quarta-feira, agosto 31, 2016

O criacionismo e a variabilidade dos seres vivos

Diversificação de baixo nível
Matthew Ravosa, da Universidade de Notre Dame, liderou uma equipe que publicou recentemente um artigo na Biological Reviews[1, 2] a respeito da plasticidade dos aspectos físicos de uma dada espécie. Animais submetidos a dietas diferentes possuem desenvolvimentos diferentes nos mais diversos níveis, como afirma o professor Ravosa: “Durante o crescimento pós-natal, mostramos que essas variações no estresse de mastigação relacionadas à dieta induzem uma cascata de mudanças nos níveis celular, de tecidos, protéicos e genéticos, de forma a manter a integridade das estruturas craniomandibulares envolvidas no processamento de alimento.”[1] As variações induzidas nesses experimentos chegam mesmo a ser comparadas a diferenças observadas entre espécies distintas: “Em terceiro lugar, dada a longa duração dos experimentos, somos capazes de demonstrar que um padrão dietético iniciado ainda no período pós-natal e de duração prolongada pode resultar em níveis de variações das mandíbulas de uma única espécie em par com aquelas observadas entre espécies.”[1]

O professor Ravosa também chama a atenção para o tipo de dificuldade que isso traz para a interpretação dos fragmentos de ossos encontrados no registro fóssil: “Essas análises longitudinais mostram que os efeitos morfológicos da ‘sazonalidade’ dietética são detectados apenas em algumas regiões do crânio, o que atrapalha ainda mais nossa habilidade de reconstruir acuradamente a biologia de organismos fósseis representados por espécimes singulares e fragmentados.”[1] Em outras palavras, um pesquisador corre o risco de anunciar a descoberta de uma nova espécie com base em uns poucos fragmentos de ossos, quando na verdade o que tem em mãos pode ser apenas uma variação de uma espécie já conhecida induzida pela própria alimentação. Ressalte-se que a definição de espécies é, há muito tempo, um tema controverso.

Os criacionistas, ao contrário do que afirmam determinados livros-texto universitários,[3] não são fixistas, isto é, não defendem que as espécies que existem hoje foram criadas da forma como as conhecemos desde o início. A própria tese criacionista para o repovoamento do mundo animal após o dilúvio depende da existência de variabilidade. Alguns chamam isso de microevolução, embora existam boas razões para utilizarmos termos como diversificação de baixo nível.

O tipo de variabilidade que normalmente é encontrado no registro fóssil, e que é invocado exaustivamente como evidencia a favor da evolução, ajusta-se melhor à ideia criacionista de variações limitadas. É comum, quando se pesquisa o argumento em fonte evolucionista, encontrarmos um cenário que coloca de um lado a proposta evolucionista, que prevê variações, e do outro uma distorcida proposta criacionista, que não prevê variações. Diante das variações observadas em experimentos e no registro fóssil, argumenta-se então que a evidência é favorável à evolução. Nada mais enganoso.

Quando se entende que ambas as propostas preveem variações, recai sobre os evolucionistas o ônus de demonstrar as transformações que excedem essas mudanças em pequena escala, ou o que muitos chamariam de macroevolução. Nas palavras de um evolucionista sincero nesse ponto, “é possível imaginar, por extrapolação, que, se os processos em pequena escala que vimos continuassem por um período de tempo suficientemente longo, eles poderiam produzir a variedade moderna da vida”.[3] E é este o ponto que realmente deveria figurar no centro do debate: Essa extrapolação é válida? Não seriam o grande número de fraudes e interpretações equivocadas sintomas de que a extrapolação evolucionista se sustenta forçosamente, mais apoiada em uma visão de mundo do que em evidência palpável?

(Dr. Rodrigo Meneghetti Pontes é professor Adjunto do Departamento de Química da Universidade Estadual de Maringá e vice-Presidente do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira [NUMAR-SCB]; conheça sua página Origem e Vida)

[1] University of Notre Dame. “Reinterpreting the fossil record on jaws.” ScienceDaily, 17 August 2016.
[2] Matthew J. Ravosa, Rachel A. Menegaz, Jeremiah E. Scott, David J. Daegling, Kevin R. McAbee. “Limitations of a morphological criterion of adaptive inference in the fossil record”. Biological Reviews, 2015; DOI: 10.1111/brv.12199
[3] Mark Ridley, Evolução, 3a Ed., Artmed, 2006, p. 67, 77.

Todos nós merecemos um Impeachment

terça-feira, agosto 30, 2016

William Bonner e Fátima Bernardes se separam

Fim do casamento de 26 anos 
O discurso de defesa da presidente Dilma Rousseff no Senado deveria ser destaque em todos os jornais e nas redes sociais. Só que não. O assunto até foi bastante comentado durante o dia de ontem, mas logo acabou sendo ofuscado por uma verdadeira “bomba” midiática: a separação do casal William Bonner e Fátima Bernardes, depois de uma relação que durou 26 anos e lhes rendeu três filhos. No Twitter, os comentários revelavam a estupefação dos seguidores dos jornalistas. Vários diziam não mais acreditar no amor e no casamento. Ironicamente, no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, na manhã de ontem, o tema foi como manter um casamento duradouro. Os entrevistados destacaram coisas importantes como paixão, respeito, companheirismo, tolerância. Mas ninguém falou do principal “ingrediente” para um casamento feliz e longevo: Deus. Sim, Aquele que é invocado no altar, quando são pronunciadas as palavras “O que Deus uniu não o separe o homem”.

O grande problema é que o casamento vem perdendo sua aura de santidade. A destruição gradativa da cosmovisão criacionista e a descrença nos primeiros capítulos da Bíblia – quando não nela toda – têm transformado o matrimônio em uma simples experiência de viver juntos, sem grandes responsabilidades; uma relação descartável baseada na conveniência. Quando se tem noção de que algo é santo, há respeito. Quando não, resta a desconsideração e, às vezes, até o desprezo.

Não vou julgar o casal global, até porque não tenho esse direito nem conheço os detalhes que envolvem a separação deles. Apenas quero aproveitar o “gancho” para refletir sobre um problema que vem assolando muitas famílias, inclusive as que se dizem cristãs: o drama da separação. É verdade que há casais que permanecem casados por toda a vida, numa relação de fidelidade e amor. Emocionam as histórias de idosos que perdem o cônjuge e, em seguida, se entregam à morte. Alguns morrem de mãos dadas. Ainda nesta semana comoveu o mundo a história do casal canadense octogenário que chorou desconsoladamente ao saber que cada um teria que viver em uma casa de repouso diferente. As pessoas se emocionam com esse tipo de história pois, no fundo do coração, é com isso que sonham. Querem um amor para a vida toda. Alguém que sinta a ausência do ser amado como se faltasse uma parte de si mesmo. A despeito desse anseio, mais da metade dos casamentos termina em divórcio. E no rastro dessas rupturas, frequentemente ficam crianças com os sentimentos destruídos, esmagados.

