“Ninguém
nunca viu um macaco virar homem.” Essa foi a lógica apresentada pelo Ministro
da Educação da Índia [foto ao lado], em uma tentativa de “desmascarar” a teoria da evolução de
Darwin. A declaração gerou piadas e um pedido de retratação feito pela
comunidade indiana. “Ninguém, incluindo nossos antepassados, por escrito ou
oral, disse que viu um macaco se transformar em um homem”, disse Satyapal Singh
enquanto presidia uma conferência em Aurangabad, cidade no estado de
Maharashtra, na sexta-feira. Ele defendeu a retirada da teoria
evolucionista – aceita por unanimidade [sic] pela comunidade
científica – dos livros didáticos do país. O comediante Vir Das foi um dos
primeiros a brincar com o assunto.
O
diretor Farhan Akhtar respondeu de forma satírica à declaração do ministro. “Macacos
protestam contra a Origem das Espécies
de Darwin. Eles negam envolvimento com a existência de certo homo sapiens.” No entanto, apesar da
reação severa de todos os lugares, o ministro manteve o posicionamento. “Estou
absolutamente de acordo com o meu comentário de que a teoria da evolução de
Charles Darwin não é científica. Há poucas evidências para fundamentar a
teoria. Grandes cientistas do mundo vieram dizer que não há evidências
disponíveis no mundo que possam provar que a teoria da evolução está correta”,
disse o ministro em outra conferência, segunda-feira, no IIT-Guwahati, uma das
principais instituições técnicas da Índia.
Ele
mesmo pediu uma conferência internacional para verificar a veracidade da teoria
de Darwin. “Proponho, se o Ministério do Desenvolvimento e Recursos Humanos
estiver pronto, patrocinar uma conferência internacional de nível mundial para
decidir o que é verdadeiro e factual e que deve ser ensinado em escolas e
faculdades”, disse Satyapal Singh.
Enquanto
isso, cientistas de toda a Índia começaram a coletar assinaturas contra o
ministro Singh e suas observações, vistas como um insulto ao verdadeiro
trabalho de pesquisa. A comunidade científica pretende entregar a petição
assinada ao Governo para pedir ao ministro que se retrate de sua declaração. Já
são mais de 4.000 assinaturas e o texto continua recebendo apoio de cientistas
e acadêmicos de mais de 25 das principais instituições educacionais do país.
A
teoria evolucionista darwiniana consiste em três suposições: (1) todos os seres
vivos descendem de um antepassado comum; (2) os principais mecanismos para
as mudanças que dão origem a novas espécies resultam de mutação e seleção
natural ou “sobrevivência do mais apto”; (3) estes são processos naturais não
orientados.
Embora
a pesquisa genética moderna fundamente em grande parte as ideias de
Darwin, elas continuam sendo uma fonte de controvérsia, especialmente entre os
devotos religiosos. A Turquia removeu todas as menções ao naturalista
inglês de seus currículos didáticos em 2017, em grande parte devido à alegada
incompatibilidade da teoria com a educação islâmica “baseada em valores” do
país.
