segunda-feira, janeiro 30, 2017

Manifestação contra Trump na Filadélfia: eu vi

O grito dos discordantes
Depois de uma semana de palestras criacionistas na cidade de Orlando, na Flórida, minha família e eu desembarcamos no aeroporto internacional da Filadélfia, na tarde de ontem, e fomos surpreendidos por uma manifestação em repúdio ao presidente norte-americano recém-empossado Donald Trump (veja aqui). Milhares de manifestantes caminharam nas proximidades do aeroporto, carregando cartazes com dizeres em apoio aos imigrantes, aos islâmicos e contra a construção do muro entre os Estados Unidos e o México e outras medidas adotadas pelo governo Trump. Por vários minutos os passageiros que chegavam ao aeroporto (como nós) foram impedidos de sair dali, pois os táxis, as vans e os ônibus não podiam se aproximar do local. Tivemos que carregar nossas malas por quase um quilômetro, num frio de três graus célsius, até o local em que alugamos um carro. Mas nas democracias é assim mesmo: todos têm o direito de se manifestar (ainda que, às vezes, essas manifestações acabem passando por cima dos direitos de outras pessoas).

Segundo o leitor e amigo Marco Dourado, “os cristãos norte-americanos vinham sendo sistematicamente perseguidos pelos globalistas megacapitalistas como Soros, que financiam boa parte do Partido Democrata e também o Estado Islâmico. Há um ditado que diz que em uma enchente, jacaré vira boia, seja essa boia Trump ou Roma, de preferência ambos. Eles também sabem que se não aproveitarem a onda Trump agora, o próximo socialista a ocupar a Casa Branca vai partir pro tudo ou tudo. Ou seja, agora é calça de veludo ou... E que venha ‘São’ Trump (pelo menos para eles, no desespero)”. Pode ser o momento ideal para a atuação da chamada nova direita cristã, com suas ideias de união entre igreja e Estado. Uma mistura que nunca dá certo...

Será que alguém ainda consegue depositar esperanças em governos e governantes humanos? Aqueles que estudam as profecias bíblicas sabem que a solução definitiva para todas as mazelas humanas virá de fora, virá do Alto. Por enquanto, aqui neste mundo combalido, a esquerda continuará atentando contra princípios bíblicos, enquanto a direita um dia perseguirá aqueles que desejarão se manter fieis às verdades bíblicas e agirão segundo os ditames de sua consciência. Esquerda e direita acabarão sendo as duas faces da mesma moeda. Ambas têm aspectos positivos (geralmente os que se assemelham ao cristianismo) e aspectos negativos.

Infelizmente, neste mundo injusto, muros continuarão sendo erguidos. Mas o maior e pior dos muros é o que separa o pecador de seu Salvador. É o muro do preconceito e da indiferença em relação a Deus. É o muro que impede muitas pessoas de ver que existe a esperança de um tempo e um lugar em que não mais haverá injustiças, rebeliões, sofrimento, desigualdades, dor nem morte. Em Jesus, o muro de separação entre o Céu e a Terra foi destruído. Sejamos nós construtores de pontes, não edificadores de muros.

Michelson Borges

domingo, janeiro 29, 2017

Cientistas criam embriões híbridos de porcos e humanos

Embrião suíno com células humanas
Cientistas criaram pela primeira vez embriões que contêm uma combinação de células-tronco de duas espécies grandes e muito diferentes – humanos e porcos –, um passo importante em direção ao desenvolvimento de órgãos para transplante, [revelou um estudo na semana passada]. No entanto, a pesquisa ainda está em uma fase muito precoce e mostrou ser mais difícil do que o esperado, relataram os pesquisadores na revista científica Cell. “Este é um primeiro passo importante”, disse o autor principal, Juan Carlos Izpisua Belmonte, professor do Laboratório de expressão genética do Instituto Salk para Pesquisas Biológicas, na Califórnia. “O objetivo final é desenvolver tecidos e órgãos funcionais e transplantáveis, mas estamos longe disso”, acrescentou.

Cientistas implantaram células-tronco adultas humanas - conhecidas como células-tronco pluripotentes induzidas - em embriões de suínos e permitiram que elas crescessem por quatro semanas. Mais de 150 embriões se desenvolveram em “quimeras” - como a mistura humano-animal é conhecida, em referência à figura híbrida da mitologia grega - que eram principalmente suínos, mas com uma pequena contribuição humana.

O trabalho envolveu cerca de 1.500 embriões de porcos e levou quatro anos, muito mais tempo do que inicialmente estimado, devido à natureza complicada das experiências. A ideia de criar misturas entre humanos e animais alimenta controvérsias e levanta questões éticas, particularmente porque os experimentos poderiam teoricamente levar à criação de animais com qualidades humanas, e possivelmente inteligência. Mas, segundo Jun Wu, cientista do Instituto Salk, o nível de contribuição humana para os embriões de porcos foi “baixo” e não incluiu precursores de células cerebrais.

Bruce Whitelaw, professor de biotecnologia animal da Universidade de Edimburgo, que não participou do estudo, descreveu-o como “emocionante” porque “abre caminho para avanços significativos”.

De acordo com Darren Griffin, professor de genética na Universidade de Kent, o “trabalho também nos ajudará a entender melhor a evolução, o desenvolvimento e as doenças”, e pode eventualmente levar a uma solução para a escassez de órgãos. “Neste estudo, os autores seguiram as diretrizes legais e éticas existentes, permitindo que os embriões se desenvolvessem pelo tempo máximo permitido”, acrescentou. “É importante que qualquer pesquisa futura seja conduzida com total transparência, de modo a permitir o escrutínio público e o debate”, disse Griffin.


Nota: No século 19, a escritora inspirada Ellen White chegou a falar sobre hibridização (que ela chamou de “amalgamação”). Na época, as palavras delas foram mal compreendidas. Segundo ela, um dos piores pecados dos antediluvianos foi justamente “brincar de Deus”, misturando geneticamente o que não deveria ser misturado. Parece que a história e o pecado estão se repetindo... Confira este estudo sobre “amalgamação” (clique aqui).
  