O que está faltando para os casais? Os programas de TV seculares, quando tratam do tema, geralmente enfatizam o aspecto sexual. Sem “novidades”, não há casamento que dure. Sem paixão, a graça da relação acaba. Mas um dia a idade impõe certos limites; o corpo já não é mais aquele de 20, 30 anos atrás. E aí, quando esse tempo chega, o que sobra?

E quanto aos defeitos morais, psicológicos, emocionais do cônjuge? Existe alguém perfeito? Separação vai resolver o problema? Um eventual novo relacionamento também não vai acabar revelando problemas diferentes – às vezes iguais – no caráter do “novo amor”? Evidentemente que há situações em que a manutenção de um relacionamento se torna inviável. É o caso da violência ou mesmo da infidelidade contumaz. Mas que tem havido cada vez menos coragem e disposição para lutar pelo casamento, isso tem. Homens têm se recusado a assumir seu papel de protetor, sacerdotes da família capazes de dar a vida pela esposa e pelos filhos. É verdade que até existem aqueles que dizem ser capazes de dar a vida, mas não se esforçam sequer por dar um pouco de tempo, de atenção, de carinho. Dizem que, se preciso, morreriam pela pessoa amada, mas não conseguem ou não querem sequer viver por ela.

Talvez contaminados pelo feminismo, ou pelo hedonismo, ou ainda pelo consumismo (que, aplicado aos relacionamentos, faz com que as pessoas sejam vistas como meros objetos para consumo), alguns homens não mais se preocupem com detalhes cavalheirescos como abrir a porta para a esposa ou dar-lhe uma flor ou um presentinho fora de hora. Vejo com tristeza situações reveladoras como um marido se levantar num ônibus e sair na frente, deixando a esposa para trás. Vejo indignado maridos não valorizarem a missão da mãe ou a beleza da mulher com que escolheram dividir o teto. Se não foi para respeitar nem fazer feliz essa mulher, por que a tiraram da casa dos pais? Por que casar com alguém a quem não se quer fazer feliz? Está faltando varonilidade neste mundo. Homens que sejam homens de verdade, segundo o plano de Deus. Que não se envergonhem de segurar a mão da esposa em público. Que sintam a alegria de protegê-la e demonstrar seu amor por ela.

Os homens, por sua vez, gostam de ser respeitados e valorizados. Será que as esposas têm feito isso? Será que elas têm se esforçado para reconhecer as boas qualidade do marido, ou tudo o que fazem é criticá-lo por causa de defeitos periféricos, deixando de reconhecer as virtudes e potencialidades do rapaz com quem escolheram se casar? É em casa, principalmente, que o homem recarrega suas baterias a fim de enfrentar o mundo hostil. Se, para a esposa, ele é o Super-Homem, não haverá obstáculo capaz de impedi-lo. 

Essas pequenas atitudes constroem os relacionamentos. Que tal pedir ajuda a Deus? Que tal ler (ou reler) bons livros sobre relacionamento conjugal e procurar colocar em prática os conselhos aprendidos (ou recordados)? Nos esforçamos para tantas coisas... Procuramos ler sobre o carro novo que queremos comprar; sobre o celular objeto de consumo; sobre o time do coração... Gastamos tempo com o mestrado, com os desafios do trabalho, etc. Dedicamos o melhor do nosso tempo e dos nossos esforços com coisas que um dia passarão. E a família? 

Casamento é uma invenção de Deus, criada e celebrada por Ele lá no Éden. Por isso, dificilmente funciona bem quando os cônjuges deixam seu Criador de lado. Casamento é uma bênção para a vida toda, quando convidamos o Deus da vida para permanecer conosco até a morte. É Ele quem abranda nossa impaciência e intolerância (quando pedimos, é claro). É Ele quem nos mostra os erros que nossos pais cometeram em relação a nós (muitas vezes sem querer), a fim de que não os repitamos em nosso lar. É Ele quem nos enche de amor desinteressado, pois Ele é a fonte de todo amor – Ele é amor. É Ele quem nos dá sabedoria para educar os filhos no caminho do bem e da verdade, a fim de que as bênçãos de que desfrutaram em nosso lar possam ser estendidas ao futuro lar deles, e dali para muitos outros lugares, numa relação em cadeia maravilhosa e bendita.

Casamento sem Deus é um risco; uma roleta-russa capaz de fazer muito estrago, causar muita tristeza. Casamento com Deus, quando Ele não fica apenas no altar e nas boas intenções, é uma escolha, uma decisão que tem consequências eternas.

O Salmo 127:1 diz: Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Se Deus não fizer parte do seu casamento, do seu lar, tudo será vão. Que tal dedicar tempo para orar juntos? Que tal começar hoje a separar um momento para o culto em família? É disso que precisamos!

Não olhe para os casais “perfeitos” que fracassaram. Não desanime! Olhe para Jesus e tenha a certeza de que Ele quer abençoar seu casamento e sua família. Deus nunca mudou de planos. O casamento continua sendo uma bênção. Depende de você aceitar e valorizar o presente. Todos os dias.

Michelson Borges


segunda-feira, agosto 29, 2016

Neil deGrasse Tyson: “É preciso superar o criacionismo”

O cientificista queridinho da Veja
Parece que a revista Veja tornou a apontar seus canhões na direção dos teístas e dos criacionistas. Há duas semanas, publicaram na seção “Página Aberta” um artigo do presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior. E nada de contraponto na seção que nada tem de aberta (confira aqui). Agora voltaram à carga com uma entrevista concedida ao site de Veja pelo cientista pop do momento, o astrofísico Neil deGrasse Tyson, que está lançando um livro no Brasil dez anos depois do lançamento nos Estados Unidos (outro detalhe curioso: livros de apologetas cristãos são ignorados pela mídia secular brasileira). De quando em quando, a maior semanal do Brasil privilegia figuras carimbadas do ateísmo militante, como Richard Dawkins e outros, e “se esquece” de conceder espaço para pensadores que defendem o “outro lado”. Aliás, o próprio Tyson já foi entrevistado pela Veja no ano passado (confira aqui). Perde o jornalismo. Perdem os leitores da revista. Perdem os brasileiros. Leia a seguir alguns trechos da nova entrevista concedida por Tyson, e meus comentários entre colchetes [MB]:

Não há motivo para as pessoas serem céticas quanto à ciência? 

Aqueles que dizem não confiar na ciência geralmente têm outra filosofia, que pode ser política ou religiosa, por exemplo. Só não podemos esquecer que a ciência é um caminho para encontrar verdades objetivas. Você pode ter verdades pessoais, como “Jesus é meu salvador”. Motivo: se quiser convencer outra pessoa disso, precisará repetir isso com frequência ou travar uma guerra, obrigando-os a concordar com você. Não há provas factíveis [o cientista depende muito de seus sentidos e de seu bom senso, em várias situações. E confia neles para fazer ciência. Por que a experiência de alguém que aceita Jesus como Salvador tem que ser desprezada? Quem disse que o método científico, por mais útil que seja, é a única forma de descobrir a verdade? O bom ceticismo sempre será útil, ainda que aplicado à ciência. Não fosse assim, poderíamos estar acreditando ainda hoje em hipóteses descartadas há muito tempo]. Já a verdade objetiva é verdade, quer você acredite nela ou não. É com base nelas que legislações deveriam ser criadas. De qualquer forma, a fronteira da ciência é sempre complicada e as coisas que se provam erradas são geralmente as que aparecem nos jornais. Mas uma vez que uma hipótese é testada muitas vezes, por pessoas e países diferentes, e se chega ao mesmo resultado estatisticamente, ela se torna um fenômeno emergente em suas mãos. [Tyson se revela um tremendo cientificista. E não é de se estranhar: como ateu declarado, ele só tem a ciência a que se apegar, e qualquer coisa classificada como “sobrenatural” (ou seja, além do escrutínio limitado dos nossos métodos) será rejeitada. Mas é bom que se frise que essa rejeição ocorre com base em pressupostos filosóficos, não necessariamente “científicos”.]

