quinta-feira, outubro 20, 2016

Militantes LGBT ameaçam Universidade Johns Hopkins

Querem impedir a pesquisa?
O Human Rights Campaign (Campanha dos Direitos Humanos ou HRC, na sigla em inglês), a maior organização de direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros dos Estados Unidos, ameaçou penalizar a Universidade Johns Hopkins se ela não denunciar um estudo realizado por dois de seus pesquisadores que concluíram que há pouca evidência científica de que as pessoas de fato já nascem gays ou transgêneros. O estudo publicado no periódico The New Atlantis intitulado “Sexuality and Gender: Findings from the biological, psychological, and social sciences” (Gênero e Sexualidade: Achados das ciências biológicas, psicológicas e sociais), dos doutores Lawrence S. Mayer, pesquisador residente da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, e Paul McHugh, professor de psiquiatria e ciências comportamentais da mesma instituição, concluiu que não há evidências suficientes para apoiar a teoria de que as pessoas já “nascem assim” ou outras teorias sobre orientação sexual.

“Algumas das opiniões mais populares sobre o que determina a orientação sexual, como a teoria do ‘nascido assim’, simplesmente não têm apoio científico. A literatura nessa área descreve um pequeno conjunto de diferenças biológicas entre não heterossexuais e heterossexuais, mas essas diferenças biológicas não são suficientes para prever a orientação sexual, o que seria o teste final de qualquer achado científico”, diz o estudo. “A declaração mais forte que a ciência oferece para explicar a determinação da orientação sexual é que alguns fatores biológicos parecem, embora não se saiba bem em que medida, predispor alguns indivíduos a uma orientação não heterossexual.”

Quando o assunto é transgenerismo, o estudo afirma que esse fenômeno é ainda mais complexo.A sugestão de que algumas pessoas “nascem assim” é mais complexa no caso da identidade de gênero. Por um lado, a evidência de que nós nascemos com um gênero determinado parece bem estabelecida pela observação direta: a maioria esmagadora dos indivíduos do sexo masculino se identifica como homem e a do sexo feminino, como mulher. O fato de que crianças (com algumas poucas exceções de indivíduos intersexuais) nascem biologicamente como macho ou fêmea está além do debate”, diz o estudo. “Os sexos biológicos possuem papéis complementares na reprodução, e há um grande número de diferenças fisiológicas e psicológicas entre os sexos, em nível médio populacional. Contudo, enquanto o sexo biológico é uma característica inata dos seres humanos, a identidade de gênero é um conceito mais elusivo.”

O estudo atraiu a atenção do HRC, que disse concordar com “quase 700 membros da comunidade do Johns Hopkins” que sentiram que o estudo foi um “ataque mal orientado e mal informado contra as comunidades LGBT”, tendo encaminhado um pedido à universidade que se distanciasse dos pesquisadores e do estudo em questão ou então teria de encarar as consequências.

“O HRC tem se comunicado com a Johns Hopkinks sobre a necessidade de uma declaração oficial sobre as atividades de McHugh e Mayer. Recentemente, o HRC se reuniu com a liderança do Johns Hopkins para expressar a urgência desse assunto e a contínua necessidade de realizar alguma ação”, disse o HRC numa declaração em seu website.

“Neste ano, pela primeira vez, o HRC Foundation's Healthcare Equality Index (Índice de Igualdade do Sistema de Saúde da Fundação HRC) irá atribuir a hospitais uma pontuação numérica que avalia se as práticas dessas instituições de saúde refletem os padrões de ‘cidadania responsável’. Se a liderança do Hopkins ignorar o chamado dessa comunidade para retificar seus registros, esclarecendo que a opinião de McHugh e Mayer não o representam, e que seus serviços de atendimento à saúde refletem o consenso científico sobre a saúde e bem-estar LGBTQ - sua pontuação no Índice será reduzida substancialmente”, adicionou a organização LGBTQ.