(Sputnik)
Nota: O Ministro da Educação da Índia falou bobagem e a mídia e os evolucionistas não perderam tempo: detonaram o homem. Evolucionistas não creem que o ser humano “veio do macaco”, e criacionistas nunca deveriam dizer que eles creem nisso. Eles pensam que humanos e macacos tiveram um ancestral comum (mas que animal seria esse, um sapo? Bem, deixemos isso pra lá...). Para ser mais preciso, o ministro poderia ter dito que não aceita a macroevolução porque informação genética não pode surgir do nada. Porque elementos inorgânicos não poderiam se agrupar em moléculas, aminoácidos, proteínas, DNA, células... tudo na ordem certa, unido à informação complexa, para então dar origem à vida – nem um cem bilhões de anos! Poderia também ter dito que não aceita a teoria da evolução porque a vida revela muitos mecanismos de complexidade irredutível sem os quais ela nem sequer teria começado a existir. Enfim, poderia dizer que a macroevolução está mais nos domínios da fé que nos da ciência empírica, e que vida só provém de vida, como Pasteur provou há muito tempo. A matéria acima tentou resumir os postulados básicos da teoria da evolução, como o de que todos os seres vivos descendem de um antepassado comum (macroevolução). Isso não está provado. É mera especulação baseada em evidências que apontam meramente para adaptações e diversificação de baixo nível (“microevolução”). O registro fóssil está aí para provar isso, com seres distintos (peixes, anfíbios, répteis, mamíferos, aves) e sem evidência de intermediários entre eles. Quando o assunto são fatos, os evolucionistas apelam para as mutações e a seleção natural, mecanismos aceitos pelos criacionistas, evidentemente. Mas o que esses mecanismos promovem? No caso das mutações, via de regra, perda de informação genética ou modificações limitadas (duvida? Pesquise aqui no blog sobre as drosophilas). No caso da seleção natural, adaptabilidade a determinadas circunstâncias ambientais, permitindo a sobrevivência do mais bem adaptado a essas circunstâncias. Mas tanto as mutações quanto a seleção natural agem sobre organismos já existentes. A seleção pode explicar como o mais “apto” sobrevive, mas nem um nem outro mecanismo é capaz de explicar como esses indivíduos mais “aptos” vieram à existência. Assim, o livro A Origem das Espécies promete, mas não entrega, pois tem a palavra “origem” no título, mas somente explica por que há diversidade na natureza. Pena que o Ministro da Educação da Índia não mencionou fatos como esses, expondo-se ao ridículo com aquele “argumento batido”. Que os criacionistas não sigam seu exemplo. Se for para rejeitar a teoria da evolução, que seja pelos motivos corretos. [MB]
Nota: O Ministro da Educação da Índia falou bobagem e a mídia e os evolucionistas não perderam tempo: detonaram o homem. Evolucionistas não creem que o ser humano “veio do macaco”, e criacionistas nunca deveriam dizer que eles creem nisso. Eles pensam que humanos e macacos tiveram um ancestral comum (mas que animal seria esse, um sapo? Bem, deixemos isso pra lá...). Para ser mais preciso, o ministro poderia ter dito que não aceita a macroevolução porque informação genética não pode surgir do nada. Porque elementos inorgânicos não poderiam se agrupar em moléculas, aminoácidos, proteínas, DNA, células... tudo na ordem certa, unido à informação complexa, para então dar origem à vida – nem um cem bilhões de anos! Poderia também ter dito que não aceita a teoria da evolução porque a vida revela muitos mecanismos de complexidade irredutível sem os quais ela nem sequer teria começado a existir. Enfim, poderia dizer que a macroevolução está mais nos domínios da fé que nos da ciência empírica, e que vida só provém de vida, como Pasteur provou há muito tempo. A matéria acima tentou resumir os postulados básicos da teoria da evolução, como o de que todos os seres vivos descendem de um antepassado comum (macroevolução). Isso não está provado. É mera especulação baseada em evidências que apontam meramente para adaptações e diversificação de baixo nível (“microevolução”). O registro fóssil está aí para provar isso, com seres distintos (peixes, anfíbios, répteis, mamíferos, aves) e sem evidência de intermediários entre eles. Quando o assunto são fatos, os evolucionistas apelam para as mutações e a seleção natural, mecanismos aceitos pelos criacionistas, evidentemente. Mas o que esses mecanismos promovem? No caso das mutações, via de regra, perda de informação genética ou modificações limitadas (duvida? Pesquise aqui no blog sobre as drosophilas). No caso da seleção natural, adaptabilidade a determinadas circunstâncias ambientais, permitindo a sobrevivência do mais bem adaptado a essas circunstâncias. Mas tanto as mutações quanto a seleção natural agem sobre organismos já existentes. A seleção pode explicar como o mais “apto” sobrevive, mas nem um nem outro mecanismo é capaz de explicar como esses indivíduos mais “aptos” vieram à existência. Assim, o livro A Origem das Espécies promete, mas não entrega, pois tem a palavra “origem” no título, mas somente explica por que há diversidade na natureza. Pena que o Ministro da Educação da Índia não mencionou fatos como esses, expondo-se ao ridículo com aquele “argumento batido”. Que os criacionistas não sigam seu exemplo. Se for para rejeitar a teoria da evolução, que seja pelos motivos corretos. [MB]