Há no livro uma seção sobre a relação da ciência com a religião. Algumas das expressões que você usa são: “São abordagens inconciliáveis” e “não há concordância”. Ao mesmo tempo, você aponta uma pesquisa que mostra que 20% dos astrofísicos são religiosos. Afinal, é possível conciliar? 

Esses cientistas mantêm cada uma dessas coisas em partes separadas do cérebro. É só isso. [Com essa alegação, Tyson nega a experiência de grandes nomes da ciência, como Newton, Galileu, Pascal e tantos outros, para os quais ciência e religião eram plenamente conciliáveis. Aliás, muitos desses cientistas atribuíam suas descobertas à cosmovisão teísta que defendiam, pelo fato de não limitar suas lentes conceituais unicamente ao naturalismo. Além disso, Tyson revela arrogância ao se atrever a descrever como seus colegas cientistas pensam. Um ateu querendo explicar o cérebro de crentes!] Eles só podem dizer que a religião deles não conflita com a ciência se rejeitarem todas as alegações científicas feitas por sua religião [uau! Então Tyson conhece todas as alegações científicas da religião para dizer que elas devem ser rejeitadas? Sabe mais de religião do que seus pares religiosos? Será que ele ignora que muitas descobertas da ciência foram antecipadas nas páginas da Bíblia? Será que ele ignora que não existe contradição alguma entre a ciência experimental e a Bíblia? Ou quer forçar a barra, tentando transformar em ciência o que se trata de metafísica, como as alegações sobre a origem do Universo e da vida, eventos além do escrutínio de qualquer ferramenta científica?] No cristianismo, por exemplo, há um capítulo inteiro na Bíblia sobre a Origem. Eles devem rejeitar sumariamente tudo dito no Gênesis, porque o que é dito lá se opõe à evolução e à história, ou mesmo à idade da Terra [sim, o relato do Gênesis se opõe à evolução e à idade da vida na Terra, ambos temas ainda controvertidos; mas que fique claro: o Gênesis se opõe à evolução (macro), não à ciência. Tyson quer fazer crer que sejam sinônimos, mas não são]. Então eles, os cientistas-religiosos, rejeitam essa parte e mantêm os elementos de enriquecimento espiritual [novamente o ateu quer falar por seus pares que creem. Conheço muitos cientistas cristãos que não rejeitam nada da Bíblia e, no entanto, fazem boa ciência – um desses, inclusive, acabou de ser condecorado com uma medalha de excelência científica, no Canadá]. Assim as duas ideias podem coexistir dentro da mesma mente. Pode ser devastador para algumas pessoas, porque é a sua religião, sua filosofia, mas em certo ponto é preciso superar isso. Aceite, as conclusões científicas são verdades objetivas. [E muitos cientistas, como Tyson, procuram a coexistência em sua mente da ciência com o ateísmo e o naturalismo, posições filosóficas não derivadas da ciência nem demonstráveis cientificamente. Estamos no mesmo barco, Sr. Tyson. E o senhor deveria superar seu ateísmo filosófico a fim de se abrir a outras possibilidades.]

Algumas vezes, o senhor se refere a “pessoas com sexto sentido” ou a áreas como a astrologia como “bobagens místicas que sempre falham no teste científico”. Se não há base sólida, por que o público se interessa tanto por essas “bobagens” – muitas vezes mais do que por assuntos científicos? 

Alguns gostam de acreditar que têm mais poderes que os outros. Por exemplo, o “poder” de prever o futuro é muito valorizado na cultura e na sociedade. Se você diz que consegue realizar isso, as pessoas vão aparecer na sua porta. Mesmo se não apresentar provas dessa capacidade. Mas na física e na astrofísica também conseguimos fazer previsões: podemos dizer a que horas o Sol vai nascer ou quando vai acontecer um eclipse solar total. A precisão é tanto que acertamos inclusive o tempo exato, em segundos, em que esses fenômenos irão correr. Mesmo assim, alguns preferem os autointitulados profetas. [Aqui a revista Veja manifesta uma hipocrisia sem tamanho, partilhada por outros meios de comunicação. Tenta colocar no mesmo “saco” a religião bíblica e pseudociências como a astrologia, o que, por si só, já é um absurdo (confira). No entanto, muitas vezes já dedicou suas páginas para promover conteúdos espíritas, ocultistas, esotéricos, etc. Grandes jornais “seculares” até hoje mantêm colunas de astrologia. Então não me venham falar de criacionismo como se fosse uma crendice! Há muito mais evidências em favor dele do que da astrologia, por exemplo.] 

[Por fim, note que Tyson não fala necessariamente em superar o criacionismo. Isso ficou por conta dos editores da Veja. Colocaram palavras na boca dele. - MB]

Eles não conseguem enterrar Deus

[Há duas semanas, a revista Veja publicou na seção “Página Aberta” um artigo do presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), com o título “Deus é uma ficção”. Algumas pessoas escreveram e-mails e eu enviei o artigo abaixo, na doce ilusão de que fosse publicado como contraponto às ideias do ateu. Mas percebi, mais uma vez, que as páginas da Veja não são assim tão abertas... - MB]

Heinrich Heine (1797-1856) foi um filósofo e poeta alemão profundamente marcado pela pessoa e obras de outro filósofo: Friedrich Hegel. Tornou-se ardoroso defensor do ateísmo e tratava a religião e a Deus com deboche e acidez. A famosa expressão que qualifica a religião como “ópio do povo” – posteriormente usada por Karl Marx na Crítica da Filosofia Hegeliana do Direito – havia sido adiantada por Heine. Em sua obra Ludwig Börne, Heine, com sua ironia peculiar, escreve: “Bendita seja uma religião que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança.”

