começar a dançar alegremente pela rua para que uma multidão a acompanhe, fazendo uma coreografia perfeita sem nunca ninguém ali ter ensaiado (teoricamente)!

Cuidado com o ônibus. Na vida real, os acidentes podem acontecer, sim, mas em filmes motoristas de ônibus são realmente desleixados (e assassinos). Quão comum é para o mundo do cinema uma pessoa ser atropelada por um ônibus. Esse tipo de acidente aparece frequentemente nos filmes por sua capacidade de surpreender e impressionar o público, mas também é um prato cheio para as comédias. Além disso, o ônibus normalmente vai muito mais rápido que a pessoa.

Sexo na praia. Os filmes querem que a gente acredite que fazer sexo nos lugares mais inesperados e absurdos é algo corriqueiro, colocado em prática todos os dias por casais. Desculpe decepcioná-los, mas essa é mais uma das mentiras do cinema! A realidade é que, embora pareça bem sem graça, todo mundo costuma ter relações sexuais na famosa e confortável cama. Fazer sexo na praia é a cena romântica ideal do cinema, mas a verdade é: se você tentar, vai descobrir que a areia não é algo lá muito agradável em certas partes do corpo, e que a praia pode não ser um lugar com muita privacidade. A cena mais memorável (e com o maior número de paródias) é do filme “A um Passo da Eternidade” (1953), com Burt Lancaster e Deborah Kerr.


Nota: Ainda assim, as mentiras acima não são as piores. Confira abaixo o que pode ser pior... [MB]