terça-feira, julho 26, 2016

O perigo dos anticoncepcionais para adolescentes

Comportamento de risco
A gravidez na adolescência caiu para níveis mínimos no mundo ocidental, em grande parte graças ao aumento do uso de contraceptivos de todos os tipos. Mas, estranhamente, realmente não sabemos o que os contraceptivos hormonais - das pílulas às injeções que contêm hormônios sexuais sintéticos - estão causando no corpo e no cérebro em desenvolvimento das adolescentes que os estão tomando em níveis crescentes. Assim como as pílulas anticoncepcionais - no mercado há mais de 50 anos - os demais métodos contraceptivos passaram por inúmeros testes, que atestaram sua eficácia e segurança. Ocorre que esses estudos foram feitos em mulheres adultas - pouquíssimos estudos clínicos incluíram adolescentes. E, biologicamente, há grande diferença entre uma adolescente e uma mulher adulta. É somente depois dos 20 anos que os hormônios se estabilizam e o cérebro e os ossos atingem a maturidade.

“Se uma droga vai ser dada a meninas de 11 e 12 anos de idade, ela precisa ser testada em crianças de 11 e 12 anos de idade”, explica o Dr. Joe Brierley, da Comissão de Ética Clínica do Hospital Great Ormond de Londres. Legislações introduzidas nos EUA em 2003 e na Europa em 2007 destinam-se a fazer com que isso aconteça, mas uma investigação feita pela revista britânica New Scientist revelou que ainda há poucos dados sobre o que os contraceptivos realmente causam em as garotas em desenvolvimento.

Os poucos estudos que têm sido feitos sugerem que alterar o equilíbrio do estrogênio e da progesterona durante esse período da vida pode ter efeitos de longo alcance, embora ainda não haja dados suficientes para dizer se devemos ficar alarmados. Há muitas razões pelas quais as empresas farmacêuticas, as pessoas e as organizações de financiamento continuem relutantes em testar contraceptivos em adolescentes.

A médica Andrea Bonny, por exemplo, envolvida nesses testes, afirma receber cartas iradas quando ela publica anúncios procurando participantes jovens para seus estudos, com muitas pessoas afirmando que ela está incentivando as adolescentes a terem relações sexuais: “Somos inundados com comentários negativos”, diz ela.

Outro aspecto é que, quando crianças participam em ensaios clínicos, os pais devem dar consentimento. Mas as adolescentes podem não querer contar aos pais que estão tomando anticoncepcionais. Assim, o problema existe, mas resolvê-lo está longe de ser uma questão simples.


Nota: “É somente depois dos 20 anos que os hormônios se estabilizam e o cérebro e os ossos atingem a maturidade.” Na verdade, a maturidade sexual, tanto no que diz respeito ao órgão sexual quanto ao cérebro, só é atingida mesmo após os 20 anos. Antes dos 20, as células que revestem a parede interna da vagina são muito mais suscetíveis a infecções (confira aqui e aqui). E antes dos 20 o lóbulo pré-frontal ainda está imaturo, daí por que os conselhos dos mais velhos sempre são bem-vindos na adolescência. Por um lado, o adolescente precisa confiar no bom senso dos mais velhos e evitar agir por impulso, colocando-se em situações de risco; por outro, os adultos/responsáveis precisam construir uma relação de confiança com os menores, a fim de que eles possam confiar e aceitar os conselhos. Seria coincidência o fato de a maturidade cerebral coincidir com a sexual/física? Não creio nisso. Creio que Deus nos criou para desfrutar do sexo de maneira madura e em um contexto abençoado, com a pessoa certa e no momento certo. Traduzindo: no casamento, instituição edênica abençoada por Deus. O que se tem visto é uma preocupação das autoridades unicamente com dois fatores: gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis, isso porque esses problemas representam despesas para os órgãos públicos. Quando às sequelas emocionais advindas do sexo irresponsável, ninguém se preocupa com isso. Na verdade, a permissividade é até incentivada em novelas, séries e filmes, com a única advertência de que se usem preservativos e pílulas anticoncepcionais, como se houvesse um preservativo para a mente e anticoncepcionais seguros para crianças. Tremenda hipocrisia que tem cobrado seu preço! E quem paga? As crianças que têm encarado o sexo como mera diversão e os bebês inocentes advindos desse comportamento deplorável. [MB]