Apesar de uma vida de negação a Deus, à semelhança de Antony Flew (considerado o maior filósofo ateu do século 20 e autor de Um Ateu Garante: Deus Existe), Heine, em 1849, fez uma declaração que espantou a muitos. Ao arqueólogo Fernando Meyer que, no outono daquele ano, visitou Heine, gravemente enfermo e paralítico devido à sífilis, o filósofo declarou: “Pode acreditar, meu amigo, pois é Heinrich Heine quem lho confia em seu leito de morte, após longos anos de madura reflexão: Depois de considerar atentamente tudo quanto sobre a matéria se tem falado e escrito em todas as nações, cheguei à certeza de que existe um Deus, que é o juiz das nossas ações, de que a nossa alma é imortal [sic] e existe uma vida no além, onde o bem é premiado e o mal castigado... Não tivesse eu essa fé, persuadido da incurabilidade do meu mal, já há tempo teria posto um fim à minha miserável existência... Insensatos há que, depois de terem sido vítimas do erro durante toda a vida, e terem anteriormente manifestado tais ideias errôneas por palavra e por obra, já não têm coragem para confessar que por tanto tempo andaram enganados; eu, porém, confesso abertamente que foi um erro infame o que me manteve manietado por tão largo tempo; agora, sim, vejo claramente, e quem me conhece e me vê pode dizer que não falo por coação ou com o espírito obnubilado, mas numa hora em que as minhas faculdades estão tão robustas e arejadas como em qualquer tempo anterior” (Gespräche mit Heine [nota 153], p. 704-707; citado por Georg Siegmund, em O Ateísmo Moderno, p. 232).

Heine, Flew e mesmo o cientista diretor do Projeto Genoma e ex-ateu Francis Collins foram perseguidos por seus antigos pares e colegas de descrença. Esses e muitos outros que se atrevem a fazer o caminho do ateísmo para o teísmo descobrem que há armários de dentro dos quais a saída é tão dolorosa quanto o é para outras pessoas que sofrem o preconceito de grupos intolerantes que defendem uma liberdade localizada e limitada. Na juventude, talvez Heine fizesse parte de algum grupo ateísta militante que vive confundindo Estado laico com estado ateu e que insiste em dizer que Deus não existe, muito embora viva incomodado com Ele.

Não dá para negar que, assim como os negros e os homossexuais, ateus assumidos também sofrem sob o preconceito dos que se recusam ao diálogo e desrespeitam os “diferentes”. Mas também é notório que existem outros grupos tão ou mais hostilizados do que esses citados acima. Um exemplo são os criacionistas bíblicos, cristãos para os quais o Universo e a vida foram criados por Deus, exatamente como descreve a Bíblia. Tente defender essa tese sustentada por Paulo, João e pelo próprio Jesus e você verá o que é preconceito! Aliás, o próprio fato de que certos setores da mídia privilegiam conteúdos de cunho naturalista ou mesmo ateísta em detrimento de conteúdos apologeticamente cristãos já é evidência suficiente de que certos “armários” são piores do que outros. Quer um exemplo? Na semana passada, alguns jornais estrangeiros noticiaram a prova final de que o Homem de Piltdown, tido por muito tempo como um “elo perdido” a favor da teoria de Darwin, foi uma fraude escandalosa. Você leu alguma linha sobre isso aqui no Brasil? Viu a notícia estampada em alguma capa? No entanto, quando os ateus Richard Dawkins (o “devoto de Darwin”, segundo Veja) ou Stephen Hawking dizem algo sobre Deus, isso vira manchete quase que instantaneamente.

O exagero da militância ateísta é percebido e denunciado não apenas por religiosos. Eli Vieira é um biólogo defensor ferrenho do darwinismo e ateu declarado, ativo nas redes sociais. Em 2013, ele escreveu algo em sua página no Facebook que revela o caráter de entidades como a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). O texto de Eli foi reproduzido no blog Kestão de Opinião (http://goo.gl/yhmklp) e em um comentário no blog Ceticismo Político (https://goo.gl/P5gz5v).

“Quando eu achava que a ‎Atea não poderia descer mais ainda o nível, eles zoam uma garota que perdeu o filho depois de uma cirurgia. Eles acharam engraçado que a garota estava com fé em Deus que o filho fosse sobreviver, o que infelizmente não aconteceu. A pessoa que fez essa piada está tão cega de fanatismo pelo ateísmo que está mais interessada em tripudiar sobre o ‘fracasso’ das orações da jovem mãe do que em respeitar seus ferimentos psicológicos da enorme dor que é perder um filho. Talvez uma dor que um ateu cissexual, homem, heterossexual e de classe média jamais experimentará na vida dele. Uma dor que, para enfrentar na vida, é preciso muito mais coragem que a ‘coragem’ de afrontar uma sociedade majoritariamente teísta com chistes hereges de baixa criatividade e péssima qualidade, e escondendo a cara por trás de uma instituição cujo presidente [Daniel Sottomaior] tem a pachorra de louvar o proselitismo ao melhor estilo infantil ‘se eles podem eu quero também’, ignorando se o que eles ‘podem’ é certo ou errado, desejável ou indesejável, de consequências positivas ou negativas.”

Vieira diz também que acompanhou a Atea desde antes de sua fundação e que conhece bem seus fundadores, e afirma que eles não falam por ateus humanistas como ele. “Sua página no Facebook é uma vergonha, sua atuação positiva é eclipsada por essa atuação negativa constante, e a imagem que a Atea criou dos ateus me entristece, me envergonha, me revolta e me enoja”, conclui.

Me causam enjoo, também, os argumentos superficiais e requentados usados por pessoas como Sottomaior. Na edição de 17 de agosto da revista Veja, o presidente da Atea “força a barra” ao dizer que, biblicamente falando, ímpio é sinônimo de ateu. Nada mais falso. Quem lê a Bíblia sabe que a maioria dos ímpios mencionados em suas páginas são, na verdade, religiosos hipócritas que negam a fé que professam ao agir em desacordo com os preceitos da religião. Saul, Anás, Caifás, Herodes eram “crentes” e ímpios. A palavra “ímpio”, originalmente, vem de “sem piedade”, desumano, cruel. No original grego é anomos, “sem lei”, “fora da lei”. E esse tipo de gente pode ser encontrado entre ateus e crentes, infelizmente. 

Sottomaior afirma, ainda, que “quanto mais religioso é um país, piores são seus índices sociais”. Argumento bastante frágil esse. Os Estados Unidos são um dos países mais religiosos do mundo, e a Coreia do Norte, um dos mais ateus. Os países nórdicos têm tradição protestante, os do leste europeu viveram à sombra do comunismo ateu. Precisa dizer mais alguma coisa? E, se quisermos também forçar a barra, podemos dizer que os regimes ateístas, como o da antiga União Soviética, foram responsáveis por matanças que deixariam os inquisidores medievais morrendo de inveja. 

Mas é claro que não é justo culpar os ateus pelo que fizeram os regimes políticos de orientação ateísta, tanto quanto não é justo culpar Deus ou a religião bíblica pelo que religiosos ímpios fizeram e têm feito em nome dEle.

Na verdade, ateus e crentes somente existem porque o Criador de ambos lhes dá a liberdade para crer no que quiserem. É exatamente essa liberdade conquistada no Ocidente judaico-cristão que permite a crença e a descrença, e a própria existência dos ateus que merecem, sim, um lugar ao sol. Ateus, graças a Deus.

Para concluir, é interessante notar como a militância ateísta, por mais que tente, não consegue enterrar o Deus que creem estar morto. O presidente da Atea se chama Daniel, um nome bíblico que significa “Deus é o meu Juiz” (sugestivo, não?). E seu artigo foi publicado em uma edição de Veja em que aparece na capa uma imagem de Cristo...

