segunda-feira, dezembro 18, 2017

A dívida da ciência com a religião

Vivemos num mundo estruturado sobre a tecnologia e que, por isso, é incrivelmente dependente dela. Graças ao avanço científico, somos capazes de enviar robôs a outros planetas, carregar computadores na palma da mão ou amarrados ao pulso e até modificar o código genético de espécies. No entanto, a ciência nem sempre teve essa precisão e status. Os “cientistas” da Idade Média trabalharam em condições bem precárias, comparadas às atuais. E essa diferença não se explica somente pelo abismo tecnológico e de conhecimento que separa os dois ­períodos, mas também pelo modo com o qual as pessoas interpretavam os fenômenos naturais. Alguns estudiosos defendem a ideia de que existe uma relação íntima entre a forma com que a Bíblia (o livro da revelação especial de Deus) era interpretada e como a natureza (o livro da revelação natural de Deus) era estudada. Este artigo pretende mostrar como o método de interpretar o texto sagrado redescoberto pelos protestantes teve impacto no modo de fazer ciência.