"Vamos cuidar bem de você" |
Recentemente,
tive que ser submetido a um procedimento cirúrgico no Hospital Adventista de
São Paulo (HASP). Aliás, quero aproveitar para agradecer a todos os
funcionários e à equipe médica que me trataram tão bem, com tanto carinho.
Recebi até uma oração de um enfermeiro chamado Jeová! Agradeço aos médicos
Dorival Duarte (diretor do HASP) e Everton Padilha, que me visitaram no quarto e
também oraram por mim. O Dr. Everton até partilhou uma linda experiência dele a
fim de me confortar com o cuidado de Deus (leia aqui).
Agradeço igualmente aos doutores Guilherme, Raphael e Jeferson, a equipe que me
operou. Mas a surpresa maior veio na antessala do centro cirúrgico. Enquanto me
preparavam para o procedimento, um senhor se aproximou, sentou-se ao meu lado e
disse: “Vim cobrar meus direitos autorais.” Vendo minha expressão confusa, ele
prosseguiu: “Meu nome é João Trindade, e sei que você conta minha história em
algumas pregações. Minha filha ouviu um sermão seu lá em Orlando e você contou
meu testemunho. Ela ficou com vergonha de se identificar.” De fato, várias
vezes contei a história desse homem como evidência do poder transformador da
Palavra de Deus. E ali, no centro cirúrgico do HASP, eu tive o prazer de
conhecê-lo pessoalmente e ouvir as palavras de ânimo: “Nós vamos cuidar bem de
você.”
Natural
do Oeste catarinense, João Trindade foi preso aos 19 anos e condenado a 50 anos
de prisão. Conflitos com o pai fizeram com que o garoto, ainda adolescente, fugisse
de casa, indo parar nas ruas de Curitiba. Ali passou fome, começou a roubar
para comer e se envolveu com criminosos. Com 16 anos já liderava gangues.
Quando a mãe faleceu, ele tinha 17 anos e se sentia culpado. Ela pediu que ele
mudasse de vida e aceitasse Jesus. Pouco depois, acabou preso, denunciado por
um amigo. Em 1985, considerado
incorrigível, foi enviado para a prisão do Carandiru, em São Paulo. Em 1987,
quando aconteceu o famoso e sangrento massacre naquela unidade prisional, à
meia-noite João estava escondido atrás de um torno mecânico, quando se lembrou do
apelo da mãe e clamou a Deus. O restante da história você pode ver no vídeo
abaixo.
João
Trindade foi um dos “anjos” que Deus enviou para cuidar de mim lá no HASP.
Michelson Borges