Michelson Borges

Por que a semana tem sete dias?

Resquício edênico
Pare para pensar: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo [na verdade, a sequência correta começa com o domingo, o primeiro dia da semana, e conclui com o sábado. - MB]. Mas também: dó, ré, mi, fa, sol, lá, si. Sete notas musicais. Vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, turquesa, azul, violeta. Sete cores do arco-íris. Dá para continuar. Apesar de se saber que os números sempre existiram por razões práticas – contar ovelhas ou tomates, por exemplo –, eles também revelam padrões abstratos, e isso fez com que virassem objeto de estudo. Cada número tem um significado em si: o 1, por exemplo, é o mais popular de todos como primeiro dígito (em um conjunto de dados, cerca de 30% dos números começam com 1, e o 5, no Oriente Médio, repele o mal. Mas o 7 ocupa um lugar privilegiado.

Antes de falar dos dias da semana, exploremos os números que existem sobre eles. Ao que parece, o 7 é o preferido das pessoas. No livro Alex através do espelho, Alex Bellos fez um experimento lançando nas redes a pergunta: “Qual o seu número preferido?” Ele recebeu respostas de todas as partes do mundo. Apesar de todos os números de 1 a 100 terem tido votos e ter havido 472 votos para números de 1 a 1000, o preferido certamente foi o 7.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, tentou comprovar o experimento com um método bem pouco científico. Mandou um e-mail para os jornalistas da equipe com a mesma pergunta. Das 16 pessoas que responderam, 7 escolheram o 7, mais que os outros dígitos. O segundo lugar teve três votos.

“Quando escolhemos nosso número favorito, é provável que escolhamos um número ímpar, porque eles parecem mais interessantes”, diz Bello. “Os pares são mais cômodos – 2, 4, 6, 8 -, enquanto 3, 7, 9 nos fazem pensar um pouco mais. E o 7 é o mais perigoso, porque é a tabuada mais difícil.”

“Um dos testes de demência ou para pessoas que saíram de um coma que se faz é pedir a elas que, partindo do 100, subtraíam de 7 em 7 até no 0. Fazem isso porque é muito mais difícil. 5 é fácil. E se fosse 6 ou 8, os números se repetem muito mais do que com 7, então não seria tão complicado.”

O curioso, diz Bellos, é que inclusive pessoas que dizem odiar matemática ou que acham impossível a tabuada de 7 o escolhem como número preferido. Mas não apenas é um número do qual as pessoas gostam, ele também tem uma longa história. “Ao longo da história, de todos os números, o 7 é o que tem mais simbolismo cultural, místico e religioso”, aponto o autor.

Os 7 mares (que foram reais a imaginados ao longo dos séculos e através das culturas), as 7 idades do homem de Shakespeare, os 7 metais da Alquimia... “Para mim, a razão pela qual conferimos tantas qualidades místicas ao 7 gira em torno de sua unicidade numérica”, diz Bellos. “O 7 é o único entre os primeiros 10 números que não pode ser multiplicado ou dividido dentro do grupo.” Mmm...? “Se você multiplica por 2 o 1, 2, 3, 4 ou 5, o resultado é menor ou igual a 10”, ou seja, multiplicados por um do grupo, não saem dele. “Os números 6, 8 e 10 podem ser divididos por 2 e 9, por 3, e seguem dentro do grupo. O 7 é o único que não produz nem é produzido. É por isso que parece especial... porque é!”, constata Bello.

Os dias já são contados há muito tempo. O nascer e o pôr do sol são eventos muito imponentes para que passassem batidos, principalmente quando não sabíamos iluminar as noites. A natureza os separava e os humanos marcavam em um tronco. “Nossos primeiros calendários estavam vinculados aos fenômenos astronômicos, como a Lua Nova, de forma que o número de dias em cada calendário variava. Se se regiam pela Lua, por exemplo, os ciclos duravam entre 29 e 30 dias”, diz Bellos. “No primeiro milênio a.C., os judeus introduziram o novo sistema: decretaram que o Sabbat seria cada sétimo dia ad infinitum, independentemente da posição dos planetas.” [Na verdade, o “decreto” veio da parte de Deus.]

Ao contrário de outras culturas, em hebraico os dias da semana não têm nomes de deuses, festivais, elementos ou planetas, mas são números, com exceção de sábado, Yom Shabbat (יום שבת) ou dia Sabbat. Dessa forma, explica, nos emanciparam das leis da natureza, colocando a regularidade numérica no centro da prática religiosa e organização social. “A semana de 7 dias virou a tradição de calendário ininterrupta mais antiga da história”, afirma.

O 7 já era um número místico quando os judeus declaram que Deus levou seis dias para fazer o mundo e no sétimo descansou. Outros povos mais antigos também haviam usado períodos de sete dias em seus calendários, mas nunca repetidos eternamente. “A explicação mais comumente aceita para o predomínio do 7 no contexto religioso é que os antigos viam sete ‘planetas’ no céu: o Sol, a Lua, Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno”, destaca Bellos. Os babilônios foram um desses povos que associaram o número 7 aos corpos celestes. Por isso, alguns acreditam, virou importante marcar o sétimo dia com rituais.

A semana de sete dias ligada ao astros foi adotada até no Extremo Oriente. Mas pode haver outras explicações para sua importância simbólica. Uma delas é que os egípcios usavam a cabeça humana para representar o 7, porque há sete orifícios nela: ouvidos, olhos, nariz e boca.

A psicologia dá outra explicação: “Seis dias seria o período ótimo de tempo que uma pessoa pode trabalhar sem descansar. Além disso, sete pode ser o número mais apropriado de nossa memória, o número de coisas que uma pessoa média pode manter em mente é 7, mais ou menos 2.”

E há algo mais que faz o 7 especial, segundo Bellos, que ilustrou com um exemplo peculiar. “Pense nos sete anões da Branca de Neve. Por que não seis? Seriam suficientes – nem muitos nem poucos – mas poderiam se separar em 3 x 3, se dividir em grupos de dois. Se são sete, eles precisam ser vistos como um grupo. Para mim, isso faz com que o 7 seja poderoso: faz com que todos sejam iguais.”