Ateu lê a Bíblia para confrontar cristãos e se converte

O médico se surpreendeu
Apesar de ter uma situação financeira invejável, que incluía viagens por todo o mundo, carros de luxo e mansões, o Dr. Greg Lehman não se sentia feliz e satisfeito com sua vida. Segundo o médico norte-americano, que compartilhou seu testemunho ao Ministério OTG, ele se recusava a acreditar em Deus e se sentia sempre frustrado e raivoso. “Eu estava indo de uma coisa para a outra: comprava um carro novo, mas aquilo não me satisfazia. Então eu saía e comprava roupas novas ou fazia uma viagem”, disse Lehman em seu depoimento. “Eu tinha muitos passatempos. Eu fiz triatlo e também bebia vinhos como um hobby.”

Lehman era ateu e se orgulhava disso. Ele concluiu a faculdade de medicina, tinha um trabalho que lhe rendia um gordo salário, tinha uma esposa e dois filhos. Mas, apesar de tudo isso, ele continuava se vendo como uma pessoa frustrada. “Foi uma combinação de ‘você está triste’, ‘você está vazio’ com ‘você está com raiva’. Eu estava frustrado e me perguntava: ‘Por quê? O que há de errado comigo? Por que não me sinto realizado? Por que não sinto que consegui o que eu trabalhei toda a minha vida para alcançar?”, contou.

Dr. Lehman tentou mascarar o que ele estava sentindo por dentro, mas algo o alertava em seu coração: “Você está envergonhado, mas não vai contar para ninguém, vai manter isso dentro de você.” “Então o que você acaba fazendo nessa situação é descontar esse sentimento em outras pessoas”, contou

Lehman acabou agindo dessa forma com as pessoas mais próxima a ele: sua esposa e seus filhos. “Ele era um bom homem, mas tinha um pavio curto”, disse sua esposa, Ruth. “Ele era arrogante. Ele sentia que sempre estava certo.” Se ele já ficava irritado com a família, esse sentimento era ainda mais forte contra seus vizinhos cristãos, porque ele achava que seu estilo de vida não se alinhava com a Bíblia.

Buscando se preparar para expor a hipocrisia do vizinho, Lehman começou a ler a Bíblia para conhecer mais sobre o cristianismo. Seu plano era confrontar as incoerências de seu vizinho com base nas próprias Escrituras Sagradas. Mas parece que seu plano não atingiu o objetivo inicial, pois Lehman acabou sendo confrontado pelo poder da Palavra. Ele ficou atônito com a afirmação dos Evangelhos, de que Jesus foi o próprio Deus que Se fez carne.

“Isso rapidamente chamou minha atenção porque eu percebi que se isso realmente aconteceu, foi o evento mais importante da história”, disse ele. “Eu me esqueci dos meus vizinhos e decidi investigar se isso [a vida de Jesus] realmente aconteceu.”

Depois de semanas de pesquisa, ele percebeu que tudo sobre o cristianismo se relacionava com a ressurreição de Jesus Cristo. Como médico, ele tentou ponderar hipóteses que poderiam “desmentir” a ressurreição: “Os apóstolos roubaram o corpo. Foi uma alucinação”, imaginava o médico.

Depois de examinar cuidadosamente as teorias que se opunham à ressurreição, ele chegou a uma conclusão surpreendente: “Nenhuma delas tinha credibilidade. A única coisa que poderia fazer sentido com os fatos históricos do modo como foi montada com os guardas romanos, era que o túmulo estava vazio e Ele [Jesus] realmente se levantou dali.”

Ele ficou impressionado com a história do personagem bíblico Lucas, que era médico e também foi autor de um dos evangelhos. Dr. Greg sempre esteve acostumado a ver que os médicos foram treinados para não acreditar em “milagres supersticiosos” e sempre identificar causas científicas para todas as coisas. Mas Lehman encontrou em Lucas um médico que validava os milagres de Jesus.

O argumento decisivo para convencer Lehman foi o do apóstolo Paulo, que começou como um perseguidor judeu da Igreja Primitiva, mas acabou sendo o maior divulgador da mensagem de Cristo. “Ele estava matando cristãos. Ele não tinha nada a ganhar. O que no mundo poderia fazer com que esse cara [Paulo] se tornasse o maior evangelista da história?”, questionou Lehman. “Apenas uma explicação poderia justificar isso: ele viu o Senhor Jesus Cristo, após a ressurreição. Quando eu olhei para as provas e vi esses caras e suas vidas mudadas, eu disse: ‘Eu tenho que acreditar nisso.’”

Um dia, ele terminou uma consulta médica com sua habitual frase ao paciente: “Você tem alguma pergunta?” O paciente que estava de pé olhou para ele e perguntou: “Você já reconheceu o Senhor Jesus Cristo como seu salvador pessoal?” O Dr. Greg ficou surpreso. “Eu desmaiei”, disse ele. “Por que ele estava me perguntando aquilo? Quem era aquele cara? Quando acordei, saí correndo da sala, porque eu não sabia o que fazer.”

Lehman contou que passou dois dias refletindo sobre aquele momento um tanto inusitado que tinha vivenciado em seu consultório. “Havia coisas na minha vida que eu queria mudar, como a raiva e a frustração. Mas eu não tinha o poder de mudar tudo aquilo”, disse ele. “Isso tudo fez com que eu me quebrantasse e chorasse, pedindo a Deus para me perdoar. Eu me arrependi dos meus pecados e pedi que Ele me mudasse.”

Greg orou sozinho em sua casa, declarando que reconhecia Jesus como seu Senhor e salvador. Na manhã seguinte, sentiu uma paz inexplicável. “Eu estava completamente tranquilo”, disse ele. “Algo estava realmente diferente em mim. Eu senti que tinha sido transformado.”

No início, ele não tinha certeza do que estava acontecendo e até mesmo verificou se seus remédios haviam sido alterados, para alguma outra marca que fazia efeitos de tranquilizantes, mas não. Os remédios ainda eram os mesmos. Diante desses acontecimentos, o Dr. Greg Lehman finalmente passou a acreditar em milagres. “Desde o dia em que fui salvo, nunca mais me senti sozinho. Nunca mais me senti vazio. Eu nunca mais senti aquele descontentamento e coisas do tipo.”

