sexta-feira, março 31, 2017

Os gigantes nefilins existiram?

Realidade que inspirou as lendas?
“Naqueles dias havia nefilins na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos” (Gênesis 6:4). Algumas traduções trazem o termo “nefilins” como “gigantes”. Por enquanto, não há evidência fóssil desses gigantes. Não há descoberta ou qualquer achado que possamos ligar a esse texto. Existe muita especulação que até rendeu uma série no History Channel com o nome “Em Busca de Gigantes”. Essa especulação inspira nossa imaginação, mas não podemos dizer que esses fósseis existem nem que foram encontrados. Antes do dilúvio, a Terra era bem diferente. Pelo registro fóssil, vemos que existiu uma megafauna e uma megaflora. Sabemos que as condições climáticas, relevo, alimentação e outros fatores eram totalmente diferentes. Levando em consideração todas as informações de que dispomos do período antediluviano, sabemos que os seres humanos eram diferentes. Viviam mais e, com certeza, eram maiores. Porém, não temos em mãos esse registro fóssil humano. 

O termo “nefilim” vem do hebraico נְפִלנ ְפִיל, que significa “desertores”, “caídos”, “derrubados”, porém, esse termo é uma variação de נָפַל, uma forma causativa do verbo “nafál” ou “nefal” (cair, queda, derrubar, cortar). Ou seja, refere-se à ideia de dividido, falho, queda, perdido, mentiroso, desertor. Literalmente, os que fazem os outros cair ou mentir.

Essa passagem bíblica traz muita controvérsia. Se lermos os primeiros versículos, encontraremos alguns versos que podem complicar nossa interpretação.

“Quando os homens começaram a se multiplicar na terra e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas e escolheram para si aquelas que lhes agradaram. Então disse o Senhor: ‘Por causa da perversidade do homem, Meu Espírito não contenderá com ele para sempre; e ele só viverá cento e vinte anos.’ Naqueles dias havia nefilins na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos. O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal” (Gênesis 6:1-5).

Alguns erradamente alegam que os “filhos de Deus” eram anjos caídos (demônios), os quais teriam se relacionado com fêmeas humanas e/ou habitado os corpos de machos humanos para então se relacionar com as fêmeas humanas. Essa união teria dado origem a filhos, os nefilins, os quais eram “os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama” (Gênesis 6:4).

Os “filhos de Deus” não poderiam ser anjos, porque anjos são seres espirituais (Hebreus 1:14) e não têm relações sexuais (Mateus 22:30; Marcos 12:25; Lucas 20:34-36). Se estudarmos o contexto (os capítulos próximos) de Gênesis 6, veremos que os “filhos de Deus” eram os descendentes de Sete, fiéis a Deus (Gênesis 5), e as “filhas dos homens” eram descendentes de Caim, rebeldes contra Deus (Gênesis 4:1-24). Depois que houve essa união entre os dois grupos, que foi reprovada por Deus, apenas Noé e sua família permaneceram leais a Deus (Gênesis 6:8-10).

Se os homens antediluvianos eram maiores, esses neflins possivelmente fossem maiores ainda, aguçando mais nossa imaginação. De acordo com as lendas hebraicas (O livro de Enoque e outros livros não bíblicos), eles eram uma raça de gigantes e “super-heróis” que fizeram atos de maldade.

Tudo o que a Bíblia diz diretamente sobre eles é que eram “os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama” (Gênesis 6:4). Os nefilins não eram alienígenas, mas, sim, seres físicos e reais, produzidos da união entre os filhos de Deus e as filhas do homens (Gênesis 6:1-4). Devemos ter cuidado em não utilizar textos duvidosos, não canônicos para sustentar nossas explicações. Também devemos ter cuidado em não criar problemas teológicos com o restante das Escrituras em nossas interpretações.

Existiram mais gigantes depois do dilúvio, como vemos em Gênesis 6:4, que diz: “Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois...” No entanto, é provável que tenha sido em uma escala muito menor do que antes do dilúvio. Quando os israelitas espionaram a terra de Canaã, eles disseram a Moisés: “Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.” No entanto, essa passagem não diz especificamente que eram os nefilins de quem estavam falando, apenas que os espiões achavam que tinham visto nefilins. É mais provável que os espiões tenham testemunhado pessoas muito altas em Canaã e, por engano, acharam que eles fossem nefilins (Josué 11:21, 22; Deuteronômio 3:11; 1 Samuel 17).

Recomendamos um texto simples sobre o assunto. Clique aqui.

quinta-feira, março 30, 2017

União Soviética tentou criar o “chimpanzomem”

Ideias têm consequências
Ninguém podia dizer que lhe faltava autoridade: com seus experimentos na década de 1910, Ilya Ivanovich Ivanov basicamente inventou a inseminação artificial. E, já então, ele havia ousado revelar seu sonho: criar um híbrido de chimpanzé (ou outro grande primata) e humano. A ideia não é cientificamente implausível. A distância genética entre nós e o chimpanzé é similar à de um cavalo para um jumento, e esses se reproduzem facilmente. Obviamente, poder ser feito não quer dizer que deveria ser feito. O híbrido seria um pesadelo ético. E é então que entra alguém não exatamente famoso pela ética: Josef Stalin. Documentos descobertos só em 2005 revelavam que ele acreditava ser possível criar um superexército de homens-macacos. Eles seriam “armas vivas”. “Eu quero um novo ser humano invencível, insensível à dor, resistente e indiferente à qualidade da comida que ingere”, encomendou o ditador ao cientista. E havia mais um motivo: a União Soviética estava em guerra aberta com a religião, e um híbrido entre nós e o chimpanzé provaria que somos parentes, descendentes de um mesmo ancestral. 

Por que Stalin achava que um chimapanzomem seria tão poderoso, só perguntando ao seu fantasma [sic]. Mas Ivanov recebeu uma bolsa equivalente a 200 mil dólares para testar suas ideias em Guiné, na África Ocidental. Ele tentou inseminar três fêmeas com sêmen humano, mas falhou. Então procurou inseminar humanas em um hospital, sem seu consentimento, e foi gentilmente convidado a se mandar de volta para a União Soviética.

O cientista não voltou de mãos abanando. Ele levou chimpanzés vivos de volta para seu laboratório soviético. Por incrível que pareça, conseguiu cinco voluntárias, mas os macacos morreram antes de o experimento prosseguir. 

Em 1930, o cientista caiu em desgraça com o regime soviético. Stalin havia se encantado com as teorias do jovem agrônomo Trofim Lysenko, que rejeitava a genética e a seleção natural, defendendo um novo tipo de lamarckismo (isto é, que é possível se passar à geração seguinte características adquiridas por esforço). A diferença de opinião científica recebeu o mesmo tratamento que a diferença de opinião política. Em dezembro de 1930 o velho cientista foi preso e exilado para o Cazaquistão. Morreria de derrame pouco mais de um ano depois.