Nota: Interessante ver a BBC tratando desse tema. Mas note que todas as hipóteses acima são insuficientes para explicar o fascínio em torno do número 7 e a origem da semana de sete dias. É evidente que a semana de sete dias e o aspecto “místico” do número 7 antecedem o povo judeu, até porque a semana provém do Éden, muito tempo antes de haver um judeu sobre a Terra. Como a semana de sete dias tem sua origem criação, é lógico que haja resquícios desse fato em outras culturas, e não apenas na hebraica. Faz parte da bagagem cultural dos povos e realmente surpreende que, mesmo sem qualquer vinculação com movimentos astronômicos (como ocorre com os meses e os anos, por exemplo), a semana de sete dias permaneça intacta em todo o mundo. O ciclo circaceptano é outra evidência de que a semana de sete dias aponta para a criação (confira aqui). [MB]

domingo, agosto 28, 2016

Desabafo de um viciado em pornografia de 31 anos

Comportamento que escraviza
O britânico Jim é virgem, tem 31 anos e é viciado em pornografia. Enquanto tenta se livrar do vício, diz que a pornografia o impediu de “funcionar normalmente”. Ele relatou à BBC o efeito devastador do vício que o consome depois que passou a procurar material de sexo explícito online. “Poucos sabem desse espaço privado oferecido pela internet”, disse. “Você pode experimentar coisas com uma completa ausência de consequências.” Para muitos, pornografia faz parte de uma vida sexual saudável, mas, para aqueles como Jim (nome fictício), pode se tornar uma obsessão que destrói relacionamentos, amizades e atrapalha empregos. “Quando era adolescente, nunca tive coragem de ir até uma banca e comprar uma cópia da [revista masculina]. Naquela época, procurar por imagens eróticas já me consumia havia muito tempo”, contou. Jim contou também que, ao assistir a mulheres sendo tratadas de forma agressiva na tela, isso mudou o jeito como ele as trata na vida real.

Por anos tem assimilado mensagens, por meio da pornografia, de que as mulheres são essencialmente objetos. “Elas são suas essencialmente para ser possuídas”, disse. “Eu acumulei uma enorme quantidade de ressentimento e raiva em relação a meninas. Havia algo dentro de mim que dizia que essas mulheres deveriam ficar comigo. Há um monte de irritação, pensamentos violentos e negativos”, completou.

Jim admite que nunca fez sexo com outra pessoa, mas diz já ter visto absolutamente todo tipo de ato sexual. “Há 15 anos era assim: ou você tinha experiência sexual ou não tinha nenhuma. Hoje, há pessoas como eu, que nunca fez (sexo) mas já viu de tudo.” Ele disse que pessoas como ele carregam toda a expectativa de como o sexo deveria ser construído a partir da indústria pornográfica. “Não acho que isso tenha qualquer tipo de consequência saudável.”

Pornografia, segundo Jim, consome tempo. “É muito fácil perder uma tarde para assistir pornografia e esticar por toda a noite. Se eu tinha chance, o céu era o limite”, recorda. Jim conta que, aos 20 e poucos, ficava até de madrugada assistindo a filmes pornô. Era comum acordar tarde para ir trabalhar. Ou chegava muito atrasado, ou ligava para o chefe dizendo que estava doente e faltaria ao trabalho. “A pornografia começou a ter um impacto enorme na minha capacidade de ser produtivo no mundo.”

Ele diz que não era um amigo confiável. Conta que perdeu uma amiga porque se esqueceu do aniversário dela por anos seguidos. “Ela me cortou da vida dela”, lamentou. “Eu acho que se você é um viciado, você é, de diferentes maneiras, tóxico”, conclui. Para Jim, se o vício é tudo o que importa, normalmente o viciado se torna insensível em relação aos sentimentos e necessidades das outras pessoas justamente por estar envolvido exclusivamente nas próprias necessidades.

Jim relata que, num primeiro momento, a pornografia lhe proporcionava um sentimento de bem-estar, mas que, em seguida, o fazia sentir péssimo. “Esse sentimento de culpa, vergonha e autoaversão realmente começa a te corroer por dentro. Cheguei a um ponto no qual estava realmente cansado disso tudo.”

Jim procurou ajuda e passou a se tratar com uma terapeuta. Quando falou com a BBC, havia cinco meses que estava sem se masturbar ou assistir a filmes pornô. Ele acredita que só vai conseguir se relacionar com alguém quando excluir a pornografia da própria vida para todo o sempre. “Eu nunca tive relações sexuais, uma parte de mim está feliz por isso porque há muitas ideias que agora estou tirando da minha mente.”

Depois de perder o controle da própria vida por conta do vício em pornografia, Jim acredita que está melhorando. “Minha vida agora é administrável. Posso lidar com isso. Eu sou capaz de trabalhar mais horas, de fazer outras coisas de que eu realmente gosto. Eu comecei a ler.”

Diz ser absurda a quantidade de tempo livre que tem agora. “Eu quero um relacionamento saudável com outro ser humano real, e eu quero estar em um relacionamento com esse ser humano real, e não com uma ideia que eu tenho de como deve ser esse ser humano. Então é nisso que eu estou trabalhando.”


Nota: Tudo o que foge ao propósito para o qual foi originalmente criado acaba trazendo problemas, insatisfação e até escravidão. É assim com a pornografia e é assim também com o sexo fora do contexto em que foi criado por Deus (confira esta pesquisa segundo a qual a prática do sexo casual ou descompromissado pode trazer mal-estar). Quando o assunto é sexualidade, a garantia de satisfação e felicidade está na vivência daquilo que Deus idealizou para o ser humano lá no Éden, não importa o que digam e promovam as produções midiáticas hedonistas e irresponsáveis. [MB]

sexta-feira, agosto 26, 2016

Valores invertidos em um mundo torto

Muçulmana obrigada a se despir
Eventos ocorridos nas últimas semanas têm mostrado o quanto os valores estão invertidos em nosso planeta, o quanto a moral atual é relativa e o quanto fazem falta os absolutos morais que deveriam nos servir de balizas. Quando se joga a régua fora, como saber o que é uma linha reta? Como escreveu C. S. Lewis: amputamos o braço e queremos exigir sua função. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, vimos um exemplo disso. Ao mesmo tempo em que o Comitê Olímpico chiou porque o jogador de futebol Neymar exibiu na testa uma faixa com a inscrição “100% Jesus”, a cena de duas lésbicas se beijando após um pedido de casamento ganhou a mídia e foi aplaudida. O indivíduo não pode manifestar seu afeto por Jesus, mas a homoafetividade pode ser manifestada abertamente? O cristianismo tem que ser escondido, mas estilos de vida que vão contra os valores bíblicos (e não me refiro apenas à prática homossexual) devem ser enaltecidos? Onde ficou aquela máxima “direitos iguais”?

Outro exemplo vem das praias da França. Usar biquínis mínimos e, quiçá, até topless, pode. Trajar burquíni, não. Recentemente, a situação chegou ao extremo na praia Passeio dos Ingleses (confira). Quatro policiais armados obrigaram uma mulher muçulmana a se despir, em uma clara violação dos direitos humanos. O que virá a seguir? Proibição de se carregar a Bíblia? Proibição de pregar em público? Proibição de guardar o sábado? Com medo do terrorismo, as autoridades estão condenando qualquer “diferente”, como se sua fé automaticamente o tornasse uma ameaça fundamentalista. Se essa “moda” pegar...

Mais um exemplo? Conforme o site Guiame, o banner que faria a divulgação do lançamento do DVD do filme Deus Não Está Morto 2 foi rejeitado na região central de Cleveland, no estado norte-americano de Ohio. O impedimento veio pela empresa que faz a publicidade na região, que considerou a mensagem “muito provocativa”. O banner pretendia incluir uma foto da atriz Melissa Joan Hart, protagonista do filme, junto com a mensagem: “Eu prefiro ficar do lado de Deus e ser julgada pelo mundo, a ficar do lado do mundo e ser julgada por Deus”, dita pela personagem Grace Wesley no longa.

