Jeanne Calment: 122 anos |
Um estudo publicado nesta
quarta-feira (5) afirma ter encontrado um “teto” para o tempo máximo da vida
humana: ninguém é capaz de bater o recorde da pessoa que viveu mais tempo na
história, 122 anos. Analisando dados demográficos de mais de 40 países ao redor
do mundo, pesquisadores de Nova York (EUA) descobriram que o limite para o
aumento do tempo máximo de vida, em curso há vários anos, “já foi atingido” na
década de 1990. Mais precisamente em 1997, ano em que a francesa Jeanne Calment morreu com a idade recorde de 122 anos e
164 dias [na verdade, quem mais viveu foi Matusalém, mas tudo bem...]. “A tendência desde então para as pessoas mais
velhas do mundo tem sido em torno de 115 anos de idade”, disse o coautor do
estudo Brandon Milholland, do Albert Einstein College of Medicine. Isto
aconteceu apesar de a expectativa de vida média continuar aumentando, conforme
a assistência médica, a nutrição e as condições de vida melhoram. Em outras
palavras, mais pessoas estão vivendo em idade avançada nos dias de hoje, mas os
indivíduos com vidas excepcionalmente longas não estão envelhecendo tanto
quanto antes.
“Prevemos que esta
(tendência) permanecerá estável no futuro próximo”, disse Milholland. “É
possível que alguém possa ter uma vida ligeiramente mais longa (do que 115
anos), mas as chances de qualquer pessoa no mundo de sobreviver aos 125 em
qualquer ano é menos de uma em 10 mil.”
Tudo isso pode vir a ser
alterado, é claro, por um importante avanço médico ou tecnológico – o tão
procurado elixir da vida. “Nós não podemos eliminar a possibilidade de um
avanço que vai ampliar o tempo de vida mais para frente, mas este teria que ser
diferente de tudo já visto antes”, disse Milholland. “Os avanços médicos das
últimas décadas podem ter aumentado a expectativa de vida e a qualidade de
vida, mas não fizeram nada para aumentar o tempo de vida máximo”, acrescentou o
pesquisador.
De acordo com os
cientistas, a expectativa de vida subiu quase continuamente em todo o mundo
desde o século 19. Bebês nascidos nos Estados Unidos hoje, por exemplo, podem
esperar viver até os 79 anos, contra os 47 para os americanos que nasceram em
1900. Desde os anos 1970, a expectativa máxima de vida também aumentou, mas
agora parece ter atingido um limite. Isso sugere que pode haver um limite
biológico para o tempo de vida humana – apesar da esperança que algumas pessoas
podem ter de encontrar a fonte da juventude.
“Nossos resultados sugerem
fortemente que o tempo de vida máximo de seres humanos é fixo e sujeito a
condicionantes naturais”, escreveu a equipe.
Comentando o estudo, Stuart
Jay Olshansky, da Universidade de Illinois, Chicago, escreveu na revista
científica Nature que isso era um
lembrete de que “a humanidade está se aproximando de um limite natural para a
vida”.
Nota: É
interessante lembrar o que diz a Bíblia em Gênesis
6:3: “Então disse o Senhor: Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o
homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.” Ainda que esse texto se refira ao contexto pré-diluviano e esteja relacionado com a história desse evento, o Salmo 90:10 diz: “Os dias da nossa vida chegam a setenta
anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é
canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.” De qualquer forma, o que fica claro é que nossa vida é finita, limitada por certa quantidade de décadas. E o ser humano nada pode fazer para mudar isso. Por enquanto, a morte é o maior limite estabelecido à existência humana pelo
pecado. Por enquanto... [MB]