terça-feira, setembro 20, 2016

Papa, evangélicos e ONU lutam pela união de todos

Ecumenismo e ECOmenismo
Deu no site Rádio Vaticano: Representantes da Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas de todos os continentes [estiveram] reunidos em Chieti, na Itália, desde a última sexta-feira, na XIV Plenária da Comissão Mista Internacional, cujo tema é: “O papel do papa para a unidade dos cristãos.” O objetivo da Plenária foi prosseguir no caminho da “plena unidade” dos cristãos. Participaram exponentes das Igrejas, entre os quais o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o teólogo e arcebispo de Chieti, dom Bruno Forte, e o representante do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, Gennadios de Sassina. Os primeiros debates refletiram sobre a primazia do papa, assim como toda a autoridade na Igreja, deve ser interpretada e exercida segundo o critério da caridade, que também se expressa de forma jurídica. O título de “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”) assumido pelo papa Gregório Magno é expressão do serviço na caridade, apontaram as discussões. “Não é uma definição ritual, de circunstância, de cortesia ecumênica. O papa serve porque ama. E isso é cada vez mais visível, nas atuais circunstâncias históricas”, explicaram os especialistas.

Em seu discurso à Comissão Mista internacional para o Diálogo Teológico entre Católicos e Ortodoxos orientais em 2015, Francisco [que neste mês recebeu o líder budista supremo Tendai e diz abominar a divisão religiosa] recordou: “Durante os últimos dez anos foram examinados os percursos ao longo da história, em que as Igrejas manifestaram a própria comunhão nos primeiros séculos. Nisto consiste a nossa busca de comunhão em nossos dias. Faço votos de que o trabalho da Comissão Mista possa produzir frutos abundantes para a pesquisa teológica comum e nos ajude a viver a nossa amizade fraterna.”

No portal G1, da Globo, foi veiculada a seguinte notíciaPelo menos 20 países indicaram que irão se unir ao acordo de Paris contra as mudanças climáticas em um evento na Organização das Nações Unidas (ONU) em 21 de setembro, somando-se aos 27 que já o fizeram e criando a esperança de que o pacto irá entrar em vigor até o final de 2016, disseram autoridades da ONU. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, incentivou os Estados a entregarem seus instrumentos de ratificação ou aprovação do acordo de Paris. Líderes cujas nações ainda não estão prontas para se juntar à iniciativa, mas que planejam fazê-lo neste ano, foram convidados a apresentar vídeos expressando seu compromisso, disse Selwin Hart, diretor da equipe de apoio sobre mudança climática do chefe da ONU.

“Quando começamos a ver os países que estão se unindo... ao acordo e os países que irão se comprometer a se unir antes do final do ano, ficamos absolutamente certos de que teremos o Acordo de Paris contra a mudança climática entrando em vigor até o final de 2016”, disse David Nabarro, conselheiro especial de Ban Ki-moon para a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030.

Agora assista ao vídeo abaixo, sobre o evento The Gathering (semelhante ao Togheter), que será realizado amanhã nos Estados Unidos:


Percebeu que a tônica das três notícias é a mesma? União para salvar o planeta. Católicos, evangélicos e políticos estão falando a mesma língua, e se há algo que realmente os une nesse afã de preservar a Terra e salvar a religião é a guarda do domingo, conforme defendida no documento escrito por Francisco, a carta Laudato Si.

Agora veja que interessante o que Ellen White escreveu no século 19, em seu indispensável livro O Grande Conflito, página 445: “Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força. Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apoie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes [fundamentalistas?] será o resultado inevitável. 

“A besta de dois chifres ‘faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome’ (Ap 13:16, 17). A advertência do terceiro anjo é: ‘Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus.’ ‘A besta’ mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do Capítulo 13 do Apocalipse – o papado. A ‘imagem da besta’ representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. [...] Depois da advertência contra o culto à besta e sua imagem, declara a profecia: ‘Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.’ Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.”

Só não percebe quem não quer (ou quem está entorpecido) que a humanidade está rapidamente se polarizando entre aqueles que buscam a qualquer custo a paz e a união neste planeta, e aqueles que anseiam pela volta de Jesus e procuram ser fieis à Sua Palavra infalível e aos Seus mandamentos. O relativismo moral, filosófico e teológico, e o abandono da cosmovisão criacionista estão se alastrando, deixando cada vez mais isolados aqueles poucos que ainda defendem a verdade absoluta do Evangelho, a historicidade do relato de Gênesis, a vigência dos Dez Mandamentos e a segunda vinda literal de Jesus. De que lado você vai estar? Em breve, a neutralidade será uma impossibilidade. Deus nos ajude a nos fortalecermos nestes tempos de paz relativa em que a bonança precede a tempestade. [MB]