terça-feira, maio 16, 2017

O dinossauro mais bem preservado do mundo

Só um sepultamento rápido explica
Geólogos revelaram nesta semana o que é, provavelmente, o dinossauro mais bem conservado da história. O animal provavelmente morreu como vivia – desafiando predadores com sua armadura pesada e seu tamanho – e depois de 110 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], seu rosto permanece congelado em um feroz resplendor reptiliano. Não se sabe como ele, um herbívoro de uma espécie chamada nodossauro, morreu, mas, de alguma forma, seu corpo acabou no fundo de um mar antigo. Minerais mantiveram seus restos mortais incrivelmente intactos, gradualmente transformando o corpo em um fóssil. E quando foi descoberto em 2011, os cientistas rapidamente perceberam que era o espécime mais bem preservado de seu tipo. “É basicamente uma múmia de dinossauro – é realmente excepcional”, diz Don Brinkman, diretor de preservação e pesquisa no Royal Tyrrell Museum, em Alberta, no Canadá. O dinossauro, com conteúdo de pele e intestino fossilizados intactos, veio de uma escavação nas areias do norte de Alberta, que no passado foi o fundo de um mar, há seis anos.

Esse mar estava cheio de vida, repleto de répteis gigantes que chegavam a 18 metros de largura, enquanto suas costas foram atravessadas por dinossauros gigantes por milhões de anos. A área está repleta de fósseis desde o início dos registros. “O operador de pá na mina viu um bloco com um padrão engraçado e entrou em contato com um geólogo”, disse o Dr. Brinkman. O fóssil, fotografado para a edição de junho da revista National Geographic, foi exposto na sexta-feira.

A lei de Alberta designa todos os fósseis a propriedade da província, não dos proprietários da terra onde eles são encontrados. A maioria é descoberta depois de ser exposta pela erosão, mas a mineração também provou ser uma bênção [!] para os paleontólogos.

Dr. Brinkman disse que o museu foi cuidadoso para não inibir a atividade industrial ao recuperar fósseis para que os operadores das escavadeiras não tivessem medo de chamar quando encontrassem algo. “Esses são espécimes que nunca seriam recuperados de outra forma”, diz Brinkman. “Nós recebemos dois ou três espécimes significativos a cada ano”.


Nota: Pense comigo: se o animal morresse em condições normais e seu cadáver escapasse de ser devorado por carniceiros, com o tempo apodreceria. A hipótese acima é a de que “seu corpo acabou no fundo de um mar antigo”, onde teria fossilizado. Ocorre que o mar seria o pior lugar para um corpo fossilizar. Experiência feita com o corpo de porcos já deixou isso bem claro (confira aqui). Fossilização ocorre sob lama, e o sepultamento tem que ser instantâneo. Animais pegos de surpresa por uma catástrofe envolvendo água e lama, sepultados instantaneamente a ponto de ter seus corpos perfeitamente preservados... O que isso lhe sugere? E mais: esse é um fenômeno observado em todos os continentes, incluindo a Antártida. O que quer que tenha acontecido foi uma catástrofe global. [MB]