segunda-feira, março 27, 2017

Rússia suspende atividade das TJ. Quem serão os próximos?

Liberdade religiosa ameaçada
O Ministério da Justiça russo suspendeu na quinta-feira (23) a atividade da organização Testemunhas de Jeová, acusados de extremismo, à espera de que a Suprema Corte decida em 5 de abril se proíbe definitivamente a prática desse culto no país. O Centro de Direção das Testemunhas de Jeová na Rússia, que dirige todas as filiais regionais e locais da comunidade religiosa, foi incluído na lista de organizações não governamentais e religiosas que foram suspensas por extremismo, afirma um comunicado do Ministério. O porta-voz das Testemunhas de Jeová na Rússia, Ivan Belenko, denunciou à Agência Efe que a decisão das autoridades russas privará do direito à liberdade ao culto os 175 mil seguidores dessa comunidade no país. Em todos os processos judiciais contra a organização, as autoridades a acusaram de armazenamento e difusão de literatura religiosa de caráter extremista. “Todas as decisões judiciais contra nós se baseiam em uma única acusação: que alguns de nossos livros e discursos estão na lista de literatura extremista que existe neste país”, explicou Belenko.

Belenko afirmou que as decisões de incluir algumas publicações na lista negra “foram tomadas com base em opiniões de falsos especialistas e sentenças judiciais ditadas às costas dos crentes”.

(G1 Notícias; colaboração: Josué Cardoso dos Santos)

Nota: Cada dia mais a intolerância religiosa se levanta contra as minorias. Agora foi contra as Testemunhas de Jeová (TJ), na Rússia. Quem serão os próximos? Se as TJ têm literaturas consideradas “extremistas”, que as pessoas tenham liberdade para julgar isso. Por que o governo deveria impedir sua população de pensar e escolher por si mesma? As TJ são pacíficas, então por que proibi-las de continuar seu trabalho? A palavra “fundamentalista” é cada vez mais ampliada para abarcar grupos que, na prática, nada têm que ver com o fundamentalismo que atrai preocupações legítimas. E, por causa disso, inocentes pagarão um preço injusto e sofrerão o que não merecem. A liberdade religiosa está sob ameaça crescente. [MB]

“Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição. ‘Todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas’ (João 3:20). Ao verem os homens que não podem sustentar sua atitude pelas Escrituras, decidir-se-ão muitos a mantê-la a todo transe, e, com espírito mau, atacam o caráter e intuitos dos que permanecem na defesa da verdade impopular. É o mesmo expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos. Multidões que são demasiado incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga. Este espírito aumentará mais e mais: E a Bíblia claramente ensina que se aproxima um tempo em que as leis do Estado se encontrarão em tal conflito com a lei de Deus, que, quem desejar obedecer a todos os preceitos divinos, deverá afrontar o opróbrio e o castigo, como malfeitor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 458).

“Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal. Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado, não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. O mesmo argumento, há mil e oitocentos anos, foi aduzido contra Cristo pelos ‘príncipes do povo’. ‘Convém’, disse o astucioso Caifás, ‘que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação’ (João 11:50). Este argumento parecerá conclusivo; e expedir-se-á, por fim, um decreto contra os que santificam o sábado do quarto mandamento, denunciando-os como merecedores do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matá-los” (O Grande Conflito, p. 615).