Nota: Ideias têm consequências. Assim como há aqueles que justificam o adultério e até quem já tenha defendido a eugenia com base no evolucionismo, agora vem à luz o plano stalinista de mesclar humanos e chimpanzés. Com base em quê? No suposto parentesco evolutivo entre eles e nós. Se não tivesse pensamentos evolucionistas, Stalin saberia que as criaturas foram feitas “segundo a sua espécie”, e que seres humanos são a imagem e semelhança de Deus e não meros animais racionais. [MB]


Marte: água nada, avalanches de areia

Um balde de água fria para a evolução
Em setembro de 2015, a Nasa anunciou uma descoberta notável: Marte poderia ter correntes de água salgada que deslizavam pelas encostas do Planeta Vermelho durante o verão. Tão logo se cogitou que as linhas escuras registradas pelo rover Curiosity em Marte poderiam representar água em estado líquido, surgiram especulações sobre a possibilidade de vida microbiana no planeta. Agora, entretanto, especialistas afirmam que as misteriosas linhas negras podem ser, na verdade, avalanches de areia provocadas pelo efeito da luz solar na superfície marciana. De acordo com texto publicado [na semana passada] pela revista New Scientist, cientistas afirmam que a atmosfera de Marte não é suficientemente úmida para considerar que a formação de linhas pudesse decorrer da condensação de água. “Esses fenômenos acontecem nas horas mais quentes onde há temperatura mais elevada. Por isso, uma parte do cérebro diz que deveria ser gelo derretendo”, disse Sylvain Piqueux, do laboratório da Nasa na Califórnia (EUA) em entrevista à New Scientist. Mas ele mesmo admite que se trata de algo pouco provável em Marte. “O problema é que é muito difícil gelo derreter em Marte. É mais fácil que o gelo se transforme diretamente em vapor d’água”, assinala Piqueux.

As linhas escuras foram observadas em vários lugares do Planeta Vermelho quando as temperaturas estavam no entorno de -23ºC. Na ausência de uma explicação que envolva água, Frédéric Schmidt, da Universidade do Sul de Paris, na França, propôs, em parceria com outros pesquisadores, um modelo alternativo, segundo informou a New Scientist. Frédéric Schmidt defende que pode e tratar de um processo ligado a variações climáticas sazonais.

Para Schmidt, as avalanches de areia poderiam ser causadas pelo Sol. Segundo esse modelo, quando os raios solares tocam a areia, o calor esquenta a superfície enquanto a parte inferior permanece fria. Essa diferença de temperatura provocaria mudança de pressão do gás em torno das partículas de areia. Esse gás subiria, fazendo com que haja deslocamento de areia e solo provocando, assim, deslizamento nas encostas marcianas.

Se essa teoria for comprovada, ou seja, se for rejeitada a hipótese de que as linhas escuras são “água líquida”, desaparece a possibilidade de se encontrar organismos vivos em Marte. Pelo menos, por agora.


Nota: Lembro-me bem de que na época do anúncio das tais “correntes de água” em Marte a imprensa internacional fez a festa, repercutindo a descoberta. Agora a reação não foi a mesma. Por quê? Porque a ausência de água no planeta vermelho é um balde de água fria (com o perdão do trocadilho) nas pretensões evolucionistas de que a vida teria surgido por lá. Cadê a Superinteressante, a Galileu e outras para estampar na capa a foto das avalanches de areia marcianas? Melhor não falar nisso e deixar o povo com a ilusão de que a vida pode surgir facilmente em qualquer lugar. [MB]


Casados têm níveis mais baixos de hormônio do estresse

Bom casamento = saúde
É bem documentado que as pessoas casadas são mais saudáveis e vivem mais do que as solteiras, divorciadas ou viúvas. Mas como as alianças se traduzem em impactos biológicos que possam explicar essas diferenças? Em busca dessa resposta, exames revelaram agora que as pessoas casadas têm níveis mais baixos do hormônio cortisol do que aquelas que nunca se casaram ou se separaram. O cortisol é um hormônio estreitamente ligado ao estresse. Esses resultados indicam que as pessoas solteiras enfrentam mais estresse psicológico do que os indivíduos casados. O estresse prolongado é associado com níveis mais elevados de cortisol, que podem interferir com a capacidade do organismo para regular a inflamação, que por sua vez promove o desenvolvimento e a progressão de muitas doenças. “É emocionante descobrir um caminho fisiológico que pode explicar como os relacionamentos influenciam a saúde e a doença”, disse o professor Brian Chin, da Universidade Carnegie Mellon (EUA).

Para chegar a essa conclusão os pesquisadores coletaram amostras de saliva de 572 adultos saudáveis, com idades entre 21 e 55 anos, durante três dias não consecutivos. Foram feitas várias coletas durante cada período de 24 horas, todas usadas para medir os níveis de cortisol. Os resultados mostraram níveis significativa e consistentemente mais baixos de cortisol entre os participantes casados.

Os pesquisadores também compararam o ritmo diário de cortisol de cada pessoa, já que os níveis do hormônio atingem o pico quando a pessoa acorda e vão declinando ao longo do dia. Os casados apresentaram um declínio mais rápido, um padrão que tem sido associado com menos doenças cardíacas e maior sobrevivência entre os pacientes com câncer.

“Esses dados fornecem informações importantes sobre o modo como nossas relações sociais íntimas podem influenciar nossa saúde”, ressaltou Sheldon Cohen, coautor do estudo.

Os resultados foram publicados na revista Psychoneuroendocrinology.


Nota:Então o Senhor Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’” (Gênesis 2:18). Nos planos do Criador, a união abençoada entre um homem e uma mulher (= casamento) deve redundar em saúde física, mental e espiritual. Por isso, por parte dos solteiros, esse assunto deve ser alvo de muita oração, reflexão e tomada de decisões racionais. Uma decisão errada nessa área pode levar tudo a perder - inclusive eternamente. Quanto aos casados, esses devem fazer de tudo para que sua vida conjugal seja a expressão da vontade de Deus para o matrimônio. [MB] 

quarta-feira, março 29, 2017

Netflix prepara série sobre a “segunda vinda” de Jesus

Mais distorções
Uma das novas produções anunciadas pela Netflix é uma série chamada “Messiah” [Messias], que mostrará como o mundo de hoje reagiria a um homem que começasse a fazer milagres no Oriente Médio. Classificado como “drama”, o material está em fase inicial e será escrito por Michael Petroni (“A Menina que Roubava Livros”). A ideia foi do casal de produtores Mark Burnett e Roma Downey, responsáveis pela minissérie “A Bíblia”, do canal History, que foi sucesso no mundo todo. Ambos são evangélicos e repetidas vezes disseram que pretendem usar seus talentos para anunciar o Evangelho. Segundo o Deadline, a premissa de Messiah é mostrar a “segunda vinda de Jesus”. Contudo, não se trata do arrebatamento. O Messias do título seria uma espécie de exercício teológico que coloca Cristo desenvolvendo Seu ministério hoje em dia de maneira similar ao que fez dois mil anos atrás. Ainda não há muitos detalhes sobre o roteiro, que acaba de receber o sinal verde da Netflix. Não há previsão de estreia, mas não deverá ser antes de 2018.


