segunda-feira, julho 23, 2018

Árvore genealógica com treze milhões de pessoas


Segundo reportagem do Fantástico exibida na edição do dia 22/7/2018, o professor israelense Yaniv Erlich conseguiu montar uma árvore genealógica com 13 milhões de pessoas. Tudo pela internet, da casa dele, em Tel Aviv. Ele reuniu informações de diversos bancos genéticos, nos quais pessoas compartilharam informações para saber mais sobre as suas origens. "Os dados foram compilados por geneticistas do mundo inteiro. Na internet, dá para conectar as árvores genealógicas se tiver algum parente em comum. E assim conseguimos criar árvores enormes”, explicou Yaniv. Os cientistas acreditam que, se voltarmos 75 gerações, vamos descobrir que todos os sete bilhões de humanos do planeta têm alguma ligação familiar. Vou repetir a última frase: "Os cientistas acreditam que, se voltarmos 75 gerações, vamos descobrir que todos os sete bilhões de humanos do planeta têm alguma ligação familiar."

Os dados foram compilados por geneticistas de todo o mundo e as árvores genealógicas foram conectadas pela internet. Assim se construiu uma árvore gigantesca com todos os dados. Segundo o professor Yaniv: "Todos somos meio primos."

Uma continha básica é multiplicarmos esses números para saber até onde chegamos. Para Heráclito, "a duração de uma geração é de trinta anos, espaço de tempo no qual o pai vê seu filho capaz de engendrar”. Na Bíblia encontramos informações de que o período de uma geração é de 40 anos. Esses limites seriam determinados pela duração da vida das pessoas da respectiva época ou população. A vida das dez gerações de Adão a Noé tinha em média a duração de mais de 850 anos cada uma (Gn 5:5-31; 9:29). Mas, depois de Noé, a duração da vida do ser humano diminuiu abruptamente. Por exemplo, Abraão viveu apenas 175 anos (Gn 25:7). 

Atualmente, bem similar ao que ocorria no tempo de Moisés, as pessoas que vivem em condições favoráveis talvez atinjam a idade de 70 ou 80 anos. Vamos assumir um número médio de 50 anos para uma geração. Sendo assim, temos 3.900 anos (78 x 50). Dessa forma retornamos ao ano 1882 a.C. Por volta dessa época os hebreus deixaram a palestina e migraram para o Egito. O fato é que estamos chegando perto!

De acordo com Mateus 1:17, temos 42 gerações de Abraão até Jesus. Veja que são catorze gerações de Abraão até Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia e catorze do exílio na Babilônia até Cristo. Se considerarmos que de Noé até Abraão temos mais dez gerações (Gn 1:10-26), isso nos leva ao momento do dilúvio quando houve um funil genético na histórica da humanidade. Note que são 52 gerações, segundo a Bíblia, contanto do dilúvio em diante.

Na pesquisa do professor, a maioria das árvores é composta de descendentes europeus. Ainda falta muita informação de outros povos, mas à medida que os números são inseridos uma maior precisão das informações existe. Seria possível chegar perto da cronologia bíblica?

Agora puxando a sardinha para a nossa brasa, de fato isso é previsto no modelo criacionista. Todos somos descendentes de uma mesma família. Lá na base da árvore genealógica estão Adão e Eva criados por Deus, e depois disso você já conhece a história. Quem sabe se avançarmos um pouco no tempo poderemos dizer que todas as famílias da planeta descendem dos três filhos de Noé: Cam, Sem e Jafé. 

Mas isso não é defendido apenas no contexto bíblico. Temos evidências de DNA mitocondrial de que isso é verdade. Através de análises e pesquisas desenvolvidas nas últimas décadas conseguimos descobrir que todos os seres humanos são descendentes de uma mesma mulher. 

Claro que, na visão evolucionista, a Eva mitocondrial teria vivido entre 100 e 200 mil anos, na África. Essa "Eva africana símia" teria sido a única mulher que conseguiu produzir uma linhagem direta de descendentes.

A pesquisa do professor israelense mostra que a tecnologia pode nos auxiliar a resolver essa questão genética. E cada vez que olhamos o que está atrás da cortina percebemos que o relato bíblico é verdadeiro. Não temos como negar que as evidências nos levam a comprovar a historicidade de Gênesis e que estamos cada vez mais munidos de evidências de uma criação especial.

Convido você a ouvir o podcast "Origem em Revista", no qual entrevistamos a Dra. Rogéria Ventura, que é bióloga, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora em Biologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Ela também atua como professora do Departamento de Biomedicina das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Falamos sobre a Eva mitocondrial, que é o nome pelo qual é conhecido o mais recente ancestral comum feminino. Teríamos todos vindos de uma mesma mulher?

Alex Kretzschmar