Numa carta endereçada à comunidade do Centro Médico Johns Hopkins na última sexta-feira, Paul B. Rothman, decano do corpo docente de medicina e CEO do Centro Médico Johns Hopkins, e Ronald Peterson, presidente do Sistema de Saúde Johns Hopkins, disseram que a instituição permanece comprometida em apoiar a comunidade LGBT.

“O compromisso do Centro Médico Johns Hopkins com a comunidade LGBT é forte e não ambíguo. Em julho, nós escrevemos a vocês em apoio à comunidade LGBT e à celebração do Baltimore Pride (Orgulho de Baltimore). Naquela mensagem, destacamos as políticas, práticas e programas no Centro de Medicina Johns Hopkins que refletem nosso profundo compromisso em proporcionar um ambiente acolhedor e apoiador - e o melhor atendimento possível - para todos os indivíduos LGBT que trabalham para ou buscam a ajuda do Centro Médico Johns Hopkins”, começou a carta.

“Em meses recentes, alguns têm questionado nossa posição, tanto dentro quanto fora da instituição, não por conta de alguma mudança em nossas práticas ou política, mas por causa da variedade de opiniões individuais expressadas publicamente por membros da comunidade da Johns Hopkins. Levamos essas preocupações a sério”, continuou.

Os representantes lembraram, contudo, que ao passo que continuam com seu compromisso em apoiar a comunidade LGBT, eles também possuem um compromisso com a liberdade acadêmica.

“Nós também gostaríamos de reforçar que como uma instituição médica de pesquisa acadêmica, a liberdade acadêmica está entre nossos princípios fundamentais - essencial para a natureza autocorretora do empreendimento científico, e um privilégio que nós defendemos. Quando indivíduos associados com a Johns Hopkins exercem o direito de expressão, eles não estão falando em nome da instituição. Como informa a Declaração de Princípios sobre a Liberdade Acadêmica da Universidade Johns Hopkins, a liberdade acadêmica tem por objetivo permitir aos membros da comunidade o mais amplo espaço possível para a livre expressão, investigação, análise e discurso”, disseram os representantes.

Num editorial publicado no periódico Baltimore Sun no mês passado, um número de funcionários da Johns Hopkins referiu-se ao estudo como “preocupante”.

“O recente estudo, divulgado por um membro atual e um ex-membro do nosso corpo docente sobre o tópico de saúde LGBT, é muito preocupante. O estudo ‘Sexualidade e Gênero’ não foi publicado na literatura científica, onde teria sido sujeito a uma rigorosa análise de pares antes da publicação. Ele tem por objetivo detalhar o conhecimento científico dessa área, mas falha em fazer uma revisão abrangente”, acusou o grupo de docentes.

“Queremos deixar claro que há muitas pessoas no Hopkins que possuem um profundo compromisso com a saúde, bem-estar e tratamento justo e não condenatório da população e comunidades LGBTQ. Nós não acreditamos que o estudo ‘Sexualidade e Gênero’ citado acima seja um retrato abrangente do conhecimento científico atual, e respeitosamente nos desassociamos de seus achados”, eles adicionaram.

Uma declaração divulgada pelos editores do The New Atlantis na última segunda-feira, por outro lado, descreve o HRC como uma organização que pratica bullying e que está lançando um ataque político à Johns Hopkins.

“O HRC tenta argumentar categoricamente que seu ataque político à Johns Hopkins e seus pesquisadores não representa uma ameaça à liberdade acadêmica, precisamente porque o HRC reconhece que o público irá interpretar esse ataque pelo que ele realmente é: uma ameaça óbvia à liberdade acadêmica, e intencionalmente assim”, disseram os editores.

“Esse esforço barulhento para intimidar a Universidade Johns Hopkins ao insistir que a universidade como um todo deve responder coletivamente por tudo que é escrito por seu corpo de pesquisadores é uma estratégia perturbadora planejada para tornar impossível que alguém discorde respeitosamente sobre assuntos controversos no ambiente acadêmico. A afirmação do HRC de que seus esforços ‘não representam ameaça à liberdade acadêmica’ não faz sentido; táticas de intimidação dessa natureza prejudicam a atmosfera de livre pesquisa que as universidades devem fornecer”, os editores adicionaram.