Nota: Embora os produtores e roteiristas creiam que a série será apenas um “exercício de imaginação”, ela acaba colaborando para reforçar mal-entendidos sobre a segunda vinda de Jesus. Cristo virá em glória e majestade, não tornará a pisar neste planeta (a não ser após o milênio) e não virá para salvar nem curar; virá para buscar os que aceitaram Seu plano de salvação. Muitas pessoas vivem despreocupadamente justamente porque não acreditam que Ele voltará como prediz a Bíblia. Uma série como essa tem potencial para ampliar essa indiferença e ainda aumentar as distorções sobre o Evangelho. Uma pena. [MB]

Saiba mais sobre a volta de Jesus aqui. E sobre os sinais de sua proximidade aqui. 

terça-feira, março 28, 2017

Nativos das Américas têm assinatura genética comum

Origem rastreável
Um grupo de cientistas do Brasil, Estados Unidos e Espanha descobriu sinais de seleção natural em um determinado tipo de gene não apenas na população do Ártico, como se sabia, mas espalhados por todas as Américas. O resultado sugere que houve um único evento adaptativo, em uma população ancestral comum, que teria ocorrido antes da expansão dos americanos pelo continente. A evidência identificada tem a ver com a evolução em humanos de genes conhecidos como ácidos graxos dessaturados (genes FADS – do inglês Fatty Acid Desaturase). Trata-se de enzimas que permitem a digestão de alimentos ricos em gordura insaturada. É o que ocorre com os inuítes no Canadá e na Groenlândia, aptos a consumir uma dieta rica em lipídios, como carne de foca. Essa adaptação genética entre os inuítes foi descoberta por uma equipe internacional em 2015. Após ler o artigo publicado sobre o estudo, Tábita Hünemeier, docente no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, resolveu investigar se a mesma adaptação não estaria presente nos genes dos nativos americanos.

Hünemeier e colaboradores acabam de confirmar que o sinal positivo para a adaptação ao consumo de lipídios está presente em populações de índios das Américas. O estudo, cujos resultados foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, teve apoio da FAPESP.

“Quando li o artigo sobre a adaptação dos inuítes à dieta de lipídios não estranhei a ocorrência da adaptação genética, mas o fato de ela ter ocorrido entre os inuítes. Em termos evolutivos, os inuítes são uma população muito recente. Estão na Groenlândia e no Canadá há apenas 6 mil anos. É pouco tempo para permitir que uma adaptação genética tenha criado variabilidade própria dentro da população”, disse Hünemeier.

Os inuítes, ou esquimós, são descendentes de uma segunda leva migratória humana para as Américas, que ocorreu há 6 mil anos e ficou restrita ao Ártico. Partindo da comparação genética entre populações, os autores do trabalho com o DNA inuíte encontraram o sinal positivo para a adaptação ao consumo de lipídios em genes do cromossomo 11.

“Os autores compararam o genoma inuíte apenas com o DNA de chineses e europeus. Eles desconsideraram os nativos americanos”, disse Hünemeier. Por conta disso, a pesquisadora decidiu vasculhar genomas de populações nativas americanas e do resto do mundo à procura do sinal positivo que apontasse para a adaptação ao consumo de lipídios. A geneticista contou com a ajuda de dois pós-doutorandos, Carlos Eduardo Amorim e Kelly Nunes, bolsista da FAPESP.

Nunes explica a técnica empregada na análise: “Primeiramente, comparamos o genoma de nativos americanos com os genomas de africanos, europeus e asiáticos para verificar quais seriam os alelos que tinham alta frequência nas populações indígenas americanas e frequências baixas no resto do mundo”, disse. Os pesquisadores encontraram três variações na sequência do DNA dos nativos americanos, os chamados SNPs (pronuncia-se “snips”, de “polimorfismo de nucleotídeo único”, em inglês).

“Achamos três SNPs significativos, dois no cromossomo 11 e outro no cromossomo 22”, disse Nunes. O passo seguinte foi verificar se aquelas variações estariam ligadas ao sinal positivo para a dessaturação de lipídios. O resultado apontou para dois SNPs do cromossomo 11 dos nativos americanos, localizados no mesmo ponto onde havia sido detectado o sinal positivo para a dessaturação de lipídios no genoma dos inuítes.

“São duas mutações, relacionadas com problemas metabólicos de frequência muito alta entre os nativos americanos e baixa no resto do mundo”, explicou Hünemeier. Como os nativos americanos e os inuítes possuem o mesmo sinal positivo, decorre daí a constatação de que ambos descendem da mesma população ancestral que teria vivido na Beríngia – porção de terra firme que juntou o Alasca e a Sibéria durante as glaciações, também conhecida como Ponte Terrestre de Bering.

Restava saber se o sinal havia aparecido no genoma nativo americano por seleção neutra, ou seja, movido por processos genéticos aleatórios, ou se era resultado de seleção natural, em que indivíduos com a mutação genética que lhes permitia consumir carnes gordurosas obtiveram uma vantagem adaptativa em relação aos demais. “Todas as evidências apontam para um evento de seleção natural”, disse Hünemeier. Segundo ela, uma pressão seletiva na Beríngia deve ter feito com que os indivíduos com o gene para processar lipídios deixassem mais descendentes do que aqueles sem a mutação. “O sinal é muito forte para ter se originado num evento de seleção neutra. Nosso estudo indicou que se tratava de um sinal seletivo”, disse Nunes. [...]


Nota: A pesquisa mostra que (1) adaptações “evolutivas” podem ocorrer em curto espaço de tempo, não sendo necessários os alegados milhões de anos, (2) que as populações das Américas muito provavelmente chegaram aqui pelo Estreito de Bering, se espalhando pelo continente, mas preservando alguns traços da cultura do Oriente, como a construção de cidades e pirâmides, e, também, semelhanças fenotípicas com os orientais, e (3) um bom cientista deve sempre se perguntar o que outros não perguntaram, como fez Tábita Hünemeier. [MB]

Não perca a nova temporada do programa “Evidências”!



Neste domingo, dia 2 de abril, às 19h30, estreia a nova temporada do programa Evidências, da TV Novo Tempo (especial Israel). Você vai conhecer melhor a geografia bíblica, os costumes, as tradições e muitos outros detalhes da Terra Santa. 