Antes escarnecedor do Evangelho, Lehman se tornou um cristão dedicado e consciente do que Deus pode fazer na vida das pessoas. “Em qualquer outra religião é o homem que procura seu deus. Mas no Cristianismo é Deus quem procura o homem. O verdadeiro teste do Cristianismo é quando você clama por Deus. Ele não só vai perdoar nossos pecados, mas também Se revelar a nós, para que saibamos que Ele é real. Essa é a grande diferença”, afirmou Lehman.



Assista também à série “Respostas”. Clique aqui.

Mulher-Maravilha faz sucesso entre conservadores

Ela não precisa de "empoderamento"
Gal Gadot, a nova Mulher-Maravilha dos cinemas, foi apontada por críticos e pelo público como o maior destaque do filme Batman versus Superman, que estreou em março. Mas não é apenas sua atuação ou beleza que têm atraído atenções. Desde que ganhou os holofotes a atriz israelense de 31 anos vem sofrendo ataques nas redes sociais por causa de seu patriotismo. Feministas têm lamentado que uma personagem comumente usada como símbolo de “empoderamento feminino”, como a Mulher-Maravilha, seja interpretada por uma conservadora. A reclamação mais frequente se deve ao explícito patriotismo de Gal. Em entrevistas ou posts nas redes sociais, a atriz faz questão de falar bem a respeito Israel, mencionar sua fé judaica ou mesmo criticar grupos inimigos de sua nação, como o Hamas.

Em 2014, por exemplo, durante um momento de intensificação dos conflitos na Faixa de Gaza, a atriz postou em seu perfil no Facebook uma foto de si mesma orando com a filha, Alma, de quatro anos, junto de uma mensagem de apoio às tropas israelenses.

“Estou mandando o meu amor e prece aos meus compatriotas israelenses, especialmente aos meninos e meninas que estão arriscando suas vidas protegendo o meu país dos horríveis atos conduzidos pelo Hamas, que estão se escondendo atrás de mulheres e crianças feito covardes... Nós venceremos!!! Shabbat Shalom! #weareright #freegazafromhamas #stopterror #coexistance #loveidf”

Uma busca pelos termos “gal gadot zionist” no Twitter revela a agressividade das mensagens direcionadas à atriz por simpatizantes da causa palestina.

O amor por representar seu país não é recente em Gal. Em 2004, ela foi eleita Miss Israel e participou do concurso Miss Universo do mesmo ano. Depois, em cumprimento à lei militar de Israel, que prevê o alistamento obrigatório inclusive de mulheres, ela serviu às Forças Armadas por dois anos, chegando, inclusive, a ser treinadora de combate. Numa entrevista à revista Glamour, ela disse que “gostaria que nenhum país precisasse de exércitos, mas em Israel servir é parte de ser israelense”.

À publicação judaica Totally Jewish, em 2014, ela disse: “Quero que as pessoas tenham uma boa impressão de Israel. Não me sinto uma embaixadora de meu país, mas falo muito sobre ele. Gosto de contar para as pessoas de onde venho e sobre minha religião.”

Os pais de Gal são israelenses como ela, mas seus antepassados são provenientes da Polônia e da Áustria. Desde 2008, Gal é casada com o empresário do ramo hoteleiro Yaron Varsano, o pai de sua filha, Alma Varsano.


Nota: Ironia das ironias: a personagem “sequestrada” pelas feministas para ser símbolo de sua causa é interpretada por uma mulher religiosa, conservadora e mãe de família. [MB]

sexta-feira, janeiro 27, 2017

Quando a ciência é mal compreendida

O que ela é de fato?
Hoje em dia se usa a palavra ciência de várias maneiras. Por exemplo, “tomei ciência de que...”; “a história é uma ciência que...”, “a ciência está sempre mudando...”. Algumas dessas expressões são usadas em um contexto que deixa claro que seu significado nada tem a ver com metodologia científica. Em outros, a confusão se manifesta, ignorando séculos de estudo que levaram à descoberta da ciência e ao uso dessa palavra no contexto da metodologia científica. Frequentemente se confunde metodologia científica com protocolo aristotélico (observação, formulação de hipóteses, testes de hipóteses) e com atividades de pesquisa, chamando-se a tudo isso, de maneira indiscriminada, de ciência. Ao misturar-se esse uso com o de ciência como área do conhecimento, a confusão só aumenta. Esses significados todos não são sequer compatíveis entre si e essa confusão obscurece uma série de assuntos muito importantes.

Os pioneiros da revolução científica preocuparam-se com diversas questões desse tipo. Inicialmente, eles mesmos usavam a palavra ciência dessa forma confusa. Por exemplo, Roger Bacon (século 13), ainda usava a palavra ciência com o sentido de área do conhecimento. A contribuição dele foi analisar as diversas áreas do conhecimento e constatar que a Matemática está à base de todas.

Galileu sentiu a necessidade de esclarecer o conceito de ciência a fim de desfazer diversos equívocos filosóficos de sua época e preparar o caminho para um significativo aprofundamento do estudo do que Deus faz. Segundo ele, Deus usou elementos matemáticos para criar tudo. O universo (lembrando que a Terra e tudo o que está nela faz parte do universo) é como um imenso livro escrito em caracteres matemáticos. Sem conhecer esses caracteres (se formos analfabetos em relação à linguagem matemática da natureza), ficaremos como que a vagar em um labirinto escuro das especulações e promessas grandiosas mas vazias da filosofia humana. Nessa perspectiva, ele considerou que a verdadeira ciência consiste em uma metodologia baseada em métodos matemáticos e que pode ser aprendida e utilizada pela humanidade.

Foi a colocação em prática dessa ideia que alavancou o progresso do conhecimento a níveis que ultrapassam a compreensão da maioria das pessoas mesmo hoje em dia. Mesmo áreas que não costumam fazer uso direto dessas técnicas acabaram se beneficiando grandemente pelo fato de pesquisadores de outras áreas as estarem usando.

