quarta-feira, setembro 21, 2016

Além do ateísmo, Veja advoga o abortismo

Mônica e Paola: a luta pela vida
Não é novidade que a maior revista semanal do Brasil, a Veja, está comprometida com a “agenda progressista”. Há algumas semanas, em sua seção “Página Aberta”, foi publicado um artigo do presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), defendendo o ateísmo. Nas edições seguintes, nada de direito de resposta. Postei o meu aqui. Nesta semana, na mesma seção, outra apologia de opiniões anticristãs. Desta vez, um médico argumenta em favor do aborto. Meu colega de trabalho, o pastor e editor Fernando Dias, escreveu um comentário e enviou para a revista. Duvidamos de que será publicado, por isso, posto aqui para você [MB]:

“O contraste é evidente. Na página 82 da edição 2.496 de Veja, a entrevista com Nick Vujicic demonstra o que é a opção por uma vida plena e realizada, mesmo com as limitações de um corpo sem braços nem pernas. Sim, dignidade é saber ser feliz mesmo sendo vítima do que há de pior no mundo. Mas a inspiração que Vujicic é para milhares de pessoas no mundo poderia não existir se seus pais tivessem acesso a um diagnóstico pré-natal da condição do filho e pensassem como o senhor Olímpio Barbosa de Morais Filho, autor da ‘Página Aberta’ da mesma edição do semanário. Ele é médico. Jurou preservar a vida e salvá-la, custe o que custar. No entanto, defendeu que o ‘direito’ do aborto preserva a dignidade da mãe. Que dignidade tem a mãe que aniquila a vida de sua própria cria? E que compromisso com a vida demonstra um médico que defende o aborto? Quem acreditaria em um político que defendesse legalizar a corrupção? Eu não sei o que pensar de um médico que, ao invés de batalhar para descobrir o tratamento mais eficaz para as malformações, opina que as vítimas da doença devam ser aniquiladas. O aborto é tirar a vida. A vida de alguém que não tem como se defender. Sei que é difícil cuidar de uma criança especial, mas ninguém nunca fala da culpa com que uma mãe que arrancou do próprio corpo seu bebê terá de conviver pelo restante de sua existência. Estranha ao amor maternal sacrificar sua criança no altar da conveniência. A culpa por um aborto não pode ser chamada de dignidade da mulher, como fez o senhor Olímpio Barbosa de Morais Filho. Decisão que verdadeiramente preservou a dignidade feminina foi a que a atleta paralímpica Mônica Santos tomou há 14 anos. A esgrimista, entre a opção de ter uma criança e ser curada de um angioma medular, manifestou o grande amor de mãe, manteve a gestação, deu à luz. O nascimento da filha Paola lhe custou o movimento das pernas. Esperar a gestação adiou a cirurgia curadora a ponto de lhe diminuir a eficácia e perpetuar as sequelas da doença, deixando-a paraplégica. Enquanto os holofotes das Paralimpíadas a iluminavam, a filha e o marido, torcedores orgulhosos, aplaudiam a mãe que disse não ao aborto e para quem a vida de uma criança é a medalha de ouro de uma mãe.”