Filme "Opostos" (canal oficial)

segunda-feira, março 27, 2017

Diretor de A Bela e a Fera: desejo de destroçar a Bíblia

Puro desrespeito
Em entrevista, o diretor Bill Condon, do filme “A Bela e a Fera”, disse que seu desejo é “arrancar as páginas da Bíblia” quando a encontra em hotéis. A pergunta do entrevistador era sobre a primeira ação dele ao entrar num hotel depois de dias de trabalho, e Bill respondeu: “Meu desejo é dizer que sou como Ian McKellen e imediatamente sair ‘destroçando’ a Bíblia.” A entrevista ocorreu em 2007, mas veio à tona nos últimos dias pelo fato de Bill ter introduzido na trama infantil dois personagens homossexuais [confira]. O filme está sendo boicotado por muitos cristãos e conservadores nos EUA. De acordo com a publicação de Lawrence Toppman, no The Charlotte Observer, há dois momentos homossexuais no filme. Baseado nisso, o site LifeSiteNews lançou uma petição de boicote que já tem mais de 131.000 assinaturas. A carta diz: “Os filmes infantis não são lugar para promover agenda política sexual daninha, que ofende as crenças arraigadas de inúmeros pais e famílias. Me comprometo a boicotar o filme ‘A Bela e a Fera’, como também outros filmes e produtos da Disney até quando ela se comprometa a proteger a inocência de nossos filhos.”

Além desse, houve vários outros boicotes pelos Estados Unidos. A American Family Association obteve 51.000 assinantes à carta “Não podemos suportar a Bela e a Fera” que “empurram o gayzismo em nossos filhos”. A Universidade Cristã do Colorado criou uma petição dirigida a um dos diretores gerais da Disney, Rober Iger Allen, na qual os cristãos norte-americanos se comprometem a “não permitir que seus filhos ou netos sejam submetidos ao radicalismo de esquerda através dessa nova versão de ‘A Bela e a Fera’”.

No dia 2 de março, o evangelista Franklim Graham pediu aos seus 5,5 milhões de seguidores no Facebook que “digam não” à nova versão da Disney. No entanto, ativistas LGBT estão assediando os cristãos, dizendo que conservadores estão possuídos por uma “homofobia maníaca” que os leva a agir como “bestas irracionais”.


Nota: Outro que desrespeitou a Bíblia Sagrada recentemente, em um discurso raivoso contra o procurador da República Deltan Dallagnol, que pertence à Igreja Batista, foi um ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. Além do descaso contra a Palavra de Deus, Lula desrespeitou também o procurador, ao chama-lo de “moleque” (confira aqui). Marxistas ateus, gayzistas militantes, abortistas, feministas radicais, evolucionistas descrentes e outros realmente odeiam a Bíblia. E sabe por quê? Porque ela desmascara suas pretensões e suas ideias anticristãs. [MB]

Rússia suspende atividade das TJ. Quem serão os próximos?

Liberdade religiosa ameaçada
O Ministério da Justiça russo suspendeu na quinta-feira (23) a atividade da organização Testemunhas de Jeová, acusados de extremismo, à espera de que a Suprema Corte decida em 5 de abril se proíbe definitivamente a prática desse culto no país. O Centro de Direção das Testemunhas de Jeová na Rússia, que dirige todas as filiais regionais e locais da comunidade religiosa, foi incluído na lista de organizações não governamentais e religiosas que foram suspensas por extremismo, afirma um comunicado do Ministério. O porta-voz das Testemunhas de Jeová na Rússia, Ivan Belenko, denunciou à Agência Efe que a decisão das autoridades russas privará do direito à liberdade ao culto os 175 mil seguidores dessa comunidade no país. Em todos os processos judiciais contra a organização, as autoridades a acusaram de armazenamento e difusão de literatura religiosa de caráter extremista. “Todas as decisões judiciais contra nós se baseiam em uma única acusação: que alguns de nossos livros e discursos estão na lista de literatura extremista que existe neste país”, explicou Belenko.

Belenko afirmou que as decisões de incluir algumas publicações na lista negra “foram tomadas com base em opiniões de falsos especialistas e sentenças judiciais ditadas às costas dos crentes”.

(G1 Notícias; colaboração: Josué Cardoso dos Santos)

Nota: Cada dia mais a intolerância religiosa se levanta contra as minorias. Agora foi contra as Testemunhas de Jeová (TJ), na Rússia. Quem serão os próximos? Se as TJ têm literaturas consideradas “extremistas”, que as pessoas tenham liberdade para julgar isso. Por que o governo deveria impedir sua população de pensar e escolher por si mesma? As TJ são pacíficas, então por que proibi-las de continuar seu trabalho? A palavra “fundamentalista” é cada vez mais ampliada para abarcar grupos que, na prática, nada têm que ver com o fundamentalismo que atrai preocupações legítimas. E, por causa disso, inocentes pagarão um preço injusto e sofrerão o que não merecem. A liberdade religiosa está sob ameaça crescente. [MB]

“Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição. ‘Todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas’ (João 3:20). Ao verem os homens que não podem sustentar sua atitude pelas Escrituras, decidir-se-ão muitos a mantê-la a todo transe, e, com espírito mau, atacam o caráter e intuitos dos que permanecem na defesa da verdade impopular. É o mesmo expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos. Multidões que são demasiado incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga. Este espírito aumentará mais e mais: E a Bíblia claramente ensina que se aproxima um tempo em que as leis do Estado se encontrarão em tal conflito com a lei de Deus, que, quem desejar obedecer a todos os preceitos divinos, deverá afrontar o opróbrio e o castigo, como malfeitor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 458).

“Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal. Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado, não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. O mesmo argumento, há mil e oitocentos anos, foi aduzido contra Cristo pelos ‘príncipes do povo’. ‘Convém’, disse o astucioso Caifás, ‘que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação’ (João 11:50). Este argumento parecerá conclusivo; e expedir-se-á, por fim, um decreto contra os que santificam o sábado do quarto mandamento, denunciando-os como merecedores do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matá-los” (O Grande Conflito, p. 615).

sábado, março 25, 2017

Os pulmões, o sangue e o design inteligente

Maravilha da engenharia divina
Usando câmaras microscópicas no tecido vivo dos pulmões de ratos, os investigadores comprovaram que eles produzem dez mil milhões de plaquetas por hora, uma função pulmonar até agora desconhecida. No estudo publicado ontem na revista científica Nature, postula-se que isso pode também se passar nos pulmões dos seres humanos e os investigadores esperam poder chegar a conclusões sobre doenças em que as pessoas sofrem de falta de plaquetas, que servem para conter as hemorragias e reparar os tecidos. Descobriram ainda uma fonte nova de células estaminais sanguíneas, capazes de repor a produção de sangue, quando as da medula óssea se esgotam. “Essas observações mudam os paradigmas existentes sobre a formação de células sanguíneas, a biologia do pulmão, doenças e transplantes”, afirmou o pneumologista Guy A. Zimmerman, professor do departamento de Medicina Interna na faculdade de Medicina da Universidade do Utah.

O movimento das células estaminais sanguíneas entre os pulmões e a medula óssea sugere que esse tipo de célula é muito mais ativa do que se pensava até agora, indicou.