Falando com Adam Keiper, editor do The New Atlantis, sobre os resultados do estudo, o Dr. McHugh, descrito como “indiscutivelmente a mais importante figura da psiquiatria americana do último meio século”, explicou que novas pesquisas são necessárias para entender melhor a sexualidade.

“Acredito que tanto no mundo transgênero quanto nos mundos heterossexual e homossexual o suposto entendimento de que a ciência [na área da sexualidade] já possui todas as respostas e já está finalizada está dificultando o debate sobre quais pesquisas adicionais ainda são necessárias, e qual é a natureza real do conhecimento científico contemporâneo”, ele explicou.

“A ciência nunca está finalizada. Há sempre algum experimento melhor e um estudo melhor a se fazer. Afirma-se como certa a teoria de que alguém já ‘nasce assim’ ou que a [sexualidade] de alguém é fixa e imutável; contudo, não há evidência científica de que essas coisas sejam de fato assim”, ele disse.

Dr. Mayer acrescentou ainda que é difícil fazer uma declaração definitiva sobre transgenerismo porque não há dados suficientes.

“Eu diria que mais pesquisas científicas são necessárias. Há milhares de artigos publicados em que as pessoas expressam suas opiniões e então coletam alguns dados para apoiar essas opiniões, mas o acompanhamento de longo prazo de uma comunidade inteira ao longo do tempo e a comparação desses resultados com outras comunidades é o que realmente precisamos”, disse Meyer, que afirmou que sua motivação para explorar o transgenerismo são as crianças.

“Eu me preocupo muito com o bem-estar das crianças. Essa é a minha principal motivação. Eu me envolvi com essa pesquisa quando comecei a ler cada vez mais declarações de que crianças pequenas, mesmo a partir da idade de dois anos, já eram consideradas transgêneras. Os pais as declaravam transgêneras quando, na verdade, a maioria das crianças que em algum momento de sua vida se identifica com membros do sexo oposto depois se desvincula disso. A noção de gênero em crianças é muito, muito fluida”, disse.

(Christian Post; tradução de Joseph Skaf)

Nota do amigo Marco Dourado, de Curitiba: "Marx, o porco furunculoso, sugou de Epicuro apenas o seu pior: não devemos tentar compreender a realidade, mas transformá-la segundo os nossos objetivos. Todas os sovietes-zumbis do Rei do Sul seguem esse padrão de ação política: se nós consideramos a realidade reacionária/homofóbica/racista/machista/'fundamentalista'/conservadora/etc., temos que mudá-la, custe o que custar, até que ela fique do jeito que desejamos. É como se uma facção de militantes do Fat-is-Beautiful cercasse o Congresso e exigisse uma lei que obrigasse a indústria a recalibrar as balanças para que elas indicassem no visor apenas a metade do peso real. Eis aí uma das variantes da chamada 'espiral do delírio', que impede a compreensão racional do mundo e interdita qualquer possibilidade de diálogo. Outra sacada genial de Satanás. E antes que se pense que 'porco furunculoso' se trata de ofensa, é bom lembrar que, quando os socialistas não conseguiram mais esconder os gravíssimos defeitos de caráter de Marx (cujo filho afirmava categoricamente que seu pai era o próprio Diabo), passaram a creditá-los aos furúnculos abundantes e imensos que impediam o ideólogo alemão de se sentar (ele tinha que escrever de pé). Já o termo 'porco' é minha homenagem ao melhor romance de Dostoiévski: Os Demônios. Nessa obra impressionante, o escritor russo - que teve sua pena de morte comutada em prisão na Sibéria por participar de grupos terroristas de extrema-esquerda - usou o incidente dos porcos de Gadara para explicar a mentalidade de seus ex-companheiros de socialismo."