Representantes da Orange Barrel Media consideraram a frase “julgada por Deus” muito “política e provocativa”, de acordo com o site The Hollywood Reporter. A empresa ainda afirmou que o título do filme é problemático.

“As pessoas achavam que nós éramos loucos por trazer essas questões em um filme. Mas esse caso do anúncio é um exemplo perfeito de como [a perseguição religiosa] existe e está acontecendo em nossa sociedade hoje”, disse David White, fundador da produtora Pure Flix.

Curiosamente, filmes sobre ateísmo, bruxaria, reencarnação, etc., etc., são produzidos às centenas e veiculados abertamente. Ninguém reclama de suas tramas “provocativas” e apologéticas.

Se a frase “julgada por Deus” é considerada inadequada, o que vai acontecer quando a igreja der cada vez mais ênfase à pregação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14? Quer algo mais provocativo do que isso? A mensagem de Noé ao mundo que estava por um fio não era provocativa? A mensagem de Jesus não era e não é provocativa? Sim, a Bíblia apresenta uma mensagem provocativa. Deus quer nos provocar para que saiamos da apatia, da ignorância, e para que as pessoas parem de tapar o sol com a peneira, como se este mundo fosse durar para sempre. Ignorar os apelos divinos não fará Deus mudar de ideia quanto a este planeta que afunda no pecado. Os que caçoaram de Noé e rejeitaram as oportunidades dadas pelo Criador tiveram que colher as tristes consequências dessa escolha. E isso vai se repetir em breve.

Você percebe o tipo de polarização que estamos assistindo ser imposta no mundo? De um lado, estão aqueles que defendem valores que se opõem à cosmovisão judaico-cristã e veem isso como um tipo de libertação, de atitude “mente aberta”, de exercício da democracia, e militam contro o outro lado. Que lado? O daqueles que, muito embora defendam a liberdade religiosa e procurem respeitar o estilo de vida escolhido por qualquer um, não deixam de expressar sua maneira de encarar a vida e falar de sua fé. Só que, nestes dias, falar sobre heterossexualidade, criacionismo e crença no Deus da Bíblia, por exemplo, está se transformando em uma atitude “politicamente incorreta”. E fundamentalistas politicamente incorretos não merecem respeito. Arranquem suas roupas e destruam seus cartazes!

A coisa tende a piorar...

Michelson Borges



Nasa volta atrás e diz que não achou água em Marte

A esperança que nunca morre
Desde que a Nasa começou a enviar sondas para Marte a fim de analisar nosso vizinho vermelho, muitos rumores e especulações sobre as descobertas feitas começaram a surgir. Ainda que não tenhamos visto ninguém garantindo que a Discovery tropeçou em um alienígena, a própria agência levantou a teoria de que o planeta possuía marcações que serviam de indício de uma movimentação sazonal de água em sua superfície. Porém, eis que o próprio órgão veio a público dizer que as coisas não são bem assim. Como toda teoria, a hipótese inicial da agência espacial foi analisada e acabou caindo por terra. Novas análises com base em dados reunidos pela sonda especial Mars Odyssey mostraram que as tais linhas que tanto intrigaram cientistas e que os fizeram acreditar que se tratava de um rastro de água não é nada disso. A ideia acabou sendo derrubada quando o sistema de imagens da sonda revelou que as partes onde as linhas se encontravam tinham a mesma temperatura do restante do planeta, o que não deveria acontecer caso o líquido estivesse presente por ali. Isso quer dizer que Marte é um planeta seco por completo? Não necessariamente, já que a análise levanta a suposição de que essas manchas negras na superfície de Marte podem conter água, ainda que em uma quantidade mínima. O objetivo é imaginar o quanto.

A primeira estimativa é de que ela não tenha mais do que três gramas de água por quilograma de solo, ou seja, o equivalente ao mais seco dos desertos da Terra. Pessimista, é verdade, mas não exclui a existência do líquido. Nova hipótese é que manchas na superfície de Marte sejam sais hidratados pela água no vapor da atmosfera. Tanto que alguns cientistas ainda seguem apostando na hipótese de que as marcas têm mesmo alguma relação com a água.

De acordo com Christopher Edwards, da Universidade do Norte do Arizona, as descobertas recentes são mais do que consistentes para mostrar a presença de sais hidratados em Marte. Segundo o pesquisador, você pode hidratar um sal mesmo sem ter uma quantidade de água capaz de preencher o espaço entre as partículas. Em outras palavras, você pode não ver, mas ela está lá. Isso porque, segundo Edwards, os sais podem ser hidratados pela água vaporizada da atmosfera e não necessariamente por uma fonte subterrânea. Assim, ele diz que as marcações escuras no planeta podem não estar relacionadas a água em estado líquido ou sólido, como se cogitava inicialmente, mas isso não significa que devemos descartar a existência da substância como um todo.

Ele aponta uma nova teoria na qual sugere a presença de cascatas de materiais secos com diferentes propriedades termais que acabam resultando em uma avalanche que gera esses possíveis sais hidratados. Porém, como a gente já aprendeu, nada disso é uma conclusão definitiva, visto que a Nasa ainda luta para entender a geografia do nosso vizinho e quais os segredos que se escondem embaixo de tanta poeira.

quinta-feira, agosto 25, 2016

Fé e ciência se excluem?

Newton: cientista e teólogo
Fazendo minhas pesquisas pessoais na internet, sobre cientistas cristãos, encontrei no site Ministério Defesa da Fé uma lista com dezenas de nomes dos mais famosos cientistas que professavam a fé cristã. No site, o autor diz que, por inúmeras vezes, nas universidades por onde ele já passou, fora questionado por jovens com perguntas do tipo: É possível que alguém seja cientista e cristão ao mesmo tempo? Ou de maneira ainda mais preocupante, alguns traziam suas dúvidas da seguinte forma: Se o cristianismo é a verdade, por que os cientistas são ateus? Infelizmente, dentro de muitas escolas e universidades, se estabeleceu um pensamento ateísta, ou extremamente crítico. Mas o que muitos estudantes (sejam eles jovens ou não) não sabem é que os maiores cientistas do mundo foram cristãos. Dentro da mesma proposta do autor, pretendo esclarecer isso aos universitários e demais estudantes que enfrentam esse tipo de conflito nas salas de aula. Não irei detalhar, aqui, o que cada um produziu em seu próprio campo de atuação; irei apenas colocar na íntegra aquilo que o autor original escreveu sobre cada um deles. É importante, também, que você saiba que esta lista não é exaustiva. Além destes nomes apresentados, existem muitos outros cientistas cristãos.

Os nomes serão apresentados por área de estudo científico e organizados em cada área por ano de nascimento. As áreas abordadas são as principais da ciência natural: física & matemática, química e biologia:

Física e Matemática

Leonardo da Vinci (1452-1519): foi uma das mentes mais criativas da história da humanidade, tendo, entre tantas outras coisas, contribuído para o estabelecimento dos alicerces da ciência experimental.