Nota: Quando vemos órgãos e sistemas trabalhando de maneira integrada e interdependente, a pergunta que vem à mente é: Como puderam surgir de maneira darwiniana, passo a passo, ao longo de milhões de anos, se um depende tanto do outro e se o organismo depende tanto de todas? Que os sistemas circulatório e respiratório trabalham de forma integrada e interdependente, nós já sabíamos. Essa descoberta, porém, nos surpreende ao mostrar órgãos diferentes (inclusive de sistemas diferentes) trabalhando de forma complementar. Isso é evidência clara de complexidade irredutível e design inteligente. Veja outras aqui

A bióloga Maura Eduarda Lopes Brandão destaca o seguinte do artigo original: "Sob condições de trombocitopenia (baixa quantidade de plaquetas no sangue) e relativa deficiência de células tronco na medula óssea, esses progenitores (das plaquetas) podem migrar dos pulmões, repopular a medula óssea, reconstituir completamente a quantidade de plaquetas no sangue e contribuir para multiplicar as linhagens hematopoiéticas." E comenta: "Além de estar envolvidas na produção dessas células, elas também socorrem a medula quando ela está com problemas na produção. Achei simplesmente sensacional a forma como esses mecanismos estão programados para se autoajustar. E ainda há muitos mecanismos que não foram esclarecidos ainda, ou seja, muita coisa pode surpreender ainda." 

Quanto mais avançam os conhecimentos em biologia molecular, em bioquímica, em fisiologia e outras áreas, mais complicada fica a vida dos evolucionistas. [MB]

Alemanha leva a sério o descanso dominical

Dia de silêncio protegido por lei
É noite de sábado. As filas são longas, e as estantes dos supermercados já estão quase vazias. Todos correm para garantir que nada vai faltar em casa até segunda-feira. A cena quase apocalíptica é comum na véspera do “dia do silêncio” na Alemanha. O domingo aqui é sagrado e protegido por lei. Quase tudo fica fechado. Supermercados, shoppings e lojas abertos são raríssimas exceções. Por isso, é preciso se planejar. Se você esqueceu de comprar um ingrediente para o almoço de domingo, não tem chance. Vale o improviso ou correr para o restaurante. O domingo poderia ser o dia perfeito da semana para passar o aspirador, cortar a grama do jardim e fazer pequenos reparos em casa, como colocar um prego na parede. Mas, na Alemanha, é proibido. Quem desrespeita o silêncio do vizinho tem que pagar multa. Até jogar garrafas de vidro em contêineres espalhados pelas ruas não é permitido.

O Ruhetag (dia do descanso) é protegido pela lei do trabalho alemã. “Trabalhadores não devem exercer suas atividades aos domingos e feriados das 0h às 24h”, diz o texto. A regra não se aplica a veículos de comunicação, hospitais, espaço de lazer e teatros, que podem funcionar normalmente. Padarias e farmácias entram em esquema de plantão, num sistema de rodízio. Já a maioria dos restaurantes abre como nos outros dias da semana, e muitos oferecem brunch.

Em 2014, o Tribunal Administrativo Federal da Alemanha, em Leipzig, decidiu que bibliotecas, loterias e call centers não devem funcionar aos domingos, em resposta a uma ação movida por igrejas protestantes e o Verdi, sindicato de funcionários do setor de serviços, contra exceções aplicadas a certas categorias no estado de Hesse. O entendimento foi de que as pessoas podem fazer apostas ou pegar livros durante a semana, e que os trabalhadores desses locais precisam ter seu descanso respeitado.

Domingo, definitivamente, não é o dia para riscar tarefas da sua lista. Mas é ideal para acordar tarde, tomar um longo café da manhã e, se o tempo estiver bom, sair para andar pelo parque, passear na floresta e brincar com crianças ao ar livre.

É o dia para estar com a família e os amigos. Quem tem uma avó alemã, provavelmente será convidado para um Kaffee und Kuchen (bolo e café da tarde), seguido de um Spaziergang (passeio).   

(DW)

Papa e os líderes da UE; atrás, pintura do juízo final
Nota: Note que foram os protestantes e os sindicatos que “brigaram” pelo descanso dominical na Alemanha. Os primeiros deveriam defender a Bíblia (o princípio protestante sola scriptura), que estabelece o sábado como dia de descanso. E o segundo será uma pedra no sapato dos que querem obedecer a Deus e à Sua Palavra. Quando o decreto dominical for assinado em um futuro próximo, muitos países o acatarão sem maiores dificuldades. Falando nisso, ontem os presidentes e líderes de 27 países da União Europeia (UE) foram até o Vaticano celebrar os 60 anos do Tratado de Roma. Quem discursou para eles e defendeu a união e o combate ao terrorismo? Sim, ele mesmo, o maior defensor do descanso dominical: o papa Francisco. [MB]

sexta-feira, março 24, 2017

TV Cultura aborda o vegetarianismo e a saúde adventista

quarta-feira, março 22, 2017

A Bíblia, Ellen White, a ciência e a Terra plana

Mitos que ressurgem
Por incrível que pareça, na era dos ônibus espaciais e dos satélites orbitais, ainda há gente defendendo uma ideia que parecia superada: a de que a Terra seria um disco plano. Os defensores disso vêm sendo chamados de “terraplanistas”. Pior é que, em tempos de redes sociais, ideias conspiracionistas com sabor sensacionalista como essa se espalham como fogo em capim seco. Muitos desses ditos terraplanistas chegam a pensar que estão defendendo a Bíblia, pois supõem que o Livro Sagrado retrata uma Terra plana. Antes de mais nada, é bom que se diga que o mito da Terra plana é uma ideia antiga utilizada justamente para desacreditar o cristianismo (confira aqui). À semelhança do mito do embate de Galileu com a religião (confira aqui), o mito terraplanista deriva de uma má compreensão – neste caso, da Bíblia e da ciência. Mitos devem ser contestados com fatos (como aconteceu recentemente com o cinto de castidade), e o que faremos neste texto é justamente contestar essa ideia com base nos textos inspirados, na ciência e no bom senso.

O que diz a Bíblia?

“Ele é o que está assentado sobre o círculo da Terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; é Ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar” (Isaías 40:22). A palavra “círculo”, no original, é chug (חוּג) e significa somente “abóbada dos céus”. Ela se repete em citações como Jó 22:14 e Provérbios 8:27. Isaías fala simplesmente de um Deus atento ao que ocorre no mundo. Seria como se fosse uma visão da Terra a partir do espaço; o profeta não queria dar aula de astronomia, mas nem por isso ele disse uma inverdade cientifica. Trata-se de uma linguagem claramente figurativa em que Deus está assentado sobre o círculo da Terra (vista do espaço, uma esfera).

“Novamente O transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-Lhe: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4:8, 9). “E o diabo, levando-O a um alto monte, mostrou-Lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero” (Lucas 4:5, 6). Imaginar que com essa passagem a Bíblia esteja também afirmando que a Terra é plana é pura insensatez. Satanás pegou um helicóptero em Jerusalém e levou Jesus ao monte mais alto do mundo? A ida ao monte alto tem um valor mais simbólico, afinal, Jesus, como rei, estaria em posição elevada a todos os reinos.