(Eduardo Lütz é físico)

Nota: Veja o que Ellen White escreveu há mais de um século: “‘Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da Sua boca’ (Salmo 33:6). Visto como o livro da natureza e o da revelação apresentam indícios da mesma mente superior, não podem eles deixar de estar em harmonia mútua. [...] Inferências erroneamente tiradas dos fatos observados na natureza têm, entretanto, dado lugar a supostas divergências entre a ciência e a revelação. [...] Tem-se pensado que a geologia contradiga a interpretação literal do relatório mosaico da criação. Pretende-se que milhões de anos fossem necessários para que a Terra evoluísse do caos; e com o fim de acomodar a Bíblia a essa suposta revelação da ciência, supõe-se que os dias da criação fossem períodos vastos. [...] Tal conclusão é absolutamente infundada” (Educação, p. 128, 129).

“De cada dia consecutivo da criação, declara o registro sagrado que consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Patriarcas e Profetas, p. 112).

“Em relação à obra da própria criação diz o testemunho divino: ‘Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu’ (Salmo 33:9). Para Aquele que assim poderia evocar à existência inumeráveis mundos, quanto tempo seria necessário para fazer surgir a Terra do caos? [...] É verdade que vestígios encontrados na terra testificam da existência do homem, animais e plantas muito maiores do que os que hoje se conhecem. [...] Mas com referência a essas coisas a história bíblica fornece ampla explicação. Antes do dilúvio o desenvolvimento da vida vegetal e animal era superior ao que desde então se conhece. Por ocasião do dilúvio fragmentou-se a superfície da Terra, notáveis mudanças ocorreram, e na remodelação da crosta terrestre foram preservadas muitas evidências da vida previamente existente. [...] Estas coisas, [...] são testemunhas a testificarem silenciosamente da verdade da Palavra de Deus” (Educação, p. 129).

“Precisamente como Deus realizou a obra da criação, jamais Ele o revelou ao homem; a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão incompreensível como a Sua existência” (Patriarcas e Profetas, p. 113). 

quinta-feira, janeiro 26, 2017

A amante e sua família

Uma janela indiscreta
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com essa encantadora personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa família. A estranha aceitou e, desde então, tem estado conosco. Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem, já tinha um lugar muito especial. Meus pais eram instrutores complementares. Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau, e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era nossa narradora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias. Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir e me fazia chorar. A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.

Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria orado alguma vez para que a estranha fosse embora.)

Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa, nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que, às vezes, queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe ruborizar.

Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.

Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha.

Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso dos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia.

Seu nome? Ah, seu nome... Chamamos de TELEVISÃO! É isso mesmo; a intrusa se chama TELEVISÃO! Agora ela tem um marido que se chama computador, um filho que se chama celular e um neto de nome tablet. A estranha agora tem uma família. E a nossa será que ainda existe?

(Autor desconhecido, via Karina Quinteiro)

Quem foi a esposa de Caim?

Antes de responder à pergunta do título, é necessário analisar algumas informações importantes. Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas, segundo a narrativa de Gênesis 5:4. A tradição hebraica e o historiador do primeiro século Flávio Josefo dizem que foram 60 filhos, sendo 27 mulheres e 33 homens. Nós conhecemos os filhos de Adão chamados por Caim, Abel e Sete. Abel foi morto por seu irmão. E Sete nasceu quando Adão tinha 130 anos (Gn 5:3). A partir desses pontos fica mais fácil entender a questão. Nos primeiros anos da humanidade, houve relacionamentos íntimos entre irmãos e entre tios(as) e sobrinhos(as) e outros descendentes diretos. Caim, provavelmente, casou-se com uma irmã ou uma sobrinha, cumprindo a determinação e a benção de Deus a fim de que fossem “fecundos”, conforme o texto de Gênesis 1:22.

Quando a Bíblia fala que Caim “conheceu” sua mulher em Gênesis 4:17, isso não quer dizer que foi a “primeira vez” que ele a viu. Ele certamente já a conhecia havia algum tempo. A Bíblia usa o termo “conhecer” para se referir a “relações sexuais”, permitindo ao leitor entender que Caim estava cumprindo o que Deus havia determinado quanto a “ser fecundo” e “multiplicar-se”.

Você deve estar se perguntando: É lícito casar entre irmãos? Antes da Lei de Moisés, não havia tal proibição (Levítico 18); a ordem de Deus era “multiplicai-vos e enchei a terra”. A humanidade estava em um período chamado por alguns teólogos de “era da inocência”. Portanto, era lícito, sim, o “casamento” entre irmãos consanguíneos e outros familiares diretos.

Além disso, o primeiro casal foi dotado com uma bagagem genética com grande potencial para a variação/diversidade humana, impedindo os problemas decorrentes da endogamia tais quais os conhecemos hoje. Essa carga genética perfeita, plena e funcional possibilitou a origem das diversas etnias conhecidas atualmente.

O costume do casamento entre irmãos consanguíneos continuou por muito tempo. Tanto que Abraão se casou com sua meia-irmã Sara (Gênesis 20:12). Posteriormente, pelo degenerar-se da raça humana devido aos efeitos deletérios da entropia genética, essa prática foi proibida (Levítico 18:6-17).


Nota: Não sabemos por quanto tempo Caim vagueou pela terra antes de encontrar a mulher que seria sua esposa. Mas sabemos que bastam algumas décadas para que um casal dê origem a uma população. Caim pode ter demorado a se casar, e o fez com uma de suas parentes, evidentemente. [MB]

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Apresentações em Prezi e PowerPoint

Apresentações em Prezi
Clique aqui para ter acesso a uma pasta repleta de apresentações em Prezi. Os arquivos estão zipados e pode ser que seu navegador peça algum tipo de confirmação para fazer o download. Pode aceitar sem medo.

Estudo bíblico O Resgate da Verdade (em Prezi)
Clique aqui para fazer o download gratuito do estudo bíblico apologético O Resgate da Verdade. São 26 lições em formato Prezi, zipadas e prontas para ser baixadas em seu computador. Pode ser que seu navegador peça algum tipo de confirmação para fazer o download. Pode aceitar sem medo.