Francis Bacon (1561-1626): contribuiu de forma decisiva para o estabelecimento do método científico.

Galileu Galilei (1564-1642): entre muitas outras contribuições, pode ser considerado um precursor da astronomia observacional, graças, inclusive, ao seu trabalho no aperfeiçoamento dos telescópios.

René Descartes (1596-1650): desenvolveu papel central na filosofia, na física e na matemática, sendo por alguns considerado um dos pais da matemática moderna.

Johannes Kepler (1571-1630): com seu entendimento do movimento dos planetas, estabeleceu as bases para que Isaac Newton estabelecesse o entendimento da gravitação universal.

Isaac Newton (1642-1726): talvez tenha sido o maior cientista de todos os tempos, tendo publicado tanto na área de ciências (com sua obra-prima Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) como na de teologia.

Gottfried Leibniz (1646-1716): filósofo, matemático e diplomata. Entre suas muitas contribuições, descreveu o primeiro sistema de numeração binário moderno.

William Derham (1657-1735): entre outras áreas, atuou na averiguação da velocidade do som.

Michael Faraday (1791-1867): foi central para o desenvolvimento da eletroquímica e do eletromagnetismo.

Samuel F. B. Morse (1791-1872): conforme seu nome diz, criou o Código Morse e também o telégrafo.

Joseph Henry (1797-1878): entre outras invenções, criou o motor elétrico.

James Joule (1818-1889): trabalhou na área de conservação de energia e na Termodinâmica, servindo, posteriormente, seu nome para designar a unidade de trabalho.

William Thomson, ou Lorde Kelvin (1824-1907): entre outras coisas, teve decisiva contribuição para a formulação da Primeira e da Segunda Leis da Termodinâmica.

James Clerk Maxwell (1831-1879): uniu magnetismo com eletricidade por meio de sua teoria da radiação eletromagnética. Suas equações foram centrais para a teoria da relatividade, construída poucas décadas depois por Albert Einstein.

Georg Cantor (1845-1918): trabalhou na matemática pura, em especial no desenvolvimento da teoria moderna dos conjuntos.

Max Planck (1858-1947): é entre muitos considerado o pai da Física Quântica.

Kurt Gödel (1906-1978): matemático e lógico habilidoso, revolucionou o entendimento da matemática com seu Teorema da Incompletude.

Química

Robert Boyle (1627-1691): entre tantas descobertas, destaca-se a lei dos gases, que leva seu nome.
John Dalton (1766-1844): um dos primeiros a defender a ideia de que havia partículas indivisíveis (átomos) que formavam toda a matéria.
William Ramsay (1852-1916): entre suas grandes contribuições, talvez a maior delas tenha sido a descoberta dos gases nobres.

Biologia

John Ray (1627-1705): foi um dos homens mais importantes no estabelecimento da História Natural.
Carlos Lineu (1707-1778): entre outras coisas, foi considerado o pai da taxonomia moderna.
Gregor Mendel (1822-1884): criou o que ficou conhecido como Lei de Mendel, que trata de como as características hereditárias são transmitidas.
Louis Pasteur (1822-1895): trabalhou em vários campos da química e da medicina.
Jean-Henri Casimir Fabre (1823-1915): teve atuação central no desenvolvimento da etimologia dos insetos vivos.

Alguns cientistas cristãos ganhadores do Prêmio Nobel (várias áreas):

As duas principais objeções que os cientistas apresentam para o fato de a grande maioria dos cientistas de ponta no mundo serem cristãos são as seguintes:

a. Só os cientistas do passado eram cristãos. A razão para isso é que eles não conheciam a ciência moderna. Se conhecessem, seriam ateus.

b. Somente cientistas fracos hoje em dia são cristãos. Nenhum cientista de ponta iria acreditar que a Bíblia é verdadeira.

Para abordar essas questões, o autor achou por bem adicionar uma lista com alguns cristãos vencedores do Prêmio Nobel, principalmente na área de Ciências. Sabemos que há ainda muitos outros cristãos que são cientistas de ponta em suas áreas, mas que por várias outras razões não receberam o Prêmio Nobel. Além disso, note que no fim da lista há alguns nomes de pesquisadores que ainda estão vivos.

Aqui está a lista:

Lord Rayleigh (1842-1919): Prêmio Nobel de Física em 1904.
Ronald Ross (1857-1932): Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1902, por seu trabalho sobre a malária.
J. J. Thomson (1856-1940): Prêmio Nobel de Física em 1906.
William Henry Bragg (1862-1942): dividiu o Prêmio Nobel de Física em 1915, compartilhado com seu filho William Lawrence.
Max Planck (1858-1947): ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1918, e é considerado o fundador da Mecânica Quântica.
Philipp Lenard (1862-1947): Prêmio Nobel de Física em 1905.
Robert Millikan (1868-1953): Prêmio Nobel de Física em 1923.
Alexis Carrel (1873-1944): Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1912.
Johannes Stark (1874-1957): Prêmio Nobel de Física em 1919.
Guglielmo Marconi (1874-1937): considerado o inventor do rádio, dividiu o Prêmio Nobel de Física em 1909.
Charles Glover Barkla (1877-1944): Prêmio Nobel de Física em 1917.
Max Von Laue (1879-1960): Prêmio Nobel de Física em 1914.
John Boyd Orr (1880-1971): Prêmio Nobel da Paz por sua pesquisa científica em nutrição e seu trabalho como o primeiro diretor-geral da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas.
Arthur Compton (1892-1962): Prêmio Nobel de Física.
Victor Francis Hess (1883-1964): Prêmio Nobel de Física em 1936.
Ernest Walton (1903-1995): Prêmio Nobel de Física em 1951.
John Eccles (1903-1997): neurofisiologista. Ganhou um Nobel em 1963.
Nevill Francis Mott (1905-1996): Prêmio Nobel de Física em 1977.
Charles Townes (nascido em 1915): Prêmio Nobel de Física em 1964.
Clyde Cowan (1919-1974): Prêmio Nobel de Física em 1995.
Joseph Murray (1919-2012): Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1990.
Arthur Leonard Schawlow (1921-1999): Prêmio Nobel de Física em 1981.
Antony Hewish (nascido em 1924): Prêmio Nobel de Física em 1974.
Werner Arber (nascido em 1929): Prêmio Nobel ​​de Fisiologia ou Medicina em 1978.
John Gurdon (nascido em 1933): Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2012.
Gerhard Ertl (nascido em 1936): ganhador do Prêmio Nobel de Química em 2007.
Joseph H. Taylor Jr. (nascido em 1941): Prêmio Nobel de Física em 1993.
Richard Smalley (1943-2005): Prêmio Nobel de Química em 1996.
William Daniel Phillips (nascido em 1948): Prêmio Nobel de Física em 1997.
Brian Kobilka (nascido em 1955): Prêmio Nobel de Química em 2012.

Diante dessa listagem com vários nomes de cientistas cristãos, fica claro que a maioria das maiores mentes da humanidade crê na Bíblia e no cristianismo.

(Gabriell Stevenson, Apologética 21)