“Ele é o que edifica as suas câmaras superiores no céu, e fundou na Terra a Sua abóbada, e o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a Terra; o Senhor é o Seu nome” (Amós 9:6). Alguns interpretam essa passagem como se fosse a descrição de um arco sobre um disco plano, mas o texto não fala que a abóbada é o céu, e sim que Deus fundou sua abóbada na Terra. Mesmo que fizesse referência direta ao céu, não significaria que o uso da palavra “abóbada” no versículo seja referência a uma Terra plana com um arco em volta.

O que diz Ellen White?

Ver cristãos defendendo o terraplanismo já é espantoso, mas ver adventistas enveredando pelo mesmo caminho plano é ainda mais assustador! Os adventistas do sétimo dia consideram inspirados os escritos de Ellen White. Muito embora esses escritos não sejam uma segunda Bíblia, eles são muito importantes, uma vez que a autora recebeu orientação divina para escrevê-los. Quando o assunto é Terra plana, bastam algumas citações de textos de Ellen White para refutar a ideia:

“Deus qualificou o Seu povo para iluminar o mundo. Ele os dotou de faculdades por meio das quais devem eles estender a Sua obra até que ela circunde o globo” (Conselhos Sobre Saúde, 115).

“Satanás decidiu-se a fazer valer o seu direito de governar o mundo. Fora bem-sucedido ao estabelecer a idolatria em toda parte do globo, exceto na terra da Palestina” (O Grande Conflito, p. 514).

“Assim como os raios do Sol penetram até aos mais remotos recantos do globo, assim é desígnio de Deus que a luz do evangelho alcance a toda pessoa da superfície da Terra” (O Maior Discurso de Cristo, p. 42).

Em duas ocasiões Ellen White disse ter se encontrado com adventistas que defendiam a teoria da Terra plana. Ela não entrou em debates sobre o formato da Terra, mas tentou mostrar como essa questão era insignificante diante da mensagem bíblica a ser anunciada pelos adventistas: “Quando uma vez certo irmão se chegou a mim com a mensagem de que o mundo é plano, fui instruída a apresentar a comissão que Cristo deu aos discípulos: ‘Ide, ensinai todas as nações, [...] e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos’ (Mateus 28:19, 20). Quanto a assuntos como a teoria de que o mundo é plano, Deus diz a toda alma: ‘Que te importa? Quanto a ti, segue-Me [João 21:22]. Tenho-lhes dado sua comissão. Insistam sobre as grandes verdades probantes para este tempo, não sobre assuntos que não têm relação com nossa obra’” (Obreiros Evangélicos, p. 314).

Em 1887 e em 1904, Ellen White escreveu duas cartas a respeito de adventistas que defendiam, nas palavras dela, a “teoria do mundo plano”. Os textos podem ser lidos no livro Manuscript Releases, v. 21, p. 412-415 (inédito em português).

Mas essas declarações não significam que Ellen White não tivesse uma posição definida sobre o assunto. Em 1900, ela escreveu: “Deus fez o Seu sábado para um mundo esférico; e, quando o sétimo dia chega para nós neste mundo arredondado, controlado pelo Sol, que governa o dia, em todos os países e regiões é o tempo para observar o sábado. [...] O sábado foi feito para um mundo esférico, sendo, portanto, requerida obediência das pessoas em perfeita harmonia com o mundo criado pelo Senhor" (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 317).

O que diz a ciência?

1. Se (a) a Terra é plana e (b) sempre é dia em alguma parte do mundo, então não existe nascer do sol nem pôr do sol, exceto, talvez, em regiões cercadas de montanhas altas. O mesmo se aplica à Lua: ela é sempre visível em alguma parte da Terra, mas desce abaixo da linha do horizonte em um momento e emerge do horizonte do lado oposto todos os dias.

2. Terraplanistas afirmam que, independentemente da altitude, sempre vemos o horizonte plano e à altura dos olhos. Isso seria impossível se a Terra fosse um disco. Só seria possível se ela fosse um plano infinito. Se é um plano infinito, então por que não descobrimos muitas terras e/ou mares além da Antártida?

3. Se a Terra fosse um disco com o Polo Norte ao centro e a Antártida nas bordas, então, se estivéssemos em um avião a uma altitude de voo de cruzeiro (ex.: 36.000 pés), poderíamos ver todos os continentes. Seria possível ver China, Estados Unidos, Europa, África e Austrália, simultaneamente, ao se sobrevoar São Paulo, por exemplo. Bastaria olhar para o lado certo.

4. Ao viajarmos de avião sobre o oceano Atlântico ou Pacífico, suficientemente afastados dos continentes, não vemos terra alguma, o que seria impossível se a Terra fosse plana.

5. Em túneis sem desvios laterais horizontais e com muitos quilômetros de extensão, não é possível ver uma entrada a partir da outra. Ao se observarem as luzes de veículos se aproximando, elas parecem emergir do solo a certa distância.

6. Em 2008, Fedor Filippovich Konyukhov demorou 102 dias para circunavegar a Antártida em um barco a vela. Se a Antártida fosse a borda de um disco de 20.000 km de raio, essa façanha seria inviável.

7. Ao fazer cálculos envolvendo curvatura da Terra, é importante não usar para grandes distâncias fórmulas que valem apenas para pequenas distâncias.

8. Ao comparar explicações da Terra plana com as da Terra esférica, é importante não misturar contextos. No modelo da Terra esférica, admite-se o fato observável diretamente de que tudo exerce força gravitacional sobre tudo, o que implica em planos equipotenciais gravitacionais, os quais definem o conceito de horizontal e vertical. Ao usar argumentos que dizem que rios precisariam subir e descer antes de chegar ao mar, no modelo da Terra redonda, essas coisas são sumariamente ignoradas.

9. Independentemente de a força gravitacional que sentimos ser causada por um aparelho que fica constantemente acelerando o disco da Terra, esse disco é feito de coisas que geram campo gravitacional, como é possível demonstrar em experimentos bem acessíveis. Isso causaria um campo gravitacional adicional que faria com que locais distantes do Polo Norte parecessem inclinados. Para irmos em direção à Antártida, sentiríamos como se estivéssemos escalando uma montanha. Além disso, o efeito dessa gravidade sobre a água faria com que as águas dos oceanos se acumulassem em torno do Polo Norte, formando uma imensa bolha, submergindo Canadá, Estados Unidos, Europa, Sibéria... Para isso não acontecer, a Terra teria que ter um formato arredondado para compensar.

10. É importante entender que a teoria atual da Terra plana é bem recente e foi inventada para ridicularizar o criacionismo.

11. Como é possível que os voos entre América do Sul e Nova Zelândia, viajando somente no hemisfério Sul, tenham aproximadamente a mesma duração que voos entre a América do Sul e a Europa?