Palestras em PowerPoint
Clique aqui e tenha acesso a uma pasta com várias palestras em PowerPoint prontas para download. Algumas palestras possuem vídeos linkados. Entre na pasta “vídeos” e baixe-os também na mesma pasta em que vai guardar os PowerPoints.

A Bíblia não é um livro científico, mas...

Um livro confiável
As diversas áreas de estudo e as ferramentas da ciência nos fornecem subsídios para ler e interpretar a Bíblia com outros olhos. Gosto de usar a metáfora dos “dois livros do Criador” conhecida originalmente pela afirmação do físico e astrônomo italiano Galileu Galilei. No ano de 1613, em uma carta de Galileu Galilei endereçada a Benedetto Castelli, Galilei disse que tanto a natureza quanto a Bíblia são obras de Deus; são, portanto, dois livros desprovidos de erro e não podem se contradizer.[1: p. 282] No entanto, para Galilei, a natureza e a Bíblia são dois livros escritos em linguagens diferentes, com finalidades diferentes, não se podendo lê-los da mesma forma. Por sua vez, em 1905 a escritora cristã Ellen White, a fim de demonstrar que não há conflito real entre ciência e Bíblia, disse o seguinte: “Na verdadeira ciência, nada pode haver que esteja em contradição com o ensino da Bíblia; uma vez que procedem ambas do mesmo Autor, a verdadeira compreensão delas demonstrará sua harmonia.”[2: p. 462] Concordo com os dois autores citados acima ao afirmar que ambos os livros se complementam.

Os “pais da ciência”, ao longo do tempo, partiram da Bíblia para investigar o cosmos e nosso planeta, assim como seus fenômenos, sem deixar de lado a submissão a Deus. O astrônomo inglês Sir Frederick William Herschel (1738-1822), que descobriu o planeta Urano, certa vez disse: “Todas as descobertas humanas parecem ter sido feitas com o único propósito de confirmar fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras.”[3] Embora a Bíblia não seja um livro científico nem tenha sido escrita com esse propósito, ela apresenta verdades que podem ser consideradas “científicas”. Quando a Bíblia é posta à prova em relação aos aspectos nela relatados, cedo ou tarde finalmente esses fatos são comprovados. A seguir, vejamos alguns desses “fatos científicos” que podem ser encontrados nas Sagradas Escrituras:

As correntes marítimas – No Salmo 8:8, o rei Davi já falava de “caminhos nos mares” (escrito 2.800 anos antes). Isso estimulou Matthew Maury, oceanógrafo e pesquisador marítimo, considerado o “pai da oceanografia moderna e da meteorologia naval”, a descobrir “rios submarinos”, ou seja, as correntes marinhas que hoje conhecemos e que influenciam a natureza por onde passam.

A Terra é redonda – Isaías 40:22 já se referia à Terra como sendo redonda. Mas só no século 15 grandes navegadores como Cristóvão Colombo o provaram na prática, confirmando mais uma vez que a Bíblia estava certa.

O ar tem peso – Jó 28:25 já afirmava que o ar tem peso. Embora a atmosfera seja invisível e aparentemente desprovida de peso, ela, na verdade, tem peso e massa. O barômetro, instrumento usado para medir a pressão atmosférica, só foi inventado em 1643, entretanto, a Bíblia já declarou antes disso que o ar (ou a atmosfera) tem peso.

O universo foi criado do nada – Hebreus 11:3 afirma que “pela fé compreendemos que o universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus”. Esse ensinamento bíblico foi atacado tanto pela filosofia grega quanto pelo ateísmo moderno. Mas o descobrimento da relatividade geral na segunda década do século 20 foi seguido por estudos de suas consequências cosmológicas. Tais estudos indicavam que o universo (o espaço-tempo) teve uma origem e se expande desde então (modelo do Big Bang). As primeiras evidências observacionais dessa expansão foram reunidas em 1927 e depois confirmadas por observações independentes em 1929, apoiando o relato bíblico.

O planeta está suspenso sobre o nada – Jó 26:7 diz que “Deus suspende a Terra sobre o nada”. Isso era inadmissível naquela época, quando se pensava que a Terra era carregada pelo deus Atlas ou por um grande animal que o sustentava em seus ombros (1.500 a.C.). Jó, ao contrário, já sabia que a Terra não estava suspensa sobre nada que fosse material, mas sobre um vazio, exatamente como os satélites mostram o nosso planeta. Os naturalistas da época só descobriram que a Terra não era sustentada por nada em 1650.

Os quatro pontos cardeais – A Bíblia usa a expressão “extremidade da terra” como sendo “até à parte mais distante da terra”. Isso não sugere que a Terra seja plana ou que tenha beiradas. 1 Crônicas 9:24 diz: “Os porteiros estavam aos quatro lados; ao oriente, ao ocidente, ao norte, e ao sul.” Em Isaias 11:12 vemos: “E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra.” De igual modo, vemos em Jeremias 49:36 o seguinte: “E trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro cantos dos céus, e os espalharei na direção de todos estes ventos; e não haverá nação aonde não cheguem os fugitivos de Elão.”

A humanidade sempre se direcionou pelos astros. Os rumos dos ventos são conhecidos desde a Grécia Antiga. Durante a Idade Média, esses rumos ganharam nomes relacionados com as localidades próximas ao Mediterrâneo: Tramontana (norte), Greco (nordeste), Levante (leste), Siroco (sudeste), Ostro (sul), Libeccio (sudoeste), Ponente (oeste) e Maestro (nordeste). No século 14, os mapas portulanos começaram a usar essas direções de forma mais sistemática para navegação marítima.

As dimensões da arca de Noé – Em Gênesis 6, Deus revelou a Noé as dimensões da arca que ele deveria construir. Em 1609, em Hoor, na Holanda, um navio foi construído de acordo com essas medidas (30:5:3), revolucionando a engenharia naval. Em 2013, Cientistas da Física da Universidade de Leicester calcularam as dimensões para a construção da arca de Noé e descobriram que ela não poderia navegar, mas poderia flutuar com segurança devido à sua forma retangular, e acomodaria perfeitamente todos os tipos básicos. Thomas Morris, coautor do estudo, disse: “O que está relatado [na Bíblia] definitivamente funciona.” (Clique aqui para saber mais.)

A existência de Babilônia – Muitos estudiosos alegavam que a Babilônia era um reino fictício, fruto de uma “mitologia” bíblica, até que arqueólogos encontraram vários indícios de sua existência em artefatos que comprovavam o contexto bíblico e, mais tarde, acharam a própria cidade-estado que já foi uma das mais poderosas de sua época no mundo então conhecido, no atual território do Iraque. (Clique aqui e aqui para saber mais.)

Leis meteorológicas – A Bíblia descreveu o “ciclo” de correntes de ar dois mil anos antes de os cientistas o descobrirem: “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos” (Eclesiastes 1:6). Atualmente, já está bem estabelecido cientificamente que o ar ao redor da Terra gira em gigantescos circuitos, no sentido horário em um hemisfério e no sentido anti-horário no outro hemisfério.

Ciclo da água – A água evapora de oceanos ou outras fontes e cai no solo em forma de chuva, neve ou granizo, alimentando os rios e nascentes (Jó 36:27, 28; Eclesiastes 1:7 e 11:3; Isaías 55:10; Amós 9:6). Cientistas já descobriram sobre isso, inclusive essas informações constam em livros didáticos de ensino fundamental. Já os gregos antigos acreditavam que era a água de oceanos subterrâneos que alimentava os rios. No século 18 ainda se acreditava nisso.

Fogo no interior da terra – Em Jó 28:5 é dito que “a terra, da qual vem o alimento, é revolvida embaixo como que pelo fogo”. Hoje já conhecemos bem a representação esquemática, presente em livros didáticos, do núcleo terrestre e sua composição magmática.

O barro e a origem da vida – A Bíblia também afirma que o homem foi formado do pó da terra (Gn.2:7) e do barro (Jó 33:6), fato este que era motivo de escárnio por parte dos darwinistas pelo menos até recentemente, quando os cientistas descobriram que os ingredientes necessários para fazer um ser humano podem ser encontrados no barro. Em 2003, uma pesquisa publicada na revista Science sugeriu que, tal como é relatado na Bíblia, a vida na Terra possivelmente tenha surgido do barro. Essa foi a forma mais “cientificamente correta” de dizer que a Bíblia acertou exatamente o alvo! Também é bom lembrar que, quando morremos, nosso corpo volta ao pó novamente (Gn 3:19). (Clique aqui para saber mais.)

A diabetes – Em Provérbios 25:27, o rei Salomão advertia que comer muito mel não é bom. O mel também contém sacarose (carboidrato), além de outros tipos de açúcar (frutose e glicose), sendo desaconselhado seu uso generalizado como substituto do açúcar comum. Hoje já se sabe que, em excesso, o mel, assim como o açúcar cristal e o mascavo, também engorda e faz subir o açúcar no sangue. A vantagem no uso do mel é que, enquanto o açúcar de mesa não contém vitaminas nem sais minerais, o mel possui. Estudo publicado em 2009 na International Journal of Food Sciences and Nutrition concluiu: “O consumo cauteloso desse alimento por pacientes diabéticos é recomendado.” Portanto, realmente funciona o conselho bíblico dado por Salomão.

Alimentos limpos e imundos – Em Levítico 11, Deus fala sobre alimentos limpos e imundos. Hoje em dia, a Organização Mundial da Saúde tem regras estritas para a exportação da carne de porco, pelo fato de esta apresentar risco muito elevado de doenças. Já foi verificado também que outras carnes proibidas por Levítico, como mariscos e outros frutos do mar, também transmitem variedade de doenças. (Clique aqui para saber mais.)

Práticas de higiene – As leis de saúde dadas à nação de Israel incluíam regulamentos sobre se lavar depois de tocar num cadáver, isolar pessoas com doenças infecciosas e eliminar fezes humanas de forma segura (Levítico 11:28; 13:1-5; Deuteronômio 23:13). Por outro lado, na época em que esses regulamentos foram dados aos israelitas, os egípcios tratavam as feridas abertas com uma mistura que continha excremento humano.

Jejum e a longevidade – Os judeus e cristãos há milhares de anos se utilizam da prática do jejum para o benefício da saúde física e espiritual. O primeiro jejum coletivo na Bíblia aparece em Juízes 20:26: “Então todos os filhos de Israel, e todo o povo, subiram, e vieram a Betel e choraram, e estiveram ali perante o Senhor, e jejuaram aquele dia até à tarde.” Por muito tempo os céticos ridicularizaram os cristãos devido essa prática bíblica. Até que em 3 de outubro de 2016, a Assembleia Nobel no Instituto Karolinska premiou Yoshinori Ohsumi com o Nobel de Fisiologia ou Medicina por suas descobertas dos mecanismos de autofagia. Ele descobriu que o jejum ativa mecanismos de autodefesa das células que garantem a elas maior longevidade. O segredo está na autofagia, um mecanismo importante de autolimpeza que existe em todas as células de nosso corpo. Segundo explica Soraya Smaili, professora livre-docente da Escola Paulista de Medicina, “o jejum induz a autofagia [...] e a autofagia induz a longevidade. A busca agora é entender a conexão entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade das células”. Smaili acrescenta que jejum adequado é aquele de 12 e no máximo 24 horas. Logo, o jejum tem o poder de desintoxicar o organismo e deixar a mente mais clara, daí porque ele faz parte das práticas espirituais. (Saiba mais aqui.)

Vinho e sua proibição – Existem vários termos na Bíblia que são traduzidos como vinho (suco de uva) ou bebida forte. Todos os vinhos embriagantes e as demais bebidas fortes são tidas na Bíblia como mortíferas (Pv 23:29-32) ou alvoroçadoras (Pv 20:1; Ef 5:18) e impróprias para o consumo daqueles que seguem a sabedoria e a justiça (Pv 23:20, 31, 32 e Pv 31:4). Só há um tipo de vinho que é bênção do Senhor: tyrosh, o puro suco da uva recém-espremida. Isaías 65:8 diz: “Assim diz o Senhor: Como quando se acha vinho (tyrosh) num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele.” Já os críticos e céticos da Bíblia por muito tempo ridicularizaram os que seguiam os conselhos bíblicos de não ingerir bebida alcoólica. A mídia frequentemente tem reportado que uma taça de “vinho” protege as pessoas contra as doenças do coração. Porém, estudo publicado na revista Science em 2006 revelou que a substância que realmente traz benefícios para o ser humano é o composto natural do suco da uva chamado de “resveratrol”. E, em 2012, pesquisa publicada na Circulation Research mostrou que apenas o vinho tinto “não alcoólico” faz reduzir significativamente os níveis de pressão arterial nos homens em comparação com os vinhos alcoólicos.

Quer conhecer mais fatos científicos contidos na Bíblia? Leia os seguintes livros:
Ray Comfort, Scientific Facts in the Bible: 100 Reasons to Believe the Bible is Supernatural in Origin (Newberry, FL: Bridge-Logos Publishers, 2001. 95p);
Magno Paganelli, Ciência e Fatos Bíblicos (Belo Horizonte, MG: Dynamus, 2004. 124p).

(Everton Alves)

Referências:
[1] Galilei, G. Lettera a Benedetto Castelli. In: Favaro, A. (Ed.). Edizione nazionale delle opere di Galileo Galilei. Firenze: Barbèra Editore, 1932 [1613]. v. 5, p. 281-8.
[2] White EG. The ministry of healing. Washington, D.C: Riview and Herald Publishing, 1905. 541p.
[3] Herschel J. In: Morris HM. Men of Science, Men of God. El Cajon, CA: Master Books, 1982, p.42.

domingo, janeiro 22, 2017

Hipótese da Nasa é confirmada: universo vai acabar

Fique tranquilo; vai demorar. SQN
Você se lembra do pânico que se instalou nas casas de todo o mundo no réveillon de 2000? Na ocasião, todos acreditavam, com base nas mais diversas teorias, que o mundo acabaria quando o relógio marcasse meia-noite. Não acabou, como podemos perceber. Mas, de lá pra cá, não faltaram teorias de religiosos e místicos alertando para o fim do mundo. Agora, porém, parece que o assunto ganhou seriedade. Em 2003, a Nasa apresentou ao mundo a teoria do Big Rip (“grande ruptura”, em português). A agência, que é renomadíssima e muito respeitada, levantou a hipótese de que as galáxias e os planetas podem se desintegrar daqui a 22,8 bilhões de anos, Até ai, tudo tranquilo. Era apenas uma hipótese. Mas você leu bem: era. Um brasileiro, formado em física e matemática, conseguiu confirmar que a possibilidade do Big Rip acontecer é real.

teoria do Big Rip é uma espécie de Big Bang às avessas. Ou seja: haverá um momento em que as partículas que formam a matéria estarão tão aceleradas que, no final, tudo vai ser rasgado em pedaços.

Recentemente, o físico e matemático brasileiro Marcelo Disconzi conseguiu confirmar que a possibilidade do Big Rip acontecer é real. Enquanto apresentava um seminário na Universidade de Vanderbilt, no Tennessee, nos Estados Unidos, o professor brasileiro sugeriu uma explicação para entender o comportamento de fluidos viscosos que viajavam com velocidade parecida com a da luz. A viscosidade mede a capacidade de um fluido de expandir ou contrair. Sua teoria, então, propunha uma solução desse problema da época dos anos 1950, criado pelo francês Andre Lichnerowicz.

Foi então que os professores de física da faculdade, Thomas Kephart e Robert Scherrer, tiveram a ideia de aplicar as teorias do brasileiro à cosmologia, que estuda a origem e a estrutura do universo, como reportado pelo site de notícias da BBC. Eles propuseram que o brasileiro questionasse se sua teoria poderia de alguma forma afetar o universo. Foi quando surgiu o estudo, que já foi publicado na revista Physical Review D, em 2015.

Segundo a pesquisa, no universo existem regiões com matéria mais condensada, mais junta, que são preenchidas pelas galáxias e por outros corpos celestes, e existem espaços vazios. Daí vem a ideia dos fluidos. Nesse caso, o universo é considerado o próprio fluido. “O ponto crucial é que essa distribuição [dos corpos] se comporta como se fosse um fluido enchendo o universo. E isso nos dá a certeza de que o universo está em expansão – e de forma acelerada”, explica Disconzi.

O que foi observado é que a energia dos corpos celestes aumenta com o tempo e torna a viscosidade do Universo maior. Isso gera uma pressão negativa, que origina uma força contrária à força gravitacional. Então, as galáxias tendem a se dispersar e os planetas vão ficar mais distantes uns dos outros. Em uma chamada “taxa de expansão infinita em um tempo infinito”.

“A ideia do Big Rip é que, eventualmente, até os constituintes da matéria começariam a se separar uns dos outros. É justo dizer que seria um cenário dramático. O que sabemos a partir do que foi observado é que um cenário do Big Rip é realmente possível, embora os dados avaliados estejam longe de serem conclusivos”, revelou o cientista para o site de notícias britânico The Guardian.

(Vix)

Nota: São modelos interessantes, mas que sempre apontam para um futuro de muitos bilhões de anos, ou seja, não temos nada com que nos preocupar. A ideia subjacente é a de que, assim como os “místicos” erraram ao anunciar (equivocadamente, é claro) o fim do mundo para o ano 2000, os cientistas (os “sacerdotes” realmente tidos como confiáveis) nos garantem que vai demorar muito tempo para o fim chegar – se chegar. Assim, religiosos imprudentes e cristãos que não se dão ao trabalho de estudar a Bíblia, juntamente com cientistas que estudam a evolução cósmica acabam contribuindo para, ou desacreditar a ideia do fim ou deixar as pessoas tranquilas com a enorme demora dessa possibilidade. Segundo a Bíblia, o universo não vai acabar. Daí porque Jesus garantiu que são “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra” (Mateus 5:5). O que terá fim é o estado de coisas criado pelo pecado neste planeta. Deus intervirá após a volta de Jesus e recriará a Terra, fazendo com ela volte ao seu estado original edênico. Esse, sim, é um futuro cheio de esperança. [MB]

sexta-feira, janeiro 20, 2017

A divindade do Espírito Santo (materiais de apoio)

Nosso consolador divino
A Lição da Escola Sabatina (guia mundial trimestral de estudo bíblico da Igreja Adventista) desta semana está abordando o tema da divindade do Espírito Santo. Aproveito a oportunidade para oferecer alguns conteúdos e apresentações em PowerPoint que poderão auxiliar os alunos e, principalmente, os professores. Conforme escreveu o teólogo Adolfo Suarez (leia aqui um ótimo artigo dele), “a evidência bíblica da divindade do Espírito Santo é muito convincente. Fica totalmente claro:  O Espírito é Deus. Porém, ao pensar nEle, devemos nos lembrar de que estamos tratando de um mistério divino. Portanto, assim como não podemos explicar plenamente Deus e Sua natureza, temos que resistir à tentação de fazer da nossa compreensão humana a norma de como Deus deve ser. A natureza do Espírito Santo é um mistério. Todavia, essa discussão não é mera discussão teológica; estamos tratando de um tema altamente importante: nossa própria salvação, na qual o Espírito Santo tem papel muito importante”.




Para obter apresentações em PowerPoint sobre a Trindade e o Espírito Santo, clique aqui e procure as respectivas apresentações (com a palavra “Trindade”).

Moda agênero e reengenharia social

Confusão total
A tal moda agênero não é nenhuma novidade, apenas mudou de nome: antigamente era conhecida pelo nome de moda unissex. Desde os anos 80 que vemos essa tendência fabricada de mulheres pegarem roupas emprestadas no closet masculino, mas agora o contrário também está sendo alardeado. Essas tendências de moda na verdade vêm da cabeça de pessoas que estão totalmente imersas no globalismo e defendem toda sua agenda de gênero, feminismo e todas as coisas que vocês já estão carecas de me ouvir falar, então por que iríamos achar que coisas como essa de homens usando roupas de mulher seria por acaso?

Pelo que estou vendo por aí, as lojas já estão investindo em departamentos infantis de roupas que não fazem distinção entre masculino e feminino, e isso é no mínimo ridículo. Tirando o fato de ser estranho ver um homem vestido de mulher e vice-versa, nós também temos diferenças anatômicas, a velha “ditadura da biologia” que insiste em melar o discurso de igualdade da esquerda caviar. Imagino que seja totalmente desconfortável para um homem usar calças femininas, que ficam justas demais em locais que são, imagino eu, muito sensíveis. É até estranho para mim ter que falar isso, pois é tão óbvio, mas temos inúmeros motivos para fazer distinção entre roupas de homem e de mulher: homens têm a cintura escapular mais larga que mulheres, mulheres têm quadris mais largos que homens, homens têm pênis, mulheres tem seios, e por aí vai...

Mas tirando essa maluquice, eu quero falar sobre a moda masculina e feminina que vemos hoje nas lojas por aí, essa que está em todas as vitrines, nos shoppings e ruas do Brasil. Faz algum tempo que venho encontrando dificuldades para achar roupas decentes para comprar; acredito que não seja só eu. Ultimamente, quando preciso comprar um vestido, já me preparo psicologicamente para andar quilômetros e gastar horas atrás de algo que me agrade. O caso é que as roupas femininas estão vindo cada vez com menos tecido, quando não falta embaixo, falta em cima.

Se uma mulher quiser comprar uma roupa para trabalhar na zona irá encontrar uma enorme variedade de cores e estilos, mas se quiser uma roupa para trabalhar em um escritório pode se preparar para um suplício! As saias mais parecem cintos, os shorts e as calcinhas são do mesmo tamanho, as blusas são muito curtas ou muito decotadas... Resumindo: as roupas são muito curtas, muito justas, muito transparentes ou muito psicodélicas.

Durante a maratona para encontrar um simples vestido esses dias eu fui experimentar um que não parecia tão indecente olhando na arara, quando pus no corpo vi que estava enganada. Ainda na esperança de que tomando distância do espelho pudesse ter uma visão melhor e descobrir que, afinal, a coisa não era assim tão ruim, abri o provador e saí. A vendedora que estava me atendendo logo abriu um sorriso e disse que estava ótimo e que a peça tinha me valorizado muito; abri um sorriso amarelo e voltei para o provador pensando: “Mas eu não quero me valorizar, eu só quero me vestir de uma forma normal.”

Eu imaginava que isso se passava apenas nas lojas de roupas femininas, mas esses dias conversando com meu irmão ele me relatou uma dificuldade de encontrar roupas masculinas também. Ele e um amigo foram para o centro da cidade atrás de uma simples bermuda, foram em todas as lojas de roupa masculina que havia e voltaram para casa de mãos vazias. Pelo que viram no comércio, disseram que não fazem mais roupa para homens, somente para maricas. As bermudas masculinas que achavam eram muito justas, muito curtas, muito coloridas ou muito cheias de detalhes afeminados.

A conclusão a que eu chego é que, independentemente dessa tal moda agênero, nós já estamos vendo a anulação das diferenças entre roupas de homens e mulheres nas lojas que ainda dizem fazer distinção. Cada vez mais estão fazendo as mulheres se vestirem como prostitutas e os homens como mulheres. O discurso vigente é o de liberdade de expressão, mas a liberdade é só para quem quer se vestir como palhaço e não para quem quer rir do palhaço que está passando à sua frente. Me sinto em uma versão moderna da estória da roupa nova do rei.

Os seres humanos estão cada vez mais idiotizados e indo atrás das modas que são ditadas por pessoas que estão lá do outro lado do mundo. Anulam sua personalidade para usar a roupa da vez e posarem de fashion diante dos amigos porque têm medo de falar o que realmente pensam, pois correm o risco de parecerem antiquados e, por isso, preferem agir como marionetes alienadas. Não percebem que ao usar esse tipo de roupas não estão exteriorizando sua personalidade e, sim, copiando o que a indústria globalista da moda dita como regra. Essa é a mais perfeita forma de escravidão, aquela em que os escravos pensam que são livres.