O que diz o bom senso?

Um cristão que defende a tese da Terra plana acaba dando um grande tiro no pé. Esse mito foi criado justamente para ridicularizar os crentes (conforme está claro neste texto já mencionado, relacionado com o ótimo e esclarecedor livro Inventando a Terra Plana). Atende bem aos interesses dos inimigos da fé cristã e do criacionismo, especificamente, a ideia de que os cristãos/criacionistas seriam defensores de um argumento tão anticientífico. Como se não bastasse isso, defender teorias conspiratórias como a da Terra plana e tantas outras é pura perda de tempo. É desviar o foco para bobagens e perder de vista o essencial.

É realmente impressionante como existem pessoas que adoram propagar teorias conspiratórias sem fundamento, gastam tempo e energia com isso, enquanto negligenciam coisas infinitamente mais importantes.

Resumindo: o bom senso diz que existem coisas mais importantes para fazer do que ficar espalhando ideias infundadas que não trazem benefício algum, muito pelo contrário, atraem o deboche e o escárnio pelo motivo errado.

(Michelson Borges, Eduardo Lütz e Alex Kretzschmar)

A descoberta da ciência

A teoria da evolução é científica?
A palavra “ciência” vem do latim scientia e significa “conhecimento”. Vem de scire, “conhecer”, “saber”. Está relacionada a scindere, “cortar”, “dividir”. É provável que originalmente significasse “separar uma coisa de outra para distinguir”.[1] Ao longo dos séculos, essa palavra foi usada apenas como sinônimo de conhecimento ou de conhecer, mas nos séculos 17 e 18, durante a Revolução Científica, ela passou a ter um significado mais definido e específico. Por outro lado, uma linha de investigadores prosseguiu utilizando o significado vago da palavra, de forma que uma série de diferentes tipos de investigação com resultados diversos em termos de eficiência e confiabilidade pudesse ser chamada de ciência. Especialmente a partir do século 19 isso se tem demonstrado desorientador em termos de clareza e eficiência nos meios acadêmicos. É da história desses significados e suas consequências que pretendo tratar.

A Revolução Científica – As bases do protocolo conhecido como método científico, ou seja, observação, formulação de uma hipótese, experimentação, interpretação dos resultados e conclusão, podem ser traçadas desde Aristóteles.[2-5] Portanto, a ideia de que uma investigação requer observação, dados empíricos e sistematização é muito antiga e não remete ao tempo da Revolução Científica, nos séculos 17 e 18. Então, qual foi a novidade trazida pela Revolução Científica que ocasionou essa explosão de novos conhecimentos convertidos em tecnologia, que séculos de história não foram capazes de produzir? Vejamos o que diz o pai da Ciência Moderna, Galileu Galilei:

“A [verdadeira] filosofia está escrita neste grandioso livro que está sempre aberto à nossa contemplação (refiro-me ao universo), mas que não pode ser entendido sem que primeiro se aprenda a língua, e conheçam-se os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em linguagem Matemática, e seus caracteres são triângulos, círculos, e outras figuras geométricas sem as quais é humanamente impossível entender sequer uma de suas palavras; sem estes [caracteres] fica-se a vagar por um escuro labirinto.

“Deixando de lado as sugestões, falando abertamente e tratando a Ciência como um método de demonstração e raciocínio humanamente alcançável, sustento que quanto mais isso participa da perfeição, menor será o número de proposições que prometerá ensinar, e menos ainda provará conclusivamente. Consequentemente, quanto mais perfeita é [a metodologia], menos atrativa será e menos seguidores terá.”[6]

Em outras palavras, “ciência é um método de demonstração e raciocínio baseado em Matemática de maneira coerente com o que aprendemos na natureza”, ou “ciência é o conjunto de métodos matemáticos que podemos usar coerentemente para estudar qualquer assunto”.

A noção da importância estratégica da Matemática na pesquisa científica era compartilhada por outros que contribuíram para a descoberta da ciência.

Roger Bacon (1214-1294), mesmo ainda usando a palavra “ciência” no sentido de área do conhecimento, já reconhecia a matemática como a base de todas as disciplinas: “Se em outras ciências devemos chegar à certeza sem dúvida e à verdade sem erro, compete-nos colocar os fundamentos do conhecimento na Matemática.”[7] “Há quatro grandes ciências, sem as quais as demais não podem ser conhecidas e nem um conhecimento das coisas assegurado... Dessas ciências, a porta e a chave é a Matemática... Aquele que é ignorante disso não pode entender as outras ciências nem os assuntos deste mundo.”[8]

Leonardo da Vinci (1452-1519): “A natureza é uma fonte de verdade. A experimentação nunca erra; é apenas seu julgamento que erra prometendo a si mesmo resultados não causados de seus experimentos.”[9] “Nenhuma investigação humana pode ser chamada de verdadeira ciência se não pode ser demonstrada matematicamente.”[10]

Partindo dessas ideias, Isaac Newton se propôs a usar métodos matemáticos para estudar as leis da Mecânica. Percebeu que os conhecimentos da época não eram suficientes, mas encontrou nas próprias leis do movimento as pistas para deduzir o que precisava. Descobriu assim o Cálculo Diferencial e Integral, que abriu as portas para o estudo não apenas da Mecânica, mas também das demais leis da natureza.

Convém definir, neste ponto, o significado de Matemática: deriva do grego μάθημα (máthema = ciência, conhecimento, instrução).[11] Pode-se dizer que ela é o conhecimento em si, independentemente do ser humano, incluindo toda a lógica, todas as possibilidades, todas as relações, todas as conexões, todas as estruturas. Isso significa que ela é mais do que os símbolos e os números com que estamos acostumados. Essa simbologia é apenas uma forma de apresentar algo da realidade. Qualquer metodologia que tenha correspondência com nossa realidade ou com qualquer realidade possível, necessariamente possui uma base matemática, podendo ser mais ou menos eficiente dependendo de quão exatamente representa padrões reais e do grau de correção com o qual é utilizada. A humanidade tem usado diferentes linguagens para representar estruturas matemáticas. Exemplos disso são as diferentes linguagens de programação de computadores.

O Cálculo que Newton descobriu estudando as leis da Mecânica permitiu investigações sobre calor, luz, eletricidade, magnetismo e átomos, que levaram ao desenvolvimento da Química, Biologia, Geologia, Medicina, Engenharias e tecnologias que alavancaram todas as áreas do conhecimento.[12]

Pilares da pesquisa científica – O tipo de metodologia que produziu todo o progresso que conhecemos hoje está baseado, resumidamente, nos seguintes pilares:

“1. Coleta de informações segundo critérios estabelecidos matematicamente; esse tipo de estudo pode ser chamado de experimentação; os resultados desse tipo de estudo chamam-se dados (experimentais).

“2. Estudo de dados em busca de regularidades, ou leis, segundo critérios estabelecidos pela Estatística (que é uma área da Matemática); formulação de modelos (bases relacionais formais) que sintetizam uma infinidade (literal) de dados coletados e por coletar; estabelecimento de teoremas relacionando as classes infinitas de modelos possíveis; os modelos matemáticos mais abrangentes são chamados de teorias científicas.”[13]

Existem vários importantes conceitos auxiliares:

Axioma: item de uma definição.
Lei: regularidade observada.
Hipótese: proposição a ser validada/invalidada.
Base relacional formal: é uma estrutura relacional juntamente com um objeto de estudo e um dicionário que associa a estrutura com o objeto de estudo.
Estrutura relacional: um conjunto de símbolos e relações.
Teorema: uma fórmula, proposição ou declaração em matemática ou lógica deduzida ou a ser deduzida de outras fórmulas ou proposições.[14]
Teoria científica: conjunto de leis expressas matematicamente juntamente com teoremas que demonstrem suas consequências.

O século 19 e a teoria da evolução – Enquanto a Revolução Científica prosseguia, nos séculos 17 e 18, havia uma linha de investigadores que continuava utilizando apenas observação, dados empíricos e sistematização para compreender a natureza. Esses métodos, embora úteis, não têm o poder de produzir conhecimento com o mesmo grau de eficiência e precisão que métodos matemáticos permitem. Devido a esse fato, outras áreas além da Física, como a Química e a Biologia, por exemplo, demoraram mais a ter o mesmo progresso. Por fim, os métodos e instrumentos produzidos pelo avanço da Física chegaram a essas e outras áreas, alavancando e auxiliando o desenvolvimento delas.

Na metade do século 19, Charles Darwin publicou A Origem das Espécies. A unificação do princípio darwiniano da seleção natural com a genética mendeliana, no século 20, produziu o que hoje é conhecido como Teoria da Evolução, a Síntese Evolutiva Moderna. A Teoria da Evolução, no entanto, não pode ser considerada uma teoria científica no mesmo sentido das teorias de Newton, Einstein e outros. Um conceito mais light de Ciência é necessário para que ideias mais filosóficas (organizadas, mas sem uma estrutura matemática explícita e coerente), como as de Darwin, possam ser consideradas como teorias científicas.

De fato, o legado de Darwin contribuiu para que uma linha de investigação mais ao estilo de Aristóteles prosseguisse nos meios acadêmicos lado a lado com pesquisas mais avançadas. E esse é o motivo por que tantos pesquisadores acreditam que a ciência pode errar, que o que é verdade hoje pode já não ser amanhã, por exemplo.

O legado do conceito mais light de ciência produziu um conceito confuso do que ela significa, de tal forma que ao longo de um discurso o termo vai derivando para diferentes significados. A palavra “ciência”, ao longo de uma palestra ou diálogo, pode passar por todos os seguintes significados: área do conhecimento, pesquisa que está sendo realizada, os resultados dessa pesquisa, a academia, um conjunto de cientistas, o consenso acadêmico, a opinião de um conjunto de cientistas, etc.

Unificação das diversas áreas de conhecimento – Como disse Leonardo da Vinci, “nenhuma investigação humana pode ser chamada de verdadeira ciência se não pode ser demonstrada matematicamente”.[10] A utilização de métodos matemáticos nas diferentes áreas de pesquisa possibilita uma unificação sem precedentes entre elas. Porque o uso desses métodos torna explícita a profunda interdependência entre tudo que compõe nossa realidade.

O ser humano é limitado e precisa separar o conhecimento em áreas para poder lidar com um conjunto limitado de temas de cada vez. Ao lidar com esses temas sem as ferramentas que a Matemática pode fornecer – tornando possível inclusive tratar de um número infinito de aspectos –, há a tendência de se perderem de vista a quantidade e a riqueza de conexões entre as diferentes áreas.

Se nos fosse possível contemplar de uma só vez toda a realidade, não veríamos um conjunto de áreas de conhecimento com regiões de intersecção entre elas, mas um todo contínuo e harmônico. Essas separações são artifícios de nosso raciocínio humano limitado, mas os métodos matemáticos nos permitem lidar com aquilo que nossos sentidos, nossa intuição e nosso senso comum não conseguem lidar.

Conclusões – Observação, formulação de uma hipótese, experimentação, interpretação dos resultados e conclusão, em sua essência, com menos sofisticação do que o protocolo atual, é um método que pode ser traçado desde Aristóteles. Ele não pode, portanto, ser considerado responsável pelo fantástico boom que o conhecimento da natureza e consequente desenvolvimento tecnológico teve a partir dos séculos 17 e 18. Foi a noção e o desenvolvimento de métodos matemáticos por parte de pioneiros como Galileu, Newton e outros que possibilitaram o fantástico desenvolvimento que acabou por revolucionar os modos de produção e a comunicação sobre a face do globo.

O conceito antigo e vago de ciência prosseguiu coexistindo com o novo conceito. O conceito antigo possibilitou que uma filosofia baseada em observações e racionalizações, como a Teoria da Evolução, pudesse ser elevada ao status de ciência e assim permanecer até hoje.

O uso de um conceito mais avançado de ciência, como o proposto pelos pioneiros dela, possibilitaria uma visão mais abrangente e conectada da realidade. Essa visão seria benéfica, inclusive, para aprofundar estudos sobre evolução.

(Graça Lütz é bióloga e bioquímica)

Bibliografia
Online Etymology Dictionary. http://www.etymonline.com/index.php?term=science; acessado em 18/10/2016.
History of the Scientific Method. https://explorable.com/history-of-the-scientific-method; acessado em 19/10/2016.
Stanford Encyclopedia of Philosophy; Scientific Method. http://plato.stanford.edu/entries/scientific-method/#HisRevAriMil; 13/11/2015.
Williams, L. Pearce. History of Science. https://global.britannica.com/science/history-of-science; acessado em 18/10/2016.
Faria, Caroline. Método Científico. www.infoescola.com/ciencias/metodo-cientifico/; acessado em 19/10/2016.
Galiei, Galileu. Il Saggiatore; 1624.
Shapiro, Fred R. The Yale Book of Quotations, 39; 2006. Opus Majus of Roger Bacon (1928), vol 1, 124.
Burke, R.B. The Opus Majus of Roger Bacon (1928), v. I, 116. Opus Majus [1266-1268], Part IV, distinction I, chapter I.
Vinci, Leonardo da. http://www.azquotes.com/quote/1003639; acessado em 20/10/2016.
Isidro Pereira, S.J. Dicionário Grego-Português e Português-Grego, sexta edição. Livraria Apostolado da Imprensa.
Lütz, Eduardo F. Considerações sobre Ciência, 164. Cosmovisão Criacionista Bíblica – Coletânea de artigos publicados nos periódicos da SCB; Brasília, 2015.
Merriam-Webster Dictionary. Theorem http://www.merriam-webster.com/dictionary/theorem; acessado